Então a gente vai falar um pouquinho sobre pensamento projetual expansivo. Pensamento projetual é o que seria viria a ser. É uma tradução que a gente tem usado aqui no Brasil para o termo design thinking. Design thinking é um termo que tem uma origem anglo-saxônica, principalmente utilizado nos Reis Unidos, nos Estados Unidos e mais recentemente em vários outros países da Europa e até mesmo no próprio Brasil com essa palavra sem tradução. Por que tradução para o português? Por que traduzir como pensamento projetual? A gente entende que, primeiro de tudo, essas metodologias que são desenvolvidas em outros contextos fora do Brasil devem, primeiro de tudo, serem analisadas e inspiradas na topofagia, em movimento, digamos assim, de apropriação cultural brasileira, digeridas para a nossa realidade local. Então quando a gente fala em pensamento projetual, a gente está pensando na nossa realidade brasileira e aí o que acontece? Você vê que não existe apenas um design thinking. Existem vários tipos de pensamentos projetuais, vários tipos de design thinking. Os que são mais conhecidos, esse talvez é um diagrama incônico do que é design thinking, se você digitar no Google Imagens e pesquisar vai aparecer essa imagem. Isso aqui é como a Disco de Stanford vê o design thinking, mas a gente acredita que é apenas um dos design thinking. Por isso a gente prefere usar a palavra pensamento projetual porque no português já existe precedente. Quando você vai na área de direito você pode falar do pensamento jurídico, do grego, romano, moderno, contemporâneo e as pessoas entendem que você não está falando só de metodologia, você está falando de toda uma abordagem para o direito. É isso que a gente está querendo falar, que o design thinking é toda uma abordagem para o design, para prover projetos, pensar através de projetos. Então a gente identificou alguns, a partir da nossa experiência pessoal e revisão bibliográfica, três tipos de pensamentos projetuais, o sistemático, intuitivo e o expansivo. Essas categorias ainda não estão publicadas, uma parte delas está na minha tese doutorado, outra parte a gente ainda precisa aperfeiçoar, discutir e até a gente está disposto a ouvir vocês, digamos assim, comentários que vocês tiverem ou críticas para essa classificação. Eu acho que eles, assim, em muita discussão, todo mundo aqui já ouviu falar do termo recentemente, enquanto um password, uma palavra que realmente ajudou muita gente a vender design. Aqui a gente vai tentar se aprofundar um pouco nesse daqui e essa é uma proposta que existe de vários pensamentos. Eu já aprendi outro que é na computação, também fala sobre o pensamento computacional, ou seja, a forma que você pensar, o que você está fazendo. Então vamos falar sobre o pensamento projetual sistemático. O pensamento projetual sistemático é mais um que só esses itens que a gente está colocando aqui, mas talvez essas são as características mais prementes para comparar com os outros. Por exemplo, definir requisitos antes de começar um projeto, então você exige que esteja bem definido as necessidades das pessoas, dos usuários, ou por do lado os requisitos técnicos da máquina ou do sistema que você vai projetar. Se você começar um projeto antes de definir isso, isso é um erro, considerado um erro no pensamento sistemático. Ou se acontece um erro, o erro foi de falta de requisito. Então, na verdade, um dos objetivos principais do pensamento projetual sistemático é evitar o erro e a falha. Então como você faz isso? Você projeta módulos ou componentes em separado, você quebra em pedaços, digamos assim, o que você está projetando, você quer projetar uma bicicleta, você vai separar em componentes, componentes da direção, componentes de freio, componentes da transmissão, e por aí vai, e você projeta eles em separado e depois você agrupa eles através de sistemas. A noção de sistema é muito comum dentro desse pensamento projetal, não é? O nome sistemático, né? Quando você tem um sistema, você pode quantificar, digamos assim, entradas e saídas desse sistema, e você pode tomar decisão com base em evidências bastante concretas ou, de repente, abstratas, dependendo do caso. Uma das critérios muito utilizadas são as chamadas restrições, em inglês, constraints, para projetar a partir de sistemas. Você define esses constraints e você projeta dentro desses limites, atendendo, digamos assim, um limite que, na verdade, muitas vezes é equiparado aos requisitos, né? Requisitos e restrições, muitas vezes, são sinônimos dentro do pensamento projetal sistemático. Se vocês quiserem interromper, fazer um comentário durante a apresentação, fiquem à vontade, tá? Então, ele é muito comum esse pensamento nas engenharias e também na administração. Não toda a engenharia, nem toda a administração. Porque existe administração crítica, existe administração solidária, existe autogestão que não caía dentro do pensamento sistemático. Existe engenharia também engajada socialmente, existe engenharia base na invenção, também não se baseia muito no pensamento sistemático. Mas você encontra mais comumente nessas áreas, e essa aqui é uma imagem, digamos assim, ilustrando a visão do mundo, através da lente do sistema, dos instrumentos para tocar, para projetar esse sistema que muitas vezes são as variáveis, as quantidades. O comentário rápido é que a gente está partindo de uma ideia de design thinking, ou seja, o pensamento projetual não está só no design. O pensamento projetual é algo que diz que várias pessoas projetam, diferente do tanto do conhecimento. Mas, tradicionalmente, esse documento é diferente da forma como lida com o tipo, como se enfrenta, como se coloca, se posiciona, para a gente projetar. Eu fiquei com uma dúvida, pode me perguntar? Ali quando você fala em projetar com restrições escríticas, essas restrições, porque, geralmente, nós temos um programa, dentro do processo projetual tem um programa, então você é o que vai, e as restrições é o que não vai? Restrições é o que você não pode ultrapassar, por exemplo, você precisa projetar um espaço com a restrição de que ele tem que ter, digamos assim, um banheiro conectado com a sala de estar, por exemplo. Isso é uma restrição. Ou que a temperatura seja entre 8 e 21 graus. Agora, se o banheiro vai estar norte, sul, leste, oeste, não importa. Se a temperatura vai ser por entrada de ar natural, se vai ser por ar condicionado, também não importa. O que importa é que você tenha essa restrição. Isso é diferente de um requisito. Um requisito seria no tipo, a pessoa que mora naquela casa, ela gosta muito de ver à vista. É um requisito, ela quer uma vista bonita. Isso não é uma restrição, mas é um requisito. O requisito você pode ou não atender. Já a restrição é mais dura, digamos. Mas isso depende de projeto também, como você define as coisas. Alguma bibliografia que a gente está citando, algumas pessoas talvez conheçam alguns desses livros. O projeto da engenharia, que é o famoso Paul Maitz, que é uma bíblia de projeto da engenharia. Infelizmente, o tipo que lê. Eu fiz doutorado na engenharia civil e parceria com o Desenho Industrial, então eu tive que conviver com esses dois lados. Saber conversar com essas pessoas, porque eles falavam que esse aqui era design e os outros pensamentos projetuais. Essa é uma outra história. Depois mudou essa visão. Uma outra visão mais na arquitetura, né, do Christopher Alexander, a ideia de "enguagem de padrões". Ele tem outro livro em inglês que não está traduzido, ele é "The City of Form". Que é bem interessante também com a abordagem sistemática de projeto, que você divide em pedaços. Você observa as partes, digamos, de uma construção a partir da maneira como as pessoas ao longo dos tempos, tempos memoráveis, estão construindo, né, e você identifica e conecta esses pedaços, digamos assim, esses padrões, e forma um sistema que atende os requisitos. E por último, mais recente, o Business Model Generation, que é muito associado a um certo tipo de pensamento projetual, que eu concordo sendo compatível, mas depois vai ficar mais claro isso. O que é o Business Model Generation? Você faz uma, pega um quadro branco desse aqui, separem seis ou sete pedaços. É bem comum. E daí você, você na verdade, separem pedaços, a sua proposta de ver o negócio, né, de uma maneira mais funcional. Cada pedaço, digamos assim, tem uma função dentro da visão do negócio. É legal, ótimo, como um template, só que pode também virar uma muleta, mas isso é uma outra discussão que eu não quero entrar. De qualquer forma, ele é sistemático porque ele utiliza módulos, componentes, e requisitos e restrições. Vamos entrar agora no segundo pensamento projetal que a gente identificou, o intuitivo. Esse nome talvez seja um pouco ruim. O que quer dizer? O projeto se desenvolve a partir de um conceito que surge da inspiração. A pessoa, o designer ou o arquiteto, ele está tomando um banho e aí ele tem uma ideia, essa ideia é muito crua ainda, mas depois ele vai com a plancheta, ele desenvolve essa ideia. E se você perguntar para ele quando surgiu a ideia, ele vai lembrar desse banho. Ou então, de repente, ele vai ter essa ideia não no banho, mas vai ter essa ideia quando estava conversando com o cliente. Mas é uma inspiração que ele teve naquele momento. Depois o resto do projeto ele segue, digamos assim, para comprovar que é hipótese ou aperfeiçoável. O conceito vai ser visualizado através dos bolsos que se transformam em alternativas e modelos. Modelos tanto tridimensionais no computador, quanto tridimensionais impressos em 3D ou mesmo feitos com um equipamento situacional de maquete, maquetaria. O projeto é refinado até atingir alto grau de coerência interna. O que significa coerência interna? É que as formas de uma parte do projeto são coerentes com as formas da outra parte do projeto. Existe uma linguagem por trás desse projeto que é consistente. Isso é uma característica muito forte do pensamento projetório intuitivo. E muitas vezes é difícil também de descrever qual é essa linguagem. O designer sabe fazer, o arquiteto sabe fazer aquela peça coerente, mas se pedir para ele descrever a linguagem que está ali, ele em palavras já não consegue tão bem. São poucos arquitetos de sites que conseguem fazer isso de maneira tão explícita. Ele sabe desenhar, mostrar para você, mas ele não sabe explicar. Por quê? Porque é intuitivo. A gente queria colocar um intuitivo, mas não necessariamente que ele... como tom, né? Como algo assim, mas algo que as pessoas constroem. E colocar muito mais cotidiano isso, muito mais presente, porque de certa forma todos projetamos, desde caractereis maiores que queremos ter até ações. Quando é um workshop, vou fazer ele, vou fazer um suco. Eu elaboro um plano de ações, executo ele. O intuitivo acho que ajuda sempre o que eu quero fazer. Você está elaborando um plano de ação, está projetando... O que é curioso é que essa característica, quando você tem algumas discussões de inteligência artificial, uma das coisas mais difíceis em tentar botar um sistema de inteligência artificial é justamente o seu laboral, que é sem isso comum. O que é cotidiano, como é que elas estão discutindo esses dias, né? Como é que eu faço esse sistema que interpreta isso aqui ou isso ali? Relações, por exemplo, também em proximidade, eu posso falar isso dali e está perto. Então, essas questões elas são bem difíceis de formalizar, às vezes, mas elas estão muito cruzadas no próprio nosso corpo, no nosso modo de fazer, tradições, né? Eu não sei se eu estou me adiantando. Sim. Nesse caso, a gente está considerando processos inventivos, assim, sem ter uma base necessária, bem entendida, necessidade... Quer dizer, existe uma necessidade que você detecta pela necessidade ou dentro de um processo de... Realmente de contratação, não, estou te contratando para resolver esse problema e surge algo impreciso. Ou é algo que surge do nada em função da tua imensa. Não, não existe nada que surge do nada, sempre você vai surgir de alguma experiência tua. Agora, você talvez não conheça o link, digamos, se você não sabe que ativou porque é intuitivo o processo. É um processo que não é consciente ou racional no sentido que você consiga escrutinar, dizer "é aqui que aconteceu isso", mas, obviamente, a tua experiência quando você está numa reunião com um cliente, ele está falando das necessidades dele e você fala "por que não fazer isso?" que ele não tinha pensado, ele fala "otinho". É assim que é o problema, né? Esse é o momento intuitivo, digamos assim, do pensamento projetual. E vale se citar que na prática os três acontecem às vezes juntos, tá? Eu estou aqui diferenciando mais como um recurso teórico que a gente observar separado. Um ponto fundamental e aqui é bem concreto, bem tráctico, é que o projeto não é implementado pelos seus criadores. Quem fica apenas no pensamento projetual intuitivo, em geral, não vai para canteiro de obras, não vai para gráfica imprimida, vai para passar o projeto para uma outra pessoa implementar e desenvolver. É uma das maneiras em que você consegue um mais alto nível de produção quando você tem essa divisão do trabalho, é através do processamento digital intuitivo. Aqui uma imagem assim do Jack Ingalls, um arquiteto bastante efusivo, né? Que está falando sobre uma visão dele de que o mundo é um "world craft", que é uma espécie de Minecraft, já é o mundo real. E ele é bastante interessante essa discussão, mas ele está mostrando justamente da onde ele tira essas ideias. Ele não cita ninguém, ele não fala de que ele leu quais os analistas pós-modernos. A gente que conhece os analistas pós-modernos sabe ler na fala dele, mas o processo dele é muito mais intuitivo, ele não é um acadêmico, ele é um arquiteto, ele está criando e vendo o mundo a partir da criação dele, de uma maneira bastante intuitiva. Ele deixa fluir de um processo criativo. E é muito comum isso, não só na arquitetura, mas também no design e na publicidade, que aliás é uma formação do nosso colega. Alguns livros que a gente selecionou dessa linha, é um clássico aqui do design thinking, que é pouco conhecido, porque existe um gap entre esse tipo de pensamento projetal e outro que eu vou mostrar daqui a pouco. É o Design a New Ways of Knowing, acho que não tem tradução em português, se alguém souber, me avise. Esse aqui tem, esse aqui é do Dr. Brian Lawson, Como Arquitetos e Designers Pensam, bem interessante, é um dos melhores livros eu acho sobre design thinking, apesar de que é um dos tipos de pensamento projetal. Ele vai falar um pouquinho do sistemático, mas ele vai dizer "ah, isso é dos engenheiros", ele não era arquitetura, ele era design, por isso que não tem engenheiro aqui no título. Mas eu acho que os engenheiros projetam também, também tem pensamento projetal, por isso que a gente colocou, e também usamos adiabistadores, o que é um pouco mais, ainda mais radical. E aí tem o último, Yohanipa Lazzmar, com essa ideia de mãos inteligentes, que é uma visão incorporada do processo cognitivo de design, em que ele fala que os arquitetos quando estão desenhando, esboçando, eles estão pensando com as mãos, de uma maneira bem rude, né, é claro que vai muito mais a fundo, tem uma discussão fenomenológica aqui, que o arquiteto ele está se colocando no mundo a partir do desenho, o desenho é uma espécie de existência, de produção da sua própria existência. É do engenho, né? Fala que o homem vem da... do uso da mão, né? Isso, isso. Que ele tem isso do macaco homem, que ele tem pensamento racional. Isso tem muito a ver com a pesquisa do... do São Gonzardo, né, que é um dos temas que ele está pesquisando no estrado dele, é a normalidade, como ele é um tutorado, ele já fez no estado uma citação sobre o assunto e agora continua. O próprio Yohanipa Lazzmar deve... a mão enquanto ela não é... você não nasce com a mão que faz as coisas, né? Você trabalhou ela, você motivou ela para você conseguir fazer as coisas dentro do gesto ao pegar, até segurar uma tela, segurar um tablet ou desenhar, né, e desenhar daquela maneira que você construiu o seu próprio corpo, né? O seu corpo é resultado do trabalho que você fez nele. Esse autor, ele tem um outro livro dele que é assim, "Os olhos da pele". Então, o que ele trata é que a nossa percepção é por todos os sentidos. Então, quando os olhos da pele, que é um simples toque da nossa pele em alguma coisa, nós já estamos vendo também. É o fato de sentir, o fato de sentir você estar... O outro livro de Cocker, o mesmo autor do Yohanipa Lazzmar, é "Os olhos da pele". Isso gera um tipo de processo de... se você leva essas ideias para o lado do projeto, acho que ele é mais analítico, né? Ele não vai dizer como projetar, não é mais uma análise, né? Mas quem se inspira nele são pessoas que estão projetando com os sentidos abertos, né? Eu não sei exatamente explicar, não quero racionalizar isso porque eu quero viver com os sentidos. Eu quero sentir a percepção pela minha mão e não só a mão, mas o corpo todo. Com racionalizar, o IMO parece que é colocado em duas maneiras, né? Em uma outra abordagem, vários tipos de razão, né? A racionalização no sentido mais formal ou científico, né? Que a gente geralmente coloca um razão enquanto um tipo de razão específico, né? Que seria o que se opõe. E daí, por último, o que a gente vai se concentrar hoje é o pensamento projetual expansivo. O pensamento projetual expansivo é desenvolvido a partir da empatia de um determinado tipo de pessoa. Aí, o que vocês podem ver, né? Esse pensamento projetual expansivo é o da Stanford. Que a gente acha que em alguns momentos aparece lá. O que é empatia? Sentir o que o outro sente. Daí, já vejo a total diferença do ponto de pensamento projetual. O que eu sinto como designer, né? A minha percepção sensorial mais aguçada das pessoas, eu desenvolvo uma capacidade especial de perceber o espaço. E perceber não só o espaço físico, mas também o espaço do projeto digital. Projeto do espaço digital, como assim. E eu projeto. No pensamento projetual expansivo, eu admito que eu não sei. Porque eu não tenho essa sensação. Eu não sei como é estar na casa do sujeito. O sujeito que está na casa é que sabe o que é viver naquela casa. Então, o que eu faço? Eu vou tentar desenvolver empatia por esse sujeito. Eu vou lá, vou começar com ele, vou viver junto com ele. Vou, sei lá, fazer, fazer, usar métodos de pesquisa. Tudo pra encontrar esse outro. Então, o processo de trabalhar acaba sendo consequentemente colaborativo. E aí, entra um outro elemento que é envolver várias disciplinas. Ele é talvez o mais eclético dos tipos de pensamentos projetuais. Ele diz o seguinte, que arquitetos, designers, homens de negócios, engenheiros, biólogos, qualquer que seja o background, se eles se juntarem e utilizarem esse pensamento projetual, eles vão conseguir construir algo que seria muito melhor que ser apenas arquitetos trabalhando sozinho. Ou apenas designers trabalhando sozinho, e assim. E são os pontos fundamentais que eles batem na terra. Eles até vão até o cúmulo de dizer que design thinking é a cola entre todas as disciplinas. O que eu já não concordo. Acho que é demais. Desculpe, estava resolvendo o problema de palavras. Obrigado, obrigado. Pra que haja essa colaboração multidisciplinar, eles vão cometer um crime, um crime projetual, que é rejeitar o desenho. O desenho, a precisão, o esboço. Isso não é feito normalmente no design thinking. O que é feito? No design thinking, que é o pensamento projetual de passivo, você trabalha com modelos simples e acessíveis a todos. Então se é necessário desenhar, você vai usar um quadro branco, ou você vai usar um canetão bem grandão. Você fala "canetão grandão, mas eu não vou conseguir fazer um desenho". Quer dizer, não, isso aqui que você fizer vai estar errado, vai estragar o par. Esse aqui. Esse aqui. Esse canetão aqui não vai, eu não vou conseguir fazer um esboço bacana, eu não vou conseguir fazer um esboço de aproximação, porque você tem que fazer várias, várias linhas até chegar na forma que você quer, né. Você não consegue nem trabalhar com diferentes tipos de intensidade da linha, é sempre uma intensidade que você não consegue fazer. Então é muito ruim pra esboçar, mas ele é muito bom para esboçar juntos, contra as pessoas, que é um processo diferenciado do que o esboço tradicional que a gente tem na atriatura e no designer. Por exemplo, o fato da caneta dar um traço grosso que impede você fazer um desenho mais afinado, permite a pessoa manter uma distância com o que está fazendo, e o tamanho que está compartilhando. Outro material que se utiliza também no Design Finks, o pensamento projetual expansivo, é a massa de modelar, que para um designer de produto também é um crime, porque designer de produto costuma trabalhar com equipamentos mais avançados, que permitem, que não deformam, assim, né. Então a gente usa a massa de modelar para que pessoas que não sabem modelar, que não sabem, façam alguma coisa. Então, já vamos começar a partir de agora. A gente queria expor o que era do pensamento projetual expansivo para vocês terem já uma ideia do que a gente está propondo aqui, e vamos propor já uma atividade. Enquanto a gente continua a apresentação, a gente vai dar para vocês um pedacinho de massa de modelar, e o que vocês vão fazer? Qualquer coisa. O que vocês tiverem ouvindo, achando interessante, moderna. Se não quiser modelar nada, não modela nada, fica só apertando. Depois a gente vai discutir qual foi o efeito disso, o que mudou isso na maneira como você assistiu a apresentação, tá bom? Um pouquinho de massa de modelar para vocês, quem não quiser participar também, não precisa, tá? [Som do computador] Não misturem as coisas, por favor. [Som do computador] Já está limitando o processo. Já querem fazer tudo que os alunos fazem, né? Meu Deus do céu. Já chegou a passo do santo. Então tá, gente. Depois a gente vai compartilhar o que vocês fizerem no final da apresentação. Uma das coisas principais é priorizar uma visão holística do projeto, que tem a ver com trabalhar com múltiplas disciplinas. Sim, é múltiplas disciplinas, então você tem que levar em consideração as diferentes visões das disciplinas. Isso significa traduzir aspectos sociais, psicológicos, técnicos, financeiros e o que vai formar relacionados aos detalhes do projeto. O projeto se desenvolve através de interações, através de prototipação rápida, o lema é "falhar cedo para acertar logo". Na verdade a tradução literal do inglês é um pouco mais radical do que isso, né? "Fail early and fail often". Mas se você for traduzir para o português fica tão esquisito, né? "Falhe sempre e fale", quanto antes, né? Tipo, parece que nunca vai acertar. "Falhe logo e fale sempre", né? Aí aqui a gente traduz como "falhar cedo para acertar logo", tá? Porque eles têm essa ideia de que se você não falhar você não vai acertar. "Falhe" é uma maneira de aprender através do projeto, por isso prototipação rápida. Você monta um protótipo, testa, não deu certo, faz outro, monta outro protótipo, testa e por aí vai até desenvolver o projeto e chegar num nível de qualidade que você está satisfeito. Ou que melhor dizendo, que os usuários e outras pessoas que colaboram com projetos estão satisfeitos. Compranto com o primeiro tipo de pensamento projetual, o contraste é, não é montar o plano perfeito para depois aplicá-lo e ver o resultado. Nas comprensamento projetual sistemático também se trabalha com protótipos. Só que o protótipo é um teste do funcionamento do equipamento. Ele não tem essa característica holística, ele testa apenas a funcionalidade, se funciona o produto. Agora, se ele se encaixa, se tem uma dinâmica social, se as pessoas vão se sentir desconfortáveis usando o produto, se ele tem aspectos psicológicos que são confusos, financeiros, enfim, isso não é em geral questionário. O protótipo aqui no pensamento projetual é expansivo, ele é expansivo também. Ele vai para vários lados, o protótipo puxa, agora eu quero explorar um lado conceitual, agora eu quero explorar um lado psicológico. E aí vai se desenvolvendo o projeto. Ele é muito comum esse tipo de pensamento na arte, no design, no urbanismo e na computação. No urbanismo, eu não coloquei arquitetura aqui porque o urbanismo trabalha muito mais com a ideia de stakeholders ou em vários interessados. O projeto em geral não consegue ser, digamos assim, desenvolvido por apenas uma disciplina. É uma dificuldade muito grande, às vezes até alguns urbanistas tentam fazer isso, não consegue, desiste e volta a ser arquiteto. Enfim, existe esse, essas, volta a ser arquiteto. É brincadeirinhas à parte. Na computação também tem algumas pessoas que, uma vertente trabalha, uma vertente pequena, digamos assim, mas presente. E no design eu acho que é bem comum esse pensamento projetual, está ficando cada vez mais, não só no grafico e no produto, está crescendo muito forte esse pensamento projetual. Acho que é o que aconteceu tanto é que a gente está utilizando as nossas aulas. Aqui alguns livros já publicados em português sobre o assunto. Design Think do Tim Brown é talvez o livro mais relevante hoje sobre isso. Não é um livro que explica como fazer, mas ele explica conto histórias da empresa IDO, que é uma empresa que hoje é paradigma, referência em termos de design, não só de produto, ela era uma empresa de design de produtos, depois se especializou em design de produtos eletrônicos, depois ela chegou à conclusão que as pessoas queriam que elas, na verdade, exportassem o processo delas para outros, propósitos que não era projetar produtos, e eles colocaram esse nome, design think, e fundaram, algumas das pessoas que estavam na design de eu foram para a Stanford e fundaram a B.School, que é essa daqui a gente vai falar daqui a pouco. Isso aqui tem mais a ver com a corrente europeia de design thinking, que está ligada a design de serviços, a gente não vai abordar aqui em muitos detalhes, e esse aqui é um livro da própria IDO para educadores, então acho que é um livro meio ruim, mas tem que citar porque acho que é uma referência boa, é uma referência boa de que o assunto está na área da educação, não só da educação do design, mas é muito utilizado por pedagogos e outras áreas também. Estou esperando que, são livros em português, né? Para eu colocar no outro ponto. Esse aí está falso, eu não me lembro que eu tenho visto. Esse livro que não está publicado. Não é esse para educadores? Esse aqui não está publicado como um livro, mas ele está publicado como PDF gratuito na internet. Não foi impresso, mas você tem como comprar, baixar ele direto pelo site da IDO. Ele é mais um panfleto de propaganda, digamos, do expertismo dele. Mas é informação também. Mas é a informação. Ele tem uns que é muito prático, assim, faça isso, faça aquilo, mas ele não tem o lado por trás, porque você está fazendo aquilo, né? Aí você vai encontrar mais nesses outros dois livros aqui. Uma pergunta, na área da pesquisa, tem agora uma committee que não trabalha mais com pesquisa clássica, né? Sim. Botéia, de que que cê é. O que isso tem a ver com o designzinho? Olha, nos Estados Unidos é uma questão muito discutida ainda. Esses caras aqui, tanto na D.School, quanto na ADO, eles não querem fazer pesquisa acadêmica. Agora, esses caras aqui, do design serviço na Europa, estão fazendo pesquisa. Muitos deles têm o P.H. Então eles vão chamar isso de research through design. Também inspirados aí por pensadores, vou pegar ela, a... Inspirados pelos pensadores daquele pensamento projetual anterior, o que tinha passado aqui, né? Esses caras, principalmente o Nando Croze e os colegas dele da época do Design Methods, criaram essa ideia de que design não é ciência, mas design é uma maneira de você conhecer o mundo, né? Existe um tipo de conhecimento que é "desiring", ou é, em português, "projetual", conhecimento projetual, digamos assim. Esse conhecimento é interessante para a sociedade e justifica existir uma pesquisa sobre esse tipo de conhecimento que vai ser gerado a partir de um projeto. Então esses projetos gerais são mais experimentais, mas o tipo de conhecimento que eles geram não é aquele conhecimento generalizado, baseado em "vir", generalizado, que você pode aplicar em qualquer contexto que normalmente a ciência busca. Ele tem mais a ver com... beleza, você quer construir uma sala de aula, então uma sala de aula, existem essas e essas e essas recomendações que foram criadas a partir de vários projetos de sala de aula que a gente fez. Isso é uma pesquisa através do design. Essa ideia do design de fotoprofimologia, também um exemplo de discussão é, quando eu projeto algo, eu crio algo novo, a ciência, que é o mais tradicional da ciência, ela lida com buscar leis adversais, etc, e não com a ideia que você vai criar algo novo, que vai interferir no próprio vento que você está se colocando. Essa ideia de você criar algo novo seria uma forma do design. E todas as questões de interação, conhecimento, aprendizagem, elas estão mudando porque você está modificando, conhecendo as coisas, quando você modifica, ele deve ser modificado novo. Isso é produzir algo colocado, por exemplo, no pátio, no corredor, deixar as pessoas utilizando e modificando. É uma outra forma de conhecer as coisas, talvez mais rápido, que é a questão de entrevistos, mas a ciência de que leva o design para um ponto que é... aqui daí acho que até uma das pessoas que esteve muito convidado para conversar esteve aqui, que estava de design crítico para desability de eficiência, eles faziam uma pesquisa desse tipo, ou seja, a pesquisa deles era produzir coisas, e você viu que aconteciam essas coisas, utilizando elas, projetando essas coisas. Agora, isso daí tem alguma coisa com a filosofia que vem lá do FireAbbent, do normal método? Eu acho que existe algumas linhas, digamos assim, que estão fazendo, que tem uma linha crítica, digamos assim, dentro da pesquisa por design, que rejeita o método e tenta desenvolver conhecimento a partir da experiência enlírica de projetar sem necessariamente seguir um método, porque eles acham que seguir um método é, digamos assim, um ranço da ciência. Porque vem da formulação de quadros. Exatamente, eles não querem trabalhar com essa ideia de hipótese, nem mesmo de perguntas. Mas isso eu acho que é, digamos assim, o marginal do marginal, porque isso aqui já é marginal. Na ciência ainda não é aceito isso, na academia, melhor dizer, na academia não é aceito isso ainda. Ainda são poucas as conferências. O lugar onde mais você encontra gente de peso na... de design trabalhando com a servição Research to Design, é uma lista de e-mail chamada T&H Design, que eu recomendo altamente qualquer professor de design acompanhar. Hoje onde estão os grandes nomes da pesquisa em design no mundo estão lá dentro, discutindo, debatendo. Às vezes discutindo até demais. Victor, Margo Lin, Donald Norma, David Freeman, quem mais de grandes nomes. Até o Brian Lawson, esse cara aqui, também posta, o Nailo Prost também posta, o Palas Mai, eu acho que eu vi, não tenho certeza, mas vamos tudo lá. É um pouco, tem muito flame work, né? Viga de dano, viga de épico. Bom, então, summarizando nossa apresentação, o design thinking pode ser descrito com maior precisão como pensamento projetor expansivo, o que se considera hoje como design thinking, tá? O que você está falando hoje. Porque o Nailo Prost já usava esse termo design thinking há, sei lá, 40 anos, 50 anos, tá? Então não é uma coisa tão nova assim. Mas esse design thinking da Stanford é, pode-se dizer que é uma coisa relativamente nova, de uns 20, 30 anos pra cá. Por que o expansivo? Expansivo no sentido de que ele cria novos conhecimentos. Expansivo no sentido de que ele vai além de uma disciplina. Expansivo no sentido de que ele explora não só um aspecto, mas vários aspectos. Ele está sempre crescendo em diferentes lados. Ele também ocupa mais espaço. Isso não é de diferença. Existiria um pensamento projetual visto? Eu acho que, na verdade, todo pensamento projetual que você vai encontrar na prática vai ser visto. Aqui, quando eu estou fazendo isso aqui, eu estou fazendo um recorte, digamos assim, estirpando elementos que estão presentes em uma prática só. O que não é justo, deixar bem, assim, não é justo falar que "ah, você é só sistemático". Mas, de repente, na determinada cultura, o sistemático é mais predominante. Se você colocar na balança de vector, decidir entre atender os requisitos, ou incluir um novo aspecto que não tinha sido pensado, que é o aspecto da diversão, se atender os requisitos foi mais importante, incluir a diversão como aspecto, então isso está sendo sistemático. O expansivo nunca vai dizer não ao que você quiser trazer de novo. A característica é fundamental. Você vai tentar fazer um... Também tem essa? Você vai tentar fazer um... Se guiar pelo projeto objetivo, só que daí, se ele depois está no mesmo que vai se monetizar, o negócio começa a fazer outras práticas. Isso que você falou tem feito, porque está aqui. A metodologia da Stanford é isso aqui, empatar, define, ideate, prototar, test e acabou. - Os outros que se viram. - Acabou, os outros que se viram, exatamente. Eu coloquei esse implemento aqui para a gente pensar se a gente não pode apropriar-se dessa metodologia, se é que a gente vai se apropriar de uma maneira um pouco mais relacionada com a nossa, porque a gente não está no vale do silício onde criar um monte de ideias, gerar um monte de ideias é tranquilo. A gente no Brasil pode estar ao luxo de ficar só vindo ele ainda e anda, a gente precisa fazer a coisa acontecer. Mas isso a gente vai fazer na prática daqui a pouco, vai ter umas coisas para a gente implementar depois no curso. Então, a gente descola as referências de intersemento projetório que estão em cima a partir de minhas viagens. Quem eu conheci que eu achei referência. Talvez falte algumas escolas aqui. A Stanford que eu já citei com a Dsql, só que a Dsql pouco a gente sabe que ela foi criada ao mesmo tempo que uma escola na Alemanha, em Poustam, uma escola irmã, que na verdade é chamada Assoclatereistgut. Deymalm também na Suez, trabalhando com o projeto espacial um tempão. Sauter-Denmark, na Dinamarca pouco conhecida também, mas muito legal. E o Politécnico de Milano, que está bem bastante conhecido no Brasil principalmente, nem tanto na Europa. Então, eu vou falar de três escolas de caso, três dessas escolas que eu conheço um pouco mais. Eu não estive em Dsql, na Stanford, mas eu li muitas coisas e conversei com pessoas que estiveram lá. Ela foi criada em 2005 a partir de uma doação de 35 milhões do diretor da SAP, o tal do Rassel Plattner. O objetivo inicial era espalhar o pensamento projetual da ID.O, que era cliente da SAP. E o Rassel Plattner, diretor da SAP, falou "Por que eu não espalho isso pelo mundo? Acho que isso aqui vai remunicionar um dos negócios das empresas, principalmente de tecnologia". Então a ID.O tinha o David Kelly, que era professor da Stanford, ao mesmo tempo fundador da ID.O. Ele resolveu, junto com os colegas dele lá em Stanford e da ID.O também, criar essa escola. E eles, num dia, numa conversa de bar, rabiscaram no Guadalajara, o manifesto, digamos assim, do que seria essa Dsql. E aí, são essas matérias. Para você criar a melhor escola de design do mundo, propor que os inovadores futuros, eles seriam pensadores que vão pensar em rupturas, mas eles focalizam muito mais em inovadores do que em inovação. Isso é um ponto fundamental deles, eles querem que o desenvolvimento do sujeito, da pessoa, seja foco nos cursos e não o conteúdo, digamos assim, que os projetos que eles criam. Design Think, para inspirar tímpanos multidisciplinares, tal, laboração radical e projetos megalomaníacos, né? E aqui eu vou trazer um videozinho com o Arthur andando pela sala, as salas da Dsql. As Dsql se mudou várias vezes, tiveram vários lugares dentro do campus. Eles adoram isso, por isso que eles fazem isso, porque eles acham que tem que estar mudando mesmo, tem que estar andando de um lado para o outro do campus. Acho que é o penúltimo campus, de hoje em dia já é diferente desse aí. Esse livro aqui conta essas histórias, dessas mudanças, e também dá os detalhes de como criar esses espaços de colaboração que vocês vão ver no vídeo. Inclusive, é uma conversa que a gente vai ter depois, porque a gente está querendo montar um espaço assim aqui dentro da puc. Então vamos ver, vou fazer um tour pela puc. Então ele tem uns espaços grandes para você trabalhar com tecnologias low-tech, e tem uns espaços pequenos, fechados, para você trabalhar com tecnologias high-tech. Você tem espaços de prototipação, desenvolvimento de modelos para você testá-los com o usuário. Esse são os dois principais, o meu espécie é muito parecido com a maquetaria, esse espaço aqui no espécie. Agora vejam que as ferramentas estão todas rapidamente disponíveis. E uma característica importante da gestão desse espaço é que é uma autogestão, você não precisa de permissão para pegar uma ferramenta, mas você foi, digamos sim, doutrinado antes de você usar as ferramentas, de que se você pegou, outra pessoa vai precisar pegar daqui a pouco, e você vai precisar pegar no futuro, então deixe que volte ao lugar que você pegou. Esse espaço principal é um espaço onde você tem a ideação, a criação em conjunto coletiva, em estágio inicial do projeto. Muitas referências, muitos evidências que você coleta em pesquisas fora da gestão, eles vão muito a campo e trazem fotos, e colocam essas fotos nos murais, escorrem os campos. Esse daí é o que é equivalente a essa mesa aqui, digamos assim, o armário portátil de materiais de co-criação que a gente gostaria de ter aqui também. Hoje a gente guarda no armário físico, às vezes nem tem espaço para guardar. O legal de você ter um portátil que você facilmente consegue trazer os materiais para um lugar só. Hoje a gente tem o número de 15 minutos só para reunir todos esses materiais aqui nessa mesa. Uma coisa está lá, outra coisa está colada, isso acaba freando o processo criativo. São espaços que são muito focalizados nos encontros serendípicos, que eles chamam, uma palavra estranha em português, mas significa que você encontra alguém por acaso, desenvolve uma ideia por acaso, você não senta para idear, você tem uma conversa e por acaso você começa a idear e criar uma ideia junto. Aí uma visão de cima, detalhe importante, aquele espaço grandão do meio, ele é flexível, você monta uma espécie de estúdio para o projeto temporário que dura uns 3, 4 dias, isso já é um estúdio para projetos de longo prazo, talvez 6 meses, não sei exatamente o tempo. Aqui você vê os estudios formados com divisórias de quatro gramas. A estrutura que eles têm atual é mais flexível ainda baseada nesses quatro gramas que vocês viram aqui embaixo com rodas e tem quatro gramas que duram na parede, no teto, eles andam de um lado para o outro e você consegue montar os espaços que você precisa para aquele projeto, dependendo do número de pessoas. Comentários? Quantas pessoas trabalham em cima da sala? Na Disco 1? Não tenho muito enené não. Eu acho que vocês querem dizer que você está perguntando do staff, digamos assim? O staff é o que? Eu sempre tive vontade de ver alguma coisa similar, mas a gente pensa em duas, por exemplo, é o que eu estava pensando. Tem uma que às vezes não é compatível, com uma dura de 60 dúmulos, que é o que a gente trabalha. Eu estou querendo cortar o barato. Não, porque não tem aula. Na verdade é uma sala de projetos que podem ser estimulados por sala de almas, por exemplo, você pode ter uma sala de aula em outra parte da Stanford e depois terminou a aula, agora vocês vão desenvolver o projeto, vai para o Descube. Mas é isso, né? Eu acho que assim, sai com uma ideia. Não, não. Sai para um produto? Ah, você diz assim, dá desculpa, você pode sair com um protótipo, Max. Protótipo que você testa a experiência dele, mas você não sai no nível de fidelidade que um projeto sairia da maquetaria que nós, por exemplo. Eu acho que é menos potente que a maquetaria. Ele termina no estágio, teria um outro estágio ali, uma ingressão na maqueteira. Inclusive eles têm maquetaria na Stanford, que não é isso aqui. Eles têm uma maquetaria, talvez, não sei, com M&A, isso, com o CLC, com aquelas coisas bem mais caras. Eu acho que a gente tem esse espaço aqui na CUC, eu acho que a maquetaria se tivesse os quadros em branco, se tivesse aquelas salas de maqueteria, não teria isso. Eu também tenho essa impressão, eu acho que não é tão difícil a gente chegar lá. Eu acho que o mais importante nem é tanto o material, mas é ter o pensamento do que está acontecendo. [Vozes em inglês] Então, a Disco serve outros cursos, como o Paulinho falou, mas tem aula, tem aula e daí tem atividades para outras aulas acontecendo na Disco, mas a Disco tem os cursos dela própria. E os cursos dela própria não tem aula. São cursos de desenvolvimento de projetos, tem um professor que eventualmente faz uma apresentação dos slides que a gente está fazendo aqui, mas a maior parte do tempo o professor vai estar junto, o mentor da verdade do projeto, que a gente chama, vai estar junto com os projetos ajudando os alunos a desenvolver. Verdade, Gui, a gente sempre vai entrar nisso, mas o nosso disciplino de CCC, claro, é só que em alguns dias estava em certo período, mas nessa sala a gente tem um ambiente que fisicamente não é parecido com aquele, mas em termos de incongração e dessa distribuição de pessoas, ela foi muito similar com a direção dos próprios paredes. A gente já vai chegar lá. Só para retomar assim para fazer um paralelo. Então vamos continuar para frente para a gente aproveitar e chegar nessa parte que é mais interessante. Então a Disco não quer competir com as outras escolas de design. A Disco não é escola de design da Stanford, isso não é o departamento de design. Ela é uma escola para interdisciplinar um espaço que pode ser usado tanto pela engenharia, pela educação, em ciências sociais, todo mundo. E eles fizeram um ponto estratégico na política da Stanford, foi não oferecer degrees, não dar diplomas. Então não tem como fazer mestrado na Disco, não tem como dar doutorado na Disco. Para quê? Para que a Disco seja um espaço onde vários doutorandos de diferentes áreas se encontram e trabalham juntos. Ponto de encontro mesmo. O uso intensivo de post-its é uma marca registrada na escola, eles têm inclusive uma parceria com a 3M. O post-it por que ele é importante? Pode parecer frugal, é melhor, útil, pagar tanto dinheiro, ficar tão caro. Porque se você não pagar no post-it ele vai cair. Se você comprar outra marca, cola não é tão boa. Depois de duas semanas cai no chão. Se você tem um projeto que dura mais de duas semanas, vai se arrepender por não ter gasto um pouquinho a mais. Transcrever tudo aquele material é dó de. Então a vantagem é o seguinte, você colocou uma ideia no post-it aqui, se ela está nesse projeto, de repente essa ideia é mais útil no outro projeto. Você pega ela e coloca lá. É o que vocês estão vendo aqui nas paredes, mas depois a gente vai explicar melhor. Como eu falei, eles têm um carrinho de materiais fantástico, que eu acho muito fácil de a gente implementar. A gente fez mais próximo disso hoje essa maleta de pesca. Um dia eu estava na sala do professor, cheguei com essa maleta e abri ela. O professor olhou e disse "Professor, você está indo pescar?" Eu falei "Estou, estou indo pescar, pescar ideias." Ele me olhou assim "Pescar ideias? Onde? Dos alunos?" Muito interessante. Eu não tinha pensado nisso. Os alunos também podem ter ideias. Outra coisa que eles fazem muito são dinâmicas de grupo parecidas com jogos ou de fato jogos em cidades. Como uma maneira, uma estrutura de co-criação para, principalmente, quebrar o gelo, integrar mais as pessoas que elas trabalham juntas e se preparam para o que a gente vai ter aqui também. Então, psiquodrama, especificamente, eu não conheço nenhum grupo. Mas eu conheço... Uma das ideias que parte do psiquodrama é que você pode utilizar o corpo, você pode utilizar as práticas, no caso da psicologia, para fins terapêuticos, para fins de design. Aliás... É uma comparação que eu gosto muito de fazer. A gente gostaria muito de desenvolver pesquisa nesse sentido. Será que conseguimos fazer algo com psiquodrama? A gente já consegue fazer com teatro oprimido, que é parecido. A gente vai mostrar daqui a pouco. Teatro oprimido. Esse aqui é o espaço de projetos lá de Stanford, então cada projeto tem uma estrutura temporária, veja que é construído com quadros brancos, né? Você move, você faz, digamos assim, o projeto dura duas semanas e os alunos vão trazendo, o material vão colocando lá e vendo a coisa crescer. Isso é um ponto fundamental que os alunos reconheceram quando eles começaram a colocar os pcs deles ali na parede, apesar de que começou a cair depois do tempo, porque não era postit, mas enfim... Desculpe, mas tem trabalho de vocês? Isso, já vou explicar. É que tá metade só, né, porque a gente descobriu o método errado aqui de fazer colar as coisas que começou a cair. A gente já explica, a gente já mostra. Tá, o Disco da espalhada pelo mundo já, tem inclusive uma escola em São Paulo que utiliza, que é associada, digamos assim, à Disco, mas não é dentro de uma universidade, ela é uma escola de mercado, que ainda está a cursos. Agora eu vou falar de uma outra escola que eu tive contato, que foi a K3, né, a K3, em Malmo, que é fundada em 1998 com a missão de ser a Bauhaus Digital. Foi escrito até um manifesto aqui, pelo professor Pelé, inclusive é membro da minha banca de doutorado, falando "não, nós queremos uma escola com uma visão de ser a Bauhaus Digital". O que é a Bauhaus Digital? Aquela que considera o digital como um material, tão importante quanto madeira, vidro, acho que esse foi um dos grandes lances da Bauhaus, que era "vamos ver o que os materiais são capazes de fazer", então o currículo era em volta com os materiais. E aí junta alunos de arte, tecnologia, design, comunicação, trabalhando juntos em projetos com aquela visão mais ampla que tinha a Bauhaus, né. A Bauhaus tem um projeto nesse sentido que é ver a design de geração não como a tradição que vem da computação, etc., ou trabalhando digital, mas como algo do design, né, muito forte nos artigos que eles publicam. Daí a maneira como isso se ensinava é a maneira como tradicionalmente se ensina a arquitetura ou o design, que é a partir de estúdio, estúdio de desenvolvimento de projeto, o aluno faz um projeto, o professor eventualmente vem orientar o aluno, mas a aula em si, a exposição que a gente está fazendo aqui agora é a parte menor, vamos dizer, do curso de design, a parte maior é o as oficinas, ou o script. Uma das metodologias que eles foram pioneiros em desenvolver lá é o laboratório vivo, ou Living Lab, que são projetos de inovação social em parceria com o VM empresas e homens, o laboratório chamado de vivo que é feito de pessoas tanto quanto de tecnologias, ou até mais, e algumas técnicas utilizadas aí, tanto o laboratório vivo ao design participativo dos serviços e redes para incluir populações vulneráveis da sociedade. Então a gente tinha essa visão utópica, tanto é que essa escola foi fundada com o propósito de revitalizar uma área da cidade que estava dominada por criminalidade, que era a área portuária, porque os portos na Europa perderam, digamos assim, a força, né, e os armem abandonados fundaram essa escola lá e aí começaram a fazer laboratórios vivos. Esse aqui é um exemplo de vários laboratórios vivos que eles fazem, o Laborhood, é a vizinhança, então eles constroem vários serviços que conectam a vizinhança de diferentes etnias, conectar as pessoas que são suecas, as gerações com pessoas que acabaram de se naturalizar e que têm origem em outras áreas do mundo, como a África ou a Argentina. Existe algum estudo etnográfico para fazer essas configurações? Com certeza, a etnografia é uma das bases fundamentais desses trabalhos do Living Lab, de você primeiro entender essas culturas diferenciadas e quais são principalmente conflitos que eles enfrentam na integração com os europeus e a partir disso construir algo que seja bastante respeitoso com as vizinhanças deles. Uma das coisas que eles criaram recentemente é o Makerspace, não Fab Lab, o Makerspace, que é um espaço de fabricação de qualquer coisa que você quiser fabricar e aprendizado por pessoas que gostam de fabricar e construir, fazer coisas com as mãos. Não é um lugar como a Disco, porque não tem currículo, não tem uma alma, não tem uma proposta específica, você chega lá, você traz o projeto, você traz a aula se quiser, mas acho que não é um lugar mesmo bom para dar aula, é um lugar para você vir e de uma maneira bastante caótica você aprendeu alguma coisa. É um Fabriking. E os grupos que utilizam são um grupo de senhoras que costura, tem um grupo de pessoas que consertam bares, tem um grupo de pessoas que querem fazer experimentações com eletrônica, tem o pessoal que faz arte eletrônica também que usa o espaço e crianças também que estão querendo aprender das possibilidades da eletrônica, da fabricação digital, tem impressora 3D e outras coisas mais. Também é um lugar parecido com a maquitaria, mas as regras de uso totalmente diferentes. O projeto também é um Fab Labs, tem um Distributor. Esse mês nós temos uma parceria com a Aldeia Coworking num evento chamado Make Big, que acho que é um dos patrocinadores ou parceiro do evento, não sei exatamente, que vai discutir a possibilidade de construção, não vai discutir não, vai nutrir, digamos assim, ideias para a construção desse Make Space dentro da Aldeia Coworking. Eu acho que a PUC é parceira desse projeto, não sei exatamente os detalhes, mas esse mês vai ter várias palestras começando a aldeia Coworking, inclusive com professores daqui a pouco. Lá na Universidade Twente, que é onde eu fiz o meu doutorado, tem também um Design Lab muito recente, também foi criado ano passado de uma maneira indireta, influenciada pelas minhas pesquisas, mas muito mais influenciada pela T-School, o professor de orientadora foi até a T-School no estâmpago, de volta deslumbrada, e aí a história é engraçada porque eu tava, esse espaço da universidade era para ser um centro médico de diagnóstico, e eu tava estudando o processo de desenvolvimento desse centro médico, e aí eu propus uma oficina de co-criação desse centro, as pessoas vieram, que eram parceiras do projeto, e rolou muitos conflitos, porque o projeto não tinha incluído essas pessoas antes, e já tava definido todos, quase tudo o projeto, tinha a porta baixa, todas as restrições, e as pessoas não aceitavam as restrições, e no final das contas eles acabaram cancelando o projeto do centro médico, e a minha orientadora, sabendo disso, foi lá e fingiu o pé, falou "não, nós vamos usar esse espaço para criar uma espécie de disco aqui na U-20". E aí isso aqui é um modelo, é interessante, é um modelo diferente também da T-School, o modelo deles é o seguinte, você tem cientistas pesquisando novas relações humanas e também novas tecnologias, como é que você transforma isso em produtos? Aí entra o designer, é um lugar para você prototipar novas ideias de produtos que seriam significativos para a vida das pessoas. E a multidisciplinariedade é a maneira como isso iria acontecer. Muito válido, digamos assim, essa proposta, e o que aconteceu é que foi apenas utilizado por muitos meses, apenas por alunos que estavam buscando um lugar mais relaxado para você fazer trabalho em que o... É, aqui se diz aonde? No salão? Pois é. Só que não era para ser um espaço para você ficar só descansando, que eu acho que tem que ter também, mas esse espaço é um espaço de enviação, eles se chamam IDH, como é que se chama nessa sala, então o que acontece é que eles fazem enviação, só que não existe nenhuma colaboração multidisciplinar, porque eles só vão trabalhando no curso deles, não existe uma dinâmica, ou não existia, pelo menos, naquela época que tinha sido criada, uma dinâmica que utilizasse esse espaço da maneira como ele foi pensado para ser. Então a minha orientadora convidou para o seu Pellian, que é lá da Universidade de Malmo, K3, lá que eu falei com vocês anteriormente, para vir dar um curso, uma masterclass, em collaborative food future making, que é muito ligado ao pensamento projetual expansivo, é diferente desse aqui, um pouco, mais parecido que diferente. Ele fez vemos várias atividades de análise do Design Lab, porque que as pessoas não estão vindo, isso aqui é um mapa da controvérsia, o Design Lab é para ser uma comunidade, um espaço de comunidade, mas não tem nenhuma comunidade ainda, daí por que isso? A gente foi analisando e fizemos uma intervenção, que foi uma ocupação do Design Lab. Eu era um assistente do professor Pellian, e eu insuflei os alunos a ocuparem o Design Lab, porque já que não estava acontecendo projeto, os alunos iriam criar projetos, ao invés dos professores, então eles pegaram e ficaram uma sexta-feira à noite, até de madrugada lá, só fazendo um monte de projetos aleatórios que eles vinham na cabeça, e até eles rolou projetos de música, rolou projetos de poesia, rolou projetos de vários tipos de mídias, e seguindo basicamente a diversão, o processo, digamos assim, em relaxamento e criação ali, espontânea dos alunos. Isso foi feito sem a atualização da direção do Design Lab, eles não gostaram da ideia quando foi proposta, mas os alunos falaram, a gente faz assim mesmo, a gente tem a chave, falentagem, depois o aluno que era monitor do Design Lab, que fez isso, foi punido por duas semanas de suspensão, o que gerou um certo desconforto, porque o engraçado é que a minha orientadora não é a gestora do Design Lab, ela gostou pra caramba dessa intervenção, mas a outra pessoa que geria o espaço não gostou, porque ainda não existe, digamos assim, uma consciência compartilhada, isso aqui é interessante para o Design Lab, porque isso aqui não houve nenhum prejuízo para o Design Lab, os alunos limparam isso aqui super bem quando terminou esse workshop, na verdade fiquei um pouco, eu fiquei bastante impressionado, porque eles não só fizeram isso, eles trancaram uma caixa de primeiros socorros pra essa noite, "caixa de primeiros socorros?" "É não, eu sou toda festa que a gente organiza aqui na UAN, a gente tem que, obrigado por lei, trazer uma caixa de primeiros socorros." Falei "nossa, e tem mais, tem que ter uma pessoa dentro desse grupo, tem que ter uma pessoa dentro desse grupo que seja treinada em atender e usar essas caixas se precisar, exato, fazer reanimação, isso pra cada grupo de 50 pessoas tem que ter uma pessoa dessas, se você, por isso é bater na sua festa e você não tiver isso, você vai resgatar muito." "Exatamente, isso é convidado pra você, você tem um treinamento que sempre funciona pra você." "É verdade." "Tem que ter um botão de arané, que o mundo entende." Aqui entra o teatro oprimido, que eu falei pra vocês, eu fiz um experimento com os alunos que estavam estudando, uma coisa muito maluca também que tem na Holanda, que é um termótoca usado pelo ser humano, dito nisso, os alunos desses começaram a furar postos de gás tanto que chegou um ponto que começou a causar um terremoto, que o chão ficou fofo, ficou vazio e começou a causar terremotos. E aí a gente fez um teatro que as pessoas estão dentro da casa e a casa está caindo, e esse sujeito aqui tá furando o poço e ele não tá ouvindo, não tá prestando atenção, e o teatro tenta várias maneiras de fazer esse sujeito parar de furar pra parar o terremoto, mas quando ele tira esse cago, de repente vem a polícia e leva eles embora. Aí eles começam a fazer um protesto, aí vem o político e dá um discurso falando que é importante. Aí ele chama a entrensa, a entrensa vai lá e faz uma reportagem distorcendo o que eles disseram. Então eles têm que tentar várias maneiras diferentes, realisticamente, de como se superar a pressão. Eu posso te abrir com isso. Isso foi uma ideação que acabou gerando uma intervenção na rua, também mais uma vez ensuflada pela professora, que é uma apronta, digamos assim, ao comitê de indenização que existe da prefeitura lá, que esse comitê nunca ouve as pessoas e na verdade ele só ouve as pessoas que vieram no alo técnico que a casa tá caindo aos pedaços. O que tava acontecendo, essas casas que ficaram enrachadas e tal. Então eles fizeram uma intervenção com o muro, com buracos, e esses buracos você pode colocar comentários e post-its, o que você gostaria de falar para o comitê. E eles encaminharam esses comentários estruturados para o comitê. E aqui o engraçado que em lenguinho não adeia está escrito "Pratenlangerterreinur", quer dizer, não fique falando para as quatro paredes, traduzindo no português, não fique falando para ninguém ouvir. E isso chegou a sair no noticiário nacional, com uma intervenção bastante impasta. Então o que tem em comum nessas iniciativas, esses projetos, das diferentes escolas? Eles são desenvolvidos a partir da empatia por um determinado tipo de pessoa, o processo de trabalho cooperativo envolve várias esquinas, os modelos são simples e acessíveis a todos, priorizam a visão holística do projeto, e as interações, ele evolui através de interações com a atotipação rápida. O lema é "Fanacilio para cetálogo". Bom, agora entra a pesquisa do Gonzalo. Na verdade não é só, porque essa pesquisa é um misto das práticas do Pratt, mas que é um tipo de pensamento, um tipo de pensamento que eu estou estudando no doutorato, que eu estou trazendo para a área de interação, mas é um pensamento de forma colonial, ou seja, a ideia de que a... assim, a gente vai ter várias ideias, mas as ideias é que a gente tem que pensar a partir do lugar que nós estamos, seja não só no sentido de restrição, mas o que a gente tem para prestar, o que a gente pode fazer a partir daqui. Então se a gente está trabalhando com o pensamento projetual, o que a gente pode utilizar que a gente tem no nosso mundo circundante, para utilizar o vermelho da teologia, mas é tudo da nossa variedade, do Brasil, Curitiba ou da CUR, que nos permite pensar de outra maneira as coisas que a gente vê que estão acontecendo lá fora, tal como o próprio desaiudinho. O Gonzalo já tem feito isso há três anos, tem de curtir já? Três anos que já vem fazendo o SINAPURT, eu vim aqui ajudar ele e até desafiá-lo, porque como eu fiz o doutorado lá fora, eu desafio ele, porque eu trago ideias fora de lugar, que às vezes não são aplicáveis, então por isso a gente trabalha muito juntos no planejamento das aulas, eu venho com as ideias que eu trouxe lá de fora e o Gonzalo fala "não vai funcionar, os alunos não vão entender isso, não, esse não tem a ver". Então é muito interessante essa interação que a gente faz, eu já venho também com essa perspectiva de que eu quero, digamos assim, que as minhas ideias que eu vou trazer do fora sejam desafiadas, e é a partir desse embate que está surgindo e o que a gente vai mostrar aqui agora. Então um curso de design digital, você sabe melhor do que eu, fala um pouquinho sobre isso aí. Esse tipo de proposta aqui, ela tem como, talvez colocado numa pergunta, é se a gente for a gente importar ideias que funcionam, que estão lá fora, como a gente começou a programatizar, vai dar certo aqui, só que deu certo, vai chegar certo aqui, a resposta é "não dá pra saber", pronto, talvez não, talvez dê certo, talvez não, mas se a gente consegue repensar aqui, não é? O curso de design digital aqui, a gente compartilha isso mais rapidamente, a gente tem um origem no design graph, ou seja, o curso surge com professores do design graph, ele visa para experimentar as possibilidades de material digital a partir do contexto brasileiro, e até por isso ele tem, é interessante que o nosso curso de design digital tem uma proposta diferente do curso que a gente vê do digital lá fora, por exemplo, a ideia de trabalhar com vídeo, animação, é até curioso que, eu venho discutindo com uma Malmo, por exemplo, tem uma visão de design digital que seria o que a gente está fazendo aqui, mas eles trabalham só com design de interação, com apetitos, arte, etc, e aqui a gente tem essa amplitude. Uma visão que eu, quando eu penso bastante, discuto muito com o Fred, é se a gente consegue adaptar a transformar a tecnologia de importadas, de metodologias para fins locais, seja fins locais onde eu uso os próprios alunos, ou então com questões, com o circuito, e o nosso curso, daqui pode discutir, mas em geral ele tem uma ênfase da utilidade, quando a gente discuta as coisas, quando discute principalmente a partir do design digital de design criativos e sites, mas para quem que ele serve, por exemplo, um nome muito forte da tradição do design digital aqui, uma tradição de, por exemplo, quando a gente vem com os ligados à artes, por exemplo, um pouco, apesar de a gente estar dentro de uma escola de arquitetura e design, ligada à questão do espaço, da arquitetura, e até aposta a utilidade não só no sentido que os deles são ferramentas, mas também na finalidade de se fazer design. Eu sinto falta nessa análise que vocês fizeram da questão estratégica, por ser de design digital não tem uma visão estratégica? Eu recordo a condvenção da utilidade do design, que é que ele apenas no operacional, ele tem uma visão de teclino, que tem um papel ligado a outros contextos econômicos, sociais, ele pensa numa estratégia ou ele pensa só numa solução? Ele precisa de tal, os outros podem confirmar ou não, porque eu não estou ali informando o que é o digital, mas só isso conta, mas em geral a estratégia não está estruturada. O aluno não tem essa fase de estrutura. Ele tem uma proposta, um No sentido que ele não sente um período, ele não trabalha estrategicamente a propósito dele? A gente vai entrar na parte de ser data alert, e aí eu vou dizer, eu não sinto isso. Não sente. Eu também não sentia, quando eu cheguei eu tinha que sentir isso. Eu não sinto que eu tenho um pegado assim. Mas você tem necessidade da palavra estratégia, ser elisionista? Não precisa ser de justiça, se ele está pensando... Acho que passou perto do que a moça estava falando, e esse negócio do por que fazer o design, por que fazer teologia digital. Nesse sentido que está falando, de pensar nisso ou pensar... Pensar num aspecto um pouquinho além da... Do que a gente se entende. Pensar na estratégia onde esse... Comparacional. Comparacional. Não operacional, é uma estratégia onde esse, no caso o aluno, o aplicativo, o aluno, ele está gerando um resultado social. Mas isso é uma forma... O aluno está previsto, ele não está fazendo uma ênfase, mas ele está previsto. Acho que a gente está começando a catidar cada vez mais isso. Na verdade a integração que a gente fez na Desprida é exatamente isso. Porque eu acho que essa é uma grande crítica ao design síntimo. Porque ele vira uma ferramenta para resolver um problema operacional. Sim. Quando os problemas não são só operacional. Sim, é verdade. Eu também vou falar um pouco. Eu falei uma crítica ali, aquela íntase na utilidade. Colocando aí como fulgura de verdade digital. Porque se casar com a trilogia que é a função da forma que se indica. Não, perfeito. É o que a gente está achando que deveria ser. É como a gente acha que é agora. Mas é justamente, eu acho que quando o pedido de nem falar sobre essa estratégia, que resultados vai adquirir e tudo mais, eu acho que vem pelos outros dois que estão faltando nessa frase que foi colocada ali. Que seria uma... Porque não é somente a utilidade, tem a própria função aplicada. Sim. Mas a gente colocou aqui que quando a gente pega os alunos do Session Período agora, quando eles vão propor um aplicativo, eles só conseguem explicar ele em termos de pra que serve. E quando eles pegam o trabalho de um vídeo ou animação, não conseguem nem defender porque que eles escolheram um grupo que iria trabalhar traumas. Nem em termos de poética, de expressão. Então, falta estratégia. Aí eu acho que falta um significado aí. Eu acho que o trauma falta mais um significado, mas tem outros alunos que dá a faltar mais estratégia. Eu acho que para todos falta estratégia porque quando é um trauma tem que ser uma visão estratégica. Como é que você trata do trauma? Sim. Que estratégia você utiliza? Aí você atribua um significado. Sim. Que vem pelo pedido. Teve um aluno que perguntou para a gente o seguinte, no site de Período Profissional, depois a terceira aula, segunda aula. "Professor, eu estou muito ansioso. Eu não sei se vai dar tempo de a gente começar a produzir o projeto porque a gente ainda não abriu nenhum software." Mas ele não está falando de ignorância. Ele está falando do hábito dele. O hábito de projetar. Esse hábito de projetar que a gente está cultivando nas nossas aulas, qual é o pensamento do projeto? O projeto que a gente está cultivando aqui. Mas a gente tentou, a gente desconstruiu isso aí. Então a gente... Posso só colocar mais uma questão? Lerto. Dentro da ideia que eu tenho de um processo de vida, vocês colocaram aqui a questão do mundo de similar, a questão de pessoas completamente diferentes de outras áreas. Como você acha que isso funciona pelo só de exames? Não funciona. Essa é bom. Não funciona. Não acontece. Não, pera. Não, pera. Temos duas estratégias. Uma estratégia é emular, simular através de jogos e role-playing. Então, pera aí. Esses máscaras, isso aqui, a gente usa em sala para isso. A gente pega uma máscara e fala, "bom, agora você é o usuário." Como é que o usuário vai reagir? Então coloca a máscara aí e agora pensa como o usuário. A hora que você coloca a máscara, ele já começa a pensar diferente. Porque a gente não pensa só com a cabeça. A gente pensa com a mão, pensa com o corpo todo. Se o corpo muda, muda também o que eu vou pensar. Então é uma das maneiras fracas, mas efetiva com poucos recursos. O ideal mesmo é a gente conseguir ter na mesma disciplina alunos de diferentes cursos, que é uma das coisas que a gente está propondo aqui. No final da aula a gente vai jogar essa ideia para vocês. Só para avisar, eu chego atrasado hoje, porque eu estava exatamente no desfile de adressas. É um negócio de uma tutoria que eu analiso nas minhas horas notativas. Eu tenho atividade com relação a ciência de computação e gênero de computação. Aí quando a gente viu que só tinha cinco pessoas inscritas, aí eu abri para design todos os designs. A gente está com 11 pessoas inscritas, sendo elas cinco de design gráfico, quatro de gênero de computação, ou ciência de computação, dois de design digital e um de jogos. Nossa, é bem legal. A gente tem que fazer mais, né? [Som do computador] Fora do currículo, talvez. Bom, a gente vai mostrar um pouquinho da nossa prática no design digital, aplicando pensamento projetual expansivo com os alunos do sétimo período. A disciplina, especificamente para começar o TCC, eles são límpicos para escolher o seu próprio tema e não existe orientadores individuais do projeto. Os orientadores são os professores da disciplina, ou seja, no caso, nós dois. Então a gente tinha que orientar a turma do sétimo período. Nossa estratégia foi a seguinte. Qual é a estratégia? A gente tinha estratégia falando que a gente tem uma estratégia. Então é o seguinte, os alunos têm que desenvolver o projeto mesmo que eles não tenham a certeza de que esse vai ser o tema que eles vão desenvolver o projeto. Por que isso? Porque o aluno muitas vezes enrola. "Ah, eu só não sei ainda qual vai ser meu tema." "Estou interessado em design. Eu queria fazer uma coisa na área do design digital." "Eu estou pensando em fazer uma coisa com aqueles óculos, sabe? Aqueles óculos que você vê assim." "Nada preciso, muito amplo, muito vago." "E ele vai resistir ao máximo que ele puder nessa lenga-lenga." "E você como professor não vai ter a imposição nem legal, o suporte legal para dizer faça isso." "Você não pode, porque o nosso regulamento TCC, inclusive esses dois colegas aqui elaboraram recentemente," "Diz que o aluno tem a liberdade de fazer o tema que ele quer." "Então a pessoa não pode impor." "Então como resolve essas situações do aluno que fica até o fim do semestre enrolando?" "Não resolve." "Então o que a gente fez, vamos fazer um acordo com a turma." "Gente, vocês concordam desenvolver o projeto mesmo que não seja TCC de vocês?" "Pô, a pessoa vai perder tempo, não calma." "A gente garante que a gente dá o tempo de vocês desenvolver esse projeto e ainda," "A gente controla o tempo para que vocês tenham tempo necessário, suficiente, melhor dizendo," "Pra desenvolver um projeto mesmo que vocês comecem outra coisa daqui a dois meses." "Dois meses a gente vai dar pra vocês errar." "Pode ser?" "Ah, legal, a pessoa gostaria de é." "Então a turma concordou nesse trato." "Concordou junto em, muito estava sofrendo da individual," "Concordou nesse experimento, nesse, em fazer algum TCC, nesse experimento de meses," "E fazer em grupo, ninguém fazer individual." "É, foi, não foi permitido fazer individual," "Apesar de alguns querem e apesar de isso ser desencorajado pela orientação da coordenação." "Mas se os trabalhos não seriam em grupo, ou final não seriam em individual?" "Então, teve alguns grupos que se desfizeram e a gente não pôde impedir isso." "Porque o ideal seria individual." "Não, para o nosso grupo, o nosso curso orientação." "O problema de grupo individual é, não tem como, se todos tiverem um projeto individual," "Não tem como as pessoas orientarem todo mundo." "É uma outra discussão." "Mas se não fico no momento, ele já prevê orientação individual, com orientador." "A gente não, a gente não." "E a gente não tem estratégia para arrumar ele no próximo fico no momento." "Eu acho que isso é um problema." "Eu acho que é um problema, mas a gente não foca em orientação da coordenação." "A gente tomou essa orientação e tentou fazer o melhor que a gente podia." "Dentro da, a coordenação falou o seguinte," "Em coragem eles não trabalhariam em grupos." "Se por acaso eles quiserem trabalhar individuais, vão ter que fazer um requerimento." "Um requerimento formal pedindo a solicitar um relato." "Eu acho que também, já que aquele grupo não só tem pessoas," "Eu acho que a gente tem que repensar isso," "Porque o ideal seria que um aluno que serve para um trabalho individual." "Então como vai ser essa orientação, a gente tem na arquitetura," "Modelo de orientação individualizados." "Mas o problema não é modelo, é recurso." "Não, mas eles têm o recurso, como é que é o ver na escola?" "Como é que eles fazem a gente?" [Som de conversas] "A tua preocupação é o trabalho individual ou a avaliação individual?" "Avaliação individual." "Só para dizer, são duas coisas separadas." "Trabalho individual e avaliação individual." "A gente pode ter o trabalho gradivo e uma avaliação individual." [Som de conversas] "É, mas aí não é meio complicado. Por exemplo, se você tem trabalho individual," "Com 60 alunos para dois professores orientar, não funciona." "Esse que é o problema." "Não, eu não consigo trabalhar individual." "Eu e esse mano trabalhando." "Com 60 alunos, dois professores, trabalhar individualmente não dá." "Não acho que faz." "Fica bom." "A gente está fazendo orientação com três professores," "Na décima e oitavo período." "Só com 60 alunos, não é isso?" "Não." "50 alunos." "Aí está razoável." "O que eu sinto é que aí eu acho que a interferência dos professores," "Eu acho que na hora de montar as equipes," "É importante que as pessoas tenham talentos que se complementem." "Porque senão o que acontece?" "Uma experiência que eu tive lá de banca, de um grupo onde ficava evidente," "Que tinha um rapaz do grupo de três, que era um talanha de três, de dezembro, de noção demais." "A proposta era um super filme." "E aí o próprio relatório ia mostrando assim, como o passado tempo," "E eles visualizando, ele não dava para construir um filme," "E foi virando uma introdução, e no final virou um teaser do que seria o filme." "E assim, vou ter que dizer que praticamente o trabalho ficou na mão," "De um sujeito extremamente talentoso." "Não quero dizer que os outros não tiveram influência na decisão do projeto," "Mas naquele caso, naquele tema que eles abordaram," "Acabou ficando muito ruim." "Isso é que você só consegue fazer isso bem, de vez, você conhece bem a turma," "Se você tem um trabalho já anterior, como professor de acompanhar os alunos em outros períodos," "E também de ter tempo para ajudar a negociar, porque é um processo bem complicado." "Mas deixa eu mostrar como a gente fez, porque a gente fez de um outro jeito mais rápido," "Que a gente usou uma metodologia específica." "Então a gente começou, aí você ainda falando," "Façam um modelo massinho, é massa de modelado, você vai ter que ser, então o pessoal fez um monstro," "O pessoal fez um diagrama." "Eu vou passar um pouquinho rápido, e quero que a gente comece a prática, sem dar tempo hoje." "Essa é a metodologia de formação de equipe, é um jogo chamado Mercado de Ideias," "Cada aluno individual tem uma ideia, depois ele tem que vender, até um outro aluno que compre a ideia," "Ou seja, um aluno vai ter que desistir da ideia dele, para comprar a ideia do colega," "E aí eles vão juntando de dois a dois, passa um a quatro, eles tem que vender uma dinâmica bem interessante," "Pra melhorar a capacidade de negociação e de apresentação do projeto." "Então a gente forma os grupos em uma tarde, basicamente." "Depois a gente pede para eles que escrevam uma carta de combinados para trabalhar em grupo," "E aí eles vão colocar assim nessa carta, as regras que vocês acharam importantes para trabalhar em grupo." "Então esses alunos escreveram, por convíncia, aberto opiniões, divisão de tarefas, reunião, extra passe e tchuc." "Não me perguntam o que é tchuc, mas se eles acharam importante ter tchuc no projeto." "O que que seria tchuc?" "Td?" "É, não tchuc." "Eu acho que é por aí." "Achei que eu vinha ter você aqui." "Aí a gente pediu para os alunos escrever um manifesto de como eles mudariam o mundo através do CC deles," "E declamasse esse manifesto." "Nada diz PowerPoint, eles estão viciados em PowerPoint, não." "Não pode PowerPoint, você vai declamar e ler e faz algo." "Pra que os outros alunos não dormissem enquanto eles leem, a gente pediu que todo mundo fizesse desenhos do que estava escutando." "E depois todos os desenhos da turma toda fossem dados para os alunos que apresentaram o manifesto." "O professor Arthur nos fez a gentileza de trazer a turma dele para acrescentar o volume." "Pra fazer o quarto período." "Batendo, porque ele era o melhor que ia entre ele e fazer o sério." "Então foi muito interessante, os alunos receberam um calha-mácio de desenhos que eles puderam usar ou não usar." "Esse desenhos que vocês estão vendo aí nas paredes são os desenhos feitos pelos colegas do quarto período." "Aí os professores na próxima aula depois vão dar feedback e também coletar feedback dos outros colegas." "Como a gente fez isso, o manifesto foi impresso, o professor González cortou em pedaços o manifesto com, digamos assim, ideias que tinha um manifesto." "Essas ideias estão coladas nesse painel do papel craft." "E todos os alunos foram convidados a circular pela sala, ler os manifestos e colocar comentários e post-it ao lado." "Da onde a gente tirou essa ideia? Google Docs." "O Google Docs tem essa dinâmica de participação de colaboração, era dizendo?" "E a gente achou que seria legal em um live na sala de aula." "O que deu a usar o Google Docs propriamente?" "Comentários das pessoas eles eram provocações, concordâncias, discordâncias com as praças do manifesto." "Então a pessoa falava, vamos dar uma atrapelha, vamos dar notícias a partir do aplicativo." "E ele falava, como? Ou seja, você me explicou como você vai fazer isso, o que você quer fazer." "Nós todos perguntamos o dado e esse tinha uma visão para direcionar, para pensar como as pessoas vão defender o seu projeto." "E também para elencar questões que, apesar de algum objetivo ser feito no manifesto, que tem um termo em geral." "Ele já estava mirando o que vai ter que ter de leitura, etc, para informar esse projeto." Então depois disso os alunos foram convidados a lidar com as críticas, né? Alguns alunos podiam fazer do jeito que quisessem, podiam desenhar em volta, podiam amassá-los com os postsheets se quisessem, né? Ou responder. E ou mudar o manifesto, que aconteceu na maioria dos casos, né? Depois que eles mudaram o manifesto, então a gente pediu grava um vídeo de um minuto, explicando o seu tema de TCC, utilizando como material visual o próprio palhão que vocês criaram com o manifesto. E isso aqui foi o resultado daquela equipe ali do autism. Vejam, em pouquíssimo tempo, apenas três horas mais ou menos, esses alunos produziram uma definição do tema clara. Então, a lenta não é discussão aqui aberta, né? Sim. Eu acho que esse método é o método que o Rosenfeld e o Paul P., aquele lá que você apresentou, do Sistemático, que eles usam para gerar um conceito. Mas para você gerar um conceito, tem que ter uma estratégia antes. Eu acho que falta ter um gap aí antes que não estar coberto. Concordo. Porque eu posso criar qualquer conceito, qualquer coisa. Sabe o que eu acho que deveria ser essa estratégia? A minha visão deveria vir das linhas de pesquisa dos professores. Eu acho que o CCD não está vinculado à linha de pesquisa dos professores. Ou não. Ou ele pode ser uma estratégia para um problema outro. Eu acho muito difícil um aluno conseguir ter uma estratégia. Mas muito difícil. Ele ainda não está maduro o suficiente para ver o mundo com essa visão ampla. Porque isso não é conduzido ao longo do curso. Pode ser também. Porque as visões estão sempre de tapar lugar. Mas isso tem a ver com a orientação do curso de ser orientado para atender demanda de mercado, desenvolver software, tecnologia com diferencial relação aos cursos que tem, por exemplo, nas outras universidades. Que tem o libertismo. Mas eu acho que isso é uma discussão que a gente pode ter em algum momento. Acho que é pouco, né? A gente vai chegar lá. Então olha só. Deixa eu mostrar o vídeo que é legal. Eu acho bem bacana como é rápido fazer um processo desse. O autismo é uma realidade vivida por 70 milhões de pessoas ao redor do mundo e ao menos 2 milhões no Brasil, segundo a ONG, Organização Mundial da Saúde. Ele é caracterizado pelo confinamento da interação social, comunicação verbal na verbal e comportamento restritivo e repetitivo. Pode ser diagnosticado em crianças. Os entornos aparecem em partidos dois anos, tais como não responder a contatos visuais e evitar-los. Porém, as assinas indicam que interações precoces podem ajudar as crianças com autismo a ganhar autonomia e habilidades sociais de comunicação. Reconhecemos que a maior dificuldade dos autistas é a interação e a comunicação, temos o ambiente de criação de um sistema que auxilia tanto na educação como no conhecimento interpessoal portatório do tronco. Precisando ajudar campiais e professores. Procuramos a acessibilidade para que o sistema tenha ambição à situação na sociedade, ouvir e entender o que precisa e do que precisa. E também procuramos comprometimento e a transparência, tratando com respeito o autismo. Então isso aqui é digamos assim, eles definiram o tema, só não disseram exatamente o que eles vão fazer com esse tema. Eles mostraram a empatia, eles estavam nessa fase aqui, foram para essa fase de definir o ponto de vista deles sobre essa questão do autismo. Não fizeram ideação ainda, algumas equipes já fizeram ideação antes disso, mas aí a gente fez depois. Na verdade eles desenvolveram um aplicativo que ajuda os autistas a se comunicar com outras pessoas através de símbolos. Mas isso a gente não vai abordar aqui, só vem complementando, bem depois dessa aula. Então a gente tenta transformar a sala de aula numa oficina, no espaço que vocês estão vendo um pouquinho como é que era agora na imagem. O pessoal trabalhando mão na massa mesmo o tempo todo. Depois que eles fizeram esse processo de ideação, não chegou nem entrar na área de produtos, só ideação. A gente fez uma sabatina inspirada em uma conversa com o Victor Sartour. A gente montou um modelo em que os alunos são convidados a trazer todos os materiais que eles desenvolveram para a ideação, colocar numa mesa e aí se defender de perguntas. Eles tinham 10 minutos para apresentar o que tinha na mesa, não podia usar PowerPoint, isso era para que eles ficassem mais frágeis, porque o PowerPoint esconde muita coisa do processo, ele faz você na verdade inventar coisas que você não fez, PowerPoint pela linearidade, então a gente deixou eles meio que sem essa arvore, essa muleta que é o PowerPoint, e colocar realmente o que é o projeto na mesa. E aí a gente veio e adotou dois papéis, como já tinha sido comentado no começo da aula, o pessoal, o papel do Boco, que é aquele que faz as perguntas mais dicas, tipo, "o meu projeto é um aplicativo para target para autistas, o que é um target?" É uma pergunta que você não espera, mas às vezes fundamental, porque os alunos não sabem do que um target é capaz, e quando ele faz essa pergunta ele começa a pensar "caraí, mas pode ser outra coisa". O mesmo porque nunca se tem no parque memorial ele vai ter que explicar o que são as coisas, o que é autismo, o que é a talboza. E aí o segundo papel é do gangster, o gangster vai fazer as perguntas difíceis, tipo, se você responder você faz parte da mala, se responder certo, tipo, "qual que é o modelo de negócio do seu projeto?" "Como você vai ganhar dinheiro? Como é que vai se manter esse projeto?" Esse tipo, a gente ficava trocando durante essa batida, por causa disso não acordar com os alunos. E essa não era só chegar e aplicar isso, tendo conversas com eles, ficação, proposta, falando de fragilização do aluno, mas também colocar numa posição, para a gente não colocar numa posição acima, ter uma negociação para que eles deixasse isso. Uma visão mais que a gente vê que funcionou é que os alunos pediam outra, pediam mais essa batida. Eles adoraram essa batida, eles adoraram porque eles falaram, ninguém nunca fez essas perguntas para a gente, a gente não tinha feito porque a gente sempre está no modo orientador. "O que é o modo orientador?" "Nossa, eu gosto muito, eu só não quero muito ajudar." Você faz as perguntas que vão ajudar o aluno, não as perguntas que vão deixar ele numa complicação. Quando eu boto o papel, esse visto desse papel, eu me sinto livre para mudar o modo de orientador para modo banca, porque modo banca é pegar o cara, né? Só no ano que a gente teve o aluno, a gente fez a mesma coisa só usando o disfarce e uma prancheta. Isso. A prancheta também a gente usou aqui, foi a ideia que começou aqui, da gente usar a prancheta. A prancheta foi por acaso, a gente trouxe somente para suportar o aluno, mas a gente percebeu que ela tem um impacto no processo dele, cria um distanciamento imediato. A hora que você está anotando uma prancheta, enquanto o aluno está falando, ele está muito nervoso, porque ele não sabe o que você está anotando. Por outro lado, é interessante porque os dois professores, cada um tem uma prancheta com anotações diferentes, que são entregues aos alunos no final da apresentação deles, com anotações de 10 que o professor teve, enquanto o aluno falou para não interromper ele, você anota. E também tinha um check list, uma lista de verificação. A gente fez uma lista de bingo, que era assim, os mesmos critérios que a gente usou para avaliar eles, eles também receberam uma folha desses critérios, e se autoavaliarem eles, no final a gente comparava. Ah, isso, isso foi muito interessante. A avaliação do Fred, que a gente tinha em todos os projetos da Verdict, que ele era bem material, ele tinha, por exemplo, muitos esboços no projeto, se não tivesse, você já tinha perdido ponto na avaliação. Eles mesmo fizeram essa avaliação muito check list, a gente comparava a auto percepção e a percepção nossa, a gente discutia no final, a gente podia fazer 5 minutos isso, em cada grupo, isso foi bem legal. Depois a gente, oh, esse aqui é um exemplo de uma mesa, vocês tem uma ideia de tipo de materiais que está a arrumar, os cat book, uma coisa importante, a gente avaliou também, uma prática que não era comum para usar em digital, e aí depois a gente fez o contrário, a gente inverteu e falou agora é hora de vocês se abatinarem no nosso processo de pedagógico. Então a gente botou os chapéus no meio da sala, fez uma roda de conversa e falou, agora vocês façam uma avaliação do que é que deu processo até agora, o que você achar, se quiser pode usar os chapéus. Novamente essa roda não acontece só com outras pessoas, você tem que dar alguma garantia de que eles vão falar, vai se refletir em alguma prática, alguma postura do professor para você conseguir ouvir um relato sincero, isso também você precisa responder, isso aqui já foi a segunda que a gente fez, a terceira roda. Então alguns comentários que a gente anotou, os alunos eles têm uma espécie de sincronização coletiva nessa turma, por fato de ser pequeno, a gente está fazendo dinâmicas em grupo, todo mundo junto, eles basicamente querem que todos os trabalhos tenham um certo nível, eles estão se autopoliciando nesse sentido de incentivar os outros a melhorar, quem dá problema assim, desde baixando também para o outro lado os que estão mais na frente, então tem esse negócio. Eles querem ser conhecidos com a primeira turma de design digital só com TCCs MASS, que eles falavam que na turmas anteriores tem 1 ou 2, 3 que são bons e o resto muito ruim, é a avaliação deles. E eles falaram um negócio interessante que tem a ver com os quadros, com os parentes ali, que no começo estava bem perdido, não sabia o que fazer com tudo aquilo, só ficou claro quando comecei a ver que eu estava construindo algo e perceber a condição do projeto. E isso é estratégico? Você pode pensar que quando você está um executor de um jeito de suplementar essa técnica de mastágio, no tal plano, o que você vai falar? No quarto período, eu e o Lothra é o que amarramos, o tatuador da esquina de projeto digital experimental, e a gente começou com um processo muito básico de vocês, com outras interações, e eu percebi exatamente a mesma coisa, enquanto os atores estavam na fase de empatizar, ninguém conseguia entender o que era isso que eles faziam, tinha uma falta de motivação muito grande na turma e ao custo de aula. Quando eles tiverem que desenhar alguma coisa do tamanho papel, a gente depois fez entrevista de 1 a 1, com 60 alunos quase, para saber o que eles achavam da disciplina, todos eles disseram isso, que eles agora estavam entendendo o que é que a gente tem feito isso. Então eu acho que o que está no papel é bem importante de todos para ter participado. Mas é importante também manter a empatia mesmo que eles não entendam o que eles estão fazendo. É não, isso foi bem claro para a gente que eles queriam saber o que é isso, mas que eles conseguiram dizer "ah, beleza, enfim, é o que a gente estava fazendo lá no começo do ano". Quanto antes na verdade do curso isso acontecer, tanto antes eles vão aproveitar melhor esses momentos de desenvolver a empatia. E como que acontece no desenvolvimento, nesse desenvolvimento, porque sempre tem estudantes que já sabem o que querem, digamos assim, porque quando eles fizeram essa estratégia, as ideias foram surgindo, mas aquelas pessoas que já tinham objetivo... Por exemplo, teve um aluno que falou "eu quero trabalhar com a Marcelo", como é que era? Marcelo já tinha uma ideia, ele queria trabalhar com educação sexual. Ela falou "eu vou trabalhar com educação sexual, acho que ninguém está interessado nesse assunto, então professor, eu não quero trabalhar em grupo". "A gente já se propôs a fazer em grupo, vamos fazer com grupo aqui porque a gente combinou o que tem que fazer, foi legal, mas logo que acabou ela falou "eu não vou fazer sozinha". Ela saiu "vou fazer sozinha". Aí beleza, vai fazer sozinha, tranquilo. Mas pensando bem, eu gostei tanto de trabalhar em grupo, ela falou assim, que eu mudei de ideia. Aí tinha um TCC dos alunos trabalhando com LGBT, esse que está no segundo botão, que é um livro digital sobre o assunto, para crianças, ela se juntou nessa equipe. Aí ela mudou de ideia. Na verdade, o aluno quando ele fala "eu quero fazer sozinha", tudo bem, pode fazer, daqui a dois meses, beleza? Daqui a dois meses ele é um outro aluno. Mas teve um caso disso, que era um aluno que fizeram grupo, foi apretado por ter nenhum desses alunos, ele era um aluno que reclamou, que falou assim, nas escolas. Mas quando acabou ele conseguiu desceder e daí engaivou pessoas, esse processo não desistiu das pessoas que foram propostas. Mas eu acho que teve só dois que estavam bem certos, aquele do vídeo e o Victor também, que trabalha com terror, vídeo de terror. - A gente está pensando que essa tecnologia ou essa estratégia que se está no 7º período, foi usando uma reunião, praticamente quando nós estivemos na retoria, alguns NDE sobre parte de estratégia de concepção e assim pra diante, que isso cai tão bem desde o primeiro ano, que quando você chega ao 7º período ele não vai ficar tão amostiado, quando chega a hora de fazer a ideia, a ideia aqui, né? Aquilo já virou uma estratégia, eles sabem que é uma estratégia, que tem que criar uma estratégia. Não precisa ser essa estratégia, mas que tem que ter uma estratégia. - Eu acho que esse modelo que eles criaram de trazer pra gente passar a viagem esses dois meses de experimentação em grupo e depois a gente faz o que quiser, ele dá ao aluno a liberdade pra errar e sair com o grupo sem ofender o colega. Eles dizem "não, beleza, depois a gente vai fazer". Não é assim, "eu estou fazendo um projeto, essa é uma semestre inteira, eu vou afastar todo o dia e você derrubi". - Não, eu não fiz isso, eu fiz isso, mas a estratégia que eu usei, eu acho que aqui ele tá sendo consciente do que ele tá fazendo, olha, você fez isso, e depois você fez isso, e depois você fez isso, e depois você fez isso, o resultado é como se fosse. Então é nesse sentido, estratégia como uma coisa que nada me aponta, é uma estratégia. Então, o que eu vejo que o aluno faz, mas ele não sabe que tem uma estratégia pra fazer isso. - Eu não sei, Lais, porque isso acontece, porque eu acabei de chegar no curso, mas a minha experiência prévia com outros cursos é que as inspeções de metodologia são extremamente teóricas. Elas não são concretas o suficiente pro aluno fazer relação com a prática de projeto. - O gráfico, o gráfico, você vê, não é, porque você quer se monitorar. - Então a gente vai dar aqui um vídeo, bem pra você, do que acontece, talvez, se você quiser participar, talvez pra perceber, né, que vocês participassem, que é, assim, caso de digital, eu, o Paul, quem se enxerga, eu trabalho com a Marcia no gráfico, e é totalmente prática. Ela tem uma... - E asperta a gente. - ... um coloco de documentais que é totalmente prático, baseada nesse se lembre de que a gente não é mais interessado no método, na verdade, porque é o resultado, e até por isso a gente tem muita liberdade, porque o resultado não tem um... - Ganho de bota. - O que eu tava insistindo nesse negócio da criar, criar mecanismos pros alunos, se sentir focados pra entrar e sair de grupo, eu acho que isso podia estar mais presente nos primeiros períodos. - Porque se não, não é o mesmo, ele criou uma... - É, as pari-linhas são. - E vai até o final. - E as pessoas são mais afundas. - Não, e é justamente que esse ano semestre a gente já estudou e muito trabalhamos, formando grupos com competência, porque não foram os alunos que se agruparam, eles foram agrupados por competência. - Eles recoraram no que eles eram competentes. - Eu acho que a professora Fabiana tá fazendo isso também. - É, a gente não tem ainda um resultado que a gente não quer saber se existe. - Eu vou tentar recolocar em um outro registro essa proposta. Assim, na publicidade tem uma discussão, você deve, por exemplo, se a publicidade deve fazer estratégias de campanhas, ou você deveria trabalhar mais com planos. Ou seja, pois você possa reformular enquanto você está fazendo, porque é um problema todo. A estratégia permite você dominar certa estrutura e entender onde acontece, em seguida, um plano de ação. O problema é que se você tiver que mudar o plano de ação em ação, tem que refazer toda a estratégia, em termos bem gerais. Ou então, o meu livro do Sir Póvo tem uma questão que fala que a diferença entre estratégia, esse planejamento prévio, e a tática, que é quando você lida nas circunstâncias. Aqui, a gente, assim, veio uma proposta que é, nem que os alunos delas tiverem TCC, demora demais pra definir o tema e começar a fazer. E quando eles fazem, eles só tem uma chance, assim, de acertar aquele tema, e basicamente é o R cedo. Vamos fazer em dois meses um TCC até onde deve, pra ir ar cedo. Você não está tão seguro se não fazer certo, e mesmo com isso, que não agir um pouco, e só faça, porque daí você perde um pouco do medo dos TCC, e tem que dar umas tantas vantagens, assim. Mas tem seus problemas também e essa abordagem. Mas é como ela não é usual, a gente acaba vendo mais problemas, vantagens, e sai com um TCC. Então, tem um pouco a tradição de esperar até um dia que vai começar o TCC, até ter tudo definido. Nesse sentido, acho que tem uma boca ver com esse outro pensamento projetual. A gente não decide tudo pra começar a fazer. Você começa a fazer, e todo tempo você vai fazendo e enviando um aluno que pensava "nossa, vou demorar dois meses pra fazer essa animação". Começa a fazer, antes de ficar preocupado com ter dois meses pra fazer. Vais fazer alguma coisa. É um pouco essa postura, assim. A gente tem preparado aqui mais um material sobre a disciplinidade de interação que eu vou pular, porque eu acho que é importante a gente ter tempo de fazer essas dinâmicas e experimentar os materiais. Mas se vocês quiserem depois ver os slides, a gente vai disponibilizar pra vocês no email. Esse é onde a gente usa muito o teatro do oprimido, vai do meio. Aqui tem algumas também, os slides mostram projetos que a gente tem desenvolvido fora das aulas. O pessoal da Trilha de Economia Solidária, a gente usa também o pensamento projetal de Pancilho, então eu trabalho com eles. Eles fizeram, criaram uma identidade visual a partir das culturas locais, que eles tinham referências locais, ajudando eles a ter umas testes de parceria com provedores de serviços de design gráfico sem informação. Que é um pouco... A gente está fazendo com a Incompatória Trilhas mesmo. Ah, então vamos conversar. Pode. Na escola de negócios a gente também deu um curso de Gameification, essa metodologia. A gente teve aqui também um Living Lab com o pessoal de universidades, todas as universidades aqui de Curitiba, mas algumas da Holanda também. O Bartol, o pessoal que participou também, foi um processo também inspirado no pensamento projetal de Pancilho. Na presidência república eu já fiz um projeto também lá de vislumbrar um laboratório de tecnologias para participação social. Em Londres eu fiz um projeto também com o arquiteto Yussean Frontias, que é uma ONG que trabalha com análise de impacto social de grandes obras como Trembala de Londres, que vai destruir algumas unidades de habitação popular. A gente utilizou isso também com a prefeitura de Arlen e na Holanda eles trabalharam com a criação de um modelo que visualiza dilemas num projeto de um DIC, anti inundação. E está aqui no Hospital de Clínicas, tem feito trabalho também com o pessoal das cirurgias, tentando refensar como oferecer, tratar mais pessoas, mais pacientes que são críticos e estão com riscos na hora de vida, porque são pessoas que são interessantes para os cirurgiantes, o que parece óbvio, mas é bem difícil de mudar essa mentalidade. É pessoas que, enfim, vem aparecer porque no Hospital de Clínicas precisa ter certo número de simuladores plásticos para os alunos que querem se formar essa... Então é bem complicado resolver isso. Tem guia de materiais também com anotações sobre esses materiais, que eu também não vou poder passar, a gente vai fazer isso de uma maneira mais contida hoje, mas os slides explicam tudo, tá? Vai falando tudo, vamos assim. O importante é que vocês saberem a base. Na minha tela de doutorado eu explico isso melhor, mas basicamente quando você e duas pessoas estão colaborando através da fala, é muito difícil elas conseguirem construir algo juntas. Porque a minha fala sou eu, é muito difícil separar a minha fala de mim mesmo. Então quando alguém critica a minha fala, ela critica a minha pessoa. E aí eu posso ficar ofendido com isso. A hora que a gente cria um objeto, esse objeto se torna compartilhado, aí a crítica é sobre o objeto, não sobre mim. Ou seja, eu tenho distanciamento dessa crítica e eu posso lidar com ela de uma maneira mais construtiva. Então é, digamos assim, uma das justificativas por que a gente usa tantos esses materiais. O objeto criado colaborativamente ele vira compartilhado. O objeto criado individualmente também pode ter esse caráter da fala. E eles podem... A gente vai fazer isso aqui hoje, eles vão criar objetos individualmente e depois eles vão se conectar. Para virar objetos compartilhados. Bom, é isso. Então agora a gente pode passar para a etapa...