Ok, design transicional e sustentabilidade. Então vou apresentar um pouquinho dessa proposta como uma das propostas mais amplas de design sustentável e transcendendo na verdade design sustentável, eu diria. A premissa básica do design transicional ou talvez design de transições, ainda não decidi muito bem qual a melhor tradução, é que a sustentabilidade global não vai ser alcançada da noite para o dia, não vai ser um cataclisma que vai acabar com a humanidade e a gente vai começar do zero. Esse tipo de paradigma apocalíptico, o pensamento apocalíptico não faz parte das maioria das abordagens de design sustentável. Essa especificamente ela propõe que a gente pense em transições graduais até a gente chegar em uma mudança radical, então step by step, passo a passo. Por exemplo, ao invés de você pensar em toda a agricultura se tornar orgânica, você pode começar a pensar em fazer pequenas hortas urbanas dentro das cidades, por exemplo, nos telhados dos prédios, de maneira que as pessoas comecem a reconectar-se com a produção de alimentos, que é uma coisa que a maioria das pessoas nem pensa que o alimento é produzido, às vezes as crianças não sabem que a maçã cresce numa árvore, elas simplesmente acham que foi produzido numa fábrica que nem o brinquedo dela. E a mesma coisa dos animais, que é ainda mais grave. Então quando você faz uma horta orgânica, você não produz, você não tem como mudar escala. Tem gente que diz que sim, que é possível você alimentar toda uma cidade só plantando hortas orgânicas em cima de prédios, mas eu não acredito que seja possível. Acho que o principal ponto de uma horta urbana é você levantar a consciência das pessoas sobre o processo de produtivo de alimentos e as maneiras como ele pode acontecer, muitas vezes usando técnicas mais ancestrais ou modernas, como permacultura, como agricultura orgânica, agroecologia e por aí vai. Então essas transições, elas não envolvem só mudanças de processos de produção, mas também mudanças de culturais, mudanças comportamentais, mudanças políticas. Por exemplo, aqui em Curitiba nós tivemos a aprovação de uma lei que regulamenta a agricultura urbana capitaneada pelo ex-vereador Goura, que agora é deputado estadual, que é um grande avanço que permite que esse tipo de iniciativa aconteça. E um exemplo que eu conheço, um bem interessante, é o telhado verde na qual é o bairro, alto da 15, quem quiser visitar e conhecer uma proposta de horta no telhado de um prédio, pode ir lá que é aberto, inclusive eles têm várias oficinas para disseminar esse tipo de conhecimento, como você fazer isso na sua vizinhança. Existe um movimento que é focado nessa questão de promover transições numa escala local, que é o movimento Cidades em Transição ou Transition Towns, o website deles é o Transition Network, são basicamente pessoas no Reino Unido que começaram a se reunir em grupos e falaram nós queremos que a nossa vizinhança, que é o nosso bairro, comece a se preparar para a transição global, porque vai chegar o momento que vai acabar a gasolina, vai acabar, o ar vai estar totalmente poluído e a gente tem que ter uma maneira da gente sobreviver, se tornando mais resiliente. Então a nossa comunidade pelo menos pode sobreviver a qualquer tipo de apocalipse, muita gente dentro desse movimento é meio apocalíptica, mas ao invés de eles irem morar em ecovila, alguns vão para ecovila, mas a maioria tenta transformar a sua própria vizinhança numa espécie de um mix entre uma ecovila e uma pequena cidade. Então aqui é um cenário onde você tem uma integração mais forte entre urbano e rural, embaixo é a cidade que a gente vive hoje, então a ideia é fazer uma transição gradual para uma cidade mais integrada com o rural. Essa abordagem do movimento das cidades em transição inspirou um grupo de pesquisadores e professores e estudantes dentro da Carnegie Mellon University a expandir o currículo de pesquisa deles. Eles já eram conhecidos como pioneiros numa área chamada design de interação, que é a minha área de pesquisa, porque eles foram o primeiro mestrado em design de interação, ou assumir esse foco. Porém, eles já passaram do design de interação e já se consolidaram como uma universidade que forma para design de serviços há bastante tempo, mais recentemente design para inovação social e agora eles estão querendo consolidar essa nova abordagem que é o design transicional. Então design transicional é mais um passo que eles estão fazendo na direção de integrar o mundo natural junto com os projetos de design, porque no começo da disciplina, no começo do programa da Carnegie Mellon University, existia um conceito de que design só tinha a ver com o mundo artificial, o mundo das coisas construídas e que o natural tinha que ser convertido, transferido e negado para construir o mundo artificial. Agora, na Carnegie Mellon University tem uma virada muito grande filosófica, até diria, para que a gente pensar que o projeto de design também pode envolver sistemas vivos, sistemas naturais. Isso, na verdade, já era feito de maneira não acadêmica, de maneira prática e vivida pelos proponentes da permacultura, que a gente vai ver numa próxima aula. Então, a Carnegie Mellon University pega essas experiências de design sustentável fora da academia e coloca dentro de um framework de mudança de paradigmas. É bastante ousado, digamos assim, o que eles estão fazendo. Lembram do conceito de segunda natureza, que é aquela produzida pelo ser humano? A proposta do design transicional é que essa segunda natureza, que é produzida pelo ser humano, ela se torne gradualmente mais harmônica na sua relação com a primeira natureza. Então, é que você vai parar de se desenvolver, parar de ter desenvolvimento humano. É que o desenvolvimento humano vai convergir com o desenvolvimento na natureza, ou ciclos, melhor, de transformações da natureza. E até a ideia de desenvolvimento possa dar lugar a uma outra ideia que oriente a nossa sociedade. Entrando nos detalhes do que que eles estão tratando quando eles falam de design transicional. São, basicamente, quatro elementos. O primeiro deles é ter visões de muito longo prazo e aqui começa um movimento assim de direcionar uma área que chamava design especulativo, que ficou bem forte na área de design nos últimos anos, que é você produzir visões de futuro para pensar a sustentabilidade. A maior parte do design especulativo não considera muito isso. Por outro lado, ler, aplicar e desenvolver teorias de mudança de como que a gente pode fazer essa transição para chegar até essa visão de futuro. Mudar, desenvolver, cultivar perspectivas e atitudes e posturas em relação à situação atual. Então tem um lado ativista aqui muito forte. E desenvolver novas maneiras de projetar. Que as maneiras tradicionais baseadas nos paradigmas racionalistas, nos paradigmas fragmentários de projeto, não dão conta desse tamanho de projeto, desse escopo, porque reduz muito. Normalmente o design acaba reduzindo o escopo para um produto ou para um serviço. Quanto aqui a gente começa a pensar no nível sociotécnico, que envolve, como eu falei, entidades que vão muito além do sistema produtivo industrial. Então, resumindo algumas características que eu identifico como principais do design transicional, a visão é de longo prazo mesmo. 50 anos para cima. Na maior parte dos projetos de design que a gente faz, a gente pensa no horizonte de um ano, dois anos, cinco anos no máximo. Pensar em 50 anos é uma baita responsa. É pensar isso aqui de maneira responsável e não ficar especulando como a ficção científica às vezes especula. Tem que estar baseado em estudos que já existem científicos e também algumas previsões a partir do nosso, extrapolações a partir do nosso cenário atual. Por isso, ela acaba desafiando regimes políticos, econômicos e culturais, propondo mudanças drásticas no cotidiano, mudanças de comportamento, de atitudes, de pensamentos, de crenças. Esses projetos necessariamente são fundamentados em teorias de mudança, como eu falei, mas eu tô enfatizando isso porque a maior parte do design não é fundamentado em teoria. Design muitas vezes é fundamentado em uma ideia muito superficial das coisas e às vezes as pessoas na verdade acreditam na ideia porque acreditam no autor da ideia mais do que na ideia em si. "Ah não, se vendo fulano de tal que já é um designer famoso, esse cara sabe o que tá falando". Mas na verdade muitas vezes ele não sabe, não tem nenhuma teoria para explicar e você vai confiar os próximos 50 anos alguém que não tem nenhuma teoria de como as coisas podem acontecer. Uma teoria é um tipo de previsão muito mais bem preparada que envolve muito mais elementos do que uma mera, um mero chute do que pode acontecer. Sem falar também que as teorias não surgem no nada, toda teoria surge de outra teoria, então você tem um respaldo mais longo se você quiser analisar, avaliar essa teoria. E por fim, projetos que têm características participativas e coletivos. Essa mudança não vai acontecer só no nível individual, ela precisa acontecer quando as pessoas se comprometem a juntas transformar essa sociedade e ela encara de frente problemas que às vezes são eliminados, ignorados ou reduzidos pelas abordagens de design, que são chamados problemas capciosos. Então existem, grosso modo, dois tipos de problemas na teoria do design, os problemas que são encurralados ou tamed e os problemas capciosos ou wicked. Alguém já ouviu falar desse termo wicked? Problems ou problemas capciosos? Não? Então a maior parte do, é porque a maior parte do design hoje se preocupa com problemas encurralados, que são problemas que foram domesticados. Probleminha fácil de resolver, uma probleminha técnico, um problema do tipo, a necessidade desse usuário é ter uma cadeira que aguente cento e tantos quilos. Isso é um problema fácil de resolver, porque você já tem uma série de estruturas que você pode utilizar na construção daquela cadeira, daquele ambiente. Então já existem soluções disponíveis para os problemas domesticados. Os problemas capciosos são aqueles que envolvem várias dimensões e quando você puxa uma dimensão, você tenta resolver uma, normalmente você acaba piorando a outra dimensão. Por exemplo, você resolve a dimensão econômica e piora a dimensão ambiental. Você resolve a dimensão ambiental e piora a dimensão política. Então normalmente os problemas capciosos são aqueles que estão ligados com questões públicas, mas não necessariamente. É muito comum também problemas capciosos dentro do setor privado. Por exemplo, a questão dos carros elétricos. Por que a gente não tem carro elétrico hoje andando na rua se a tecnologia do carro elétrico já existe há pelo menos 100 anos? No Brasil já tinha teste com carro elétrico, no Brasil teste com carro elétrico há 100 anos atrás. Por que nós não temos o carro elétrico andando nas ruas? É uma questão privada, porque quem produz carro elétrico é a indústria, ela vende para pessoas privadas. Por que isso não acontece? Porque para ter carro elétrico você tem que ter, primeiro, uma matriz de produção de energia elétrica forte o suficiente para aguentar a transição dos combustíveis fósseis para esse tipo de energia. Você tem que ter uma infraestrutura de distribuição dessa energia muito mais robusta do que é a energia elétrica atual, porque o nível de voltagem, voltagem não, de tensão que a gente trabalha normalmente é muito baixo, não aguenta. Um carro elétrico tem uma bateria gigantesca, se você coloca numa tomada normal ele demora muitas e muitas horas para abastecer. Você não quer ficar no posto 14 horas parado para abastecer o seu carro, você quer abastecer rapidinho. Então para isso você precisa ter uma outra estrutura elétrica e além disso você tem que ter uma mudança de um parque industrial de imenso, você tem que ter uma mudança de perspectiva do consumidor que ele vai pagar mais pelo carro no início porque é mais caro, o equipamento nisso. Então tem uma série de questões que precisam, que às vezes se resolve um e piora o outro. Isso é chamado do problema capcioso. Os autores que falam sobre isso são Hitell e Weber e eles provocaram uma mudança no pensamento do design na época. O design começou a ser menos ambicioso. Antigamente, quando, antes dessa publicação, os designers estavam numa época que eles falavam "nós podemos encarar qualquer problema, joga na nossa que a gente resolve". Só que muitos designers receberam nas suas pranchetas esse tipo de problema, do tipo "como é que faz para a gente implementar carros elétricos na sociedade?" Eles não conseguiram resolver porque não é uma questão do design, não é uma questão de faltar um projeto apenas, é uma questão de que precisa existir um projeto que essas pessoas concordem em diferentes áreas, seja do setor produtivo, seja do setor de consumo, seja do setor público e por aí vai. Então aí começou uma área de um tipo de abordagem de design mais humilde que ao invés de evitar esse tipo de problema capcioso ou negar que ele exista, parte do princípio que se esse problema capcioso for discutido em grupo, as pessoas perceberem essa amplitude de dificuldade, que só a gente pode começar a encontrar passo a passo que possa aos poucos ir superando esses problemas. Aqui tem um mapeamento feito pelo Reino Unido da questão da obesidade na sociedade, como é que isso? Por que as pessoas estão estudando mais obesas no Reino Unido? Aí tem uma série de causas e uma causa afeta a outra, então não adianta você atacar uma única causa da obesidade. Muita gente culpa o fast food pela obesidade, mas as pessoas esquecem que o fast food é a opção mais barata de alimentação na nossa sociedade, muitas vezes a pessoa que não tem uma renda boa só tem acesso a esse tipo de alimentação e pelo menos ela não passa fome, que já é uma vantagem. Então como você começa a puxar uma coisa atrás da outra, você vai vendo que o problema que parecia ser simples é um problema complexo, um problema capcioso. Então design transicional, como é que ele responde esses problemas capciosos? Ele tenta projetar intervenções em diferentes escalas, então na maior parte do tempo, como falei, no design de produto a gente trabalha, ou design gráfico, com a perspectiva de que eu, designer, vou criar um produto ou uma peça gráfica incrível e acabou, só tem que conseguir convencer o cliente a produzir isso aqui. Quando você começa a trabalhar com equipes, com equipes interdisciplinares, já são mais pessoas que têm que negociar um determinado produto. Agora quando você começa a pensar em áreas diferentes da sociedade, você já começa a ter várias organizações, não é um time de uma equipe de uma empresa, é um grupo multidisciplinar, um coletivo de diferentes associações, organizações, empresas, produzindo algo que vai ser bom para todas elas. Só que claro que cada um tem uma visão, então o processo de negociação para projetar essas coisas que cortam os setores é muito mais demorado e complexo. Agora vamos pegar outra escala mais ampla que tem, você designer projetar para uma cultura, você entender como é que a cultura indígena, por exemplo, você fazer um projeto de uma cadeira para os indígenas, indígena não tem cadeira, vou projetar uma cadeira no estilo que indígena possa utilizar, é uma possibilidade. Agora imagina você envolvendo o governo, envolvendo os indígenas, envolvendo ONGs para um projeto de transição para, por exemplo, fortalecer a preservação das reservas indígenas frente aos ataques políticos que eles vêm recebendo ultimamente na nossa sociedade, em particular pelo nosso novo governo. Esse é um outro tipo de projeto completamente diferente com um escopo muito mais amplo que normalmente a gente trabalha no design. E não é que o design transicional nega esse trabalho aqui, ele fala nós devemos evoluir para gradualmente chegar nesse nível. Então é bastante ambicioso essa proposta. E aí como é que isso se configura na prática, como é que o projeto transicional se desenrola? E a gente vai fazer um exercício sobre aplicando essa técnica ou esse processo daqui a pouco, se der tempo. Então você tem um mundo atual no presente e aí você faz um momento disso, faz uma pesquisa, fundamenta-se, vê quais são as principais previsões sobre futuro, tanto numéricas quanto sociais qualitativas e aí você gera visões de longo prazo, como eu falei, de 50 anos para cima. Aí depois que gerou essa visão, você faz o que eles chamam de back casting, que é uma técnica de projeção de cenários. Você vai pensar quais são as etapas passo a passo para você chegar nessa visão de longo prazo. Então você vai pensar nas transições e aí você vai pensar, depois que você tiver pensado esse passo a passo, vai pensar na visão de curto prazo. O que você pode fazer agora nos próximos 10 anos que possivelmente vai abrir espaço, vai abrir futuros, abrir possibilidades para que essa visão de longo prazo se torne mais provável possível e desejável. Então você tem visão de longo prazo, back casting, visão de curto prazo e ações tangíveis que podem ser feitas no presente. Então você não tem só um trabalho de especulação, tem um trabalho também de engajamento com as comunidades, que é algo também que eu vou sugerir que vocês façam, mas eu acho que não vai dar tempo talvez de fazer um projeto bacana nessa linha pelo prazo que vocês vão ter nessa disciplina para fazer isso. Mas quem quiser desenvolver um TCC nessa área, eu tenho interesse em orientar. Bom, aqui tem uma visualização de longo prazo, um resultado já da parte dessa fase de cenarização, de projeção dos cenários, em que eles analisaram, se envolveram com uma comunidade, estudantes lá da carne e melo, eles se envolveram com o Garfield Farm, que é uma fazenda de pessoas, uma ecovila que eles estão tentando se manter sustentáveis e autóctones, produzindo o que eles consomem e trabalhando seus resíduos e por aí vai, e aí eles começaram a pensar vários cenários possíveis, de trabalhar com a economia compartilhada, de comer com comida local, de você comer no lugar onde produz o alimento, aliás é uma coisa que está acontecendo bastante aqui em Curitiba, não sei se já tiveram oportunidade de comer numa fazenda, numa ecovila, que tem vários lugares em Curitiba, em volta da cidade, que você pode fazer isso e recomendo, porque é gostoso para caramba, em Colombo tem bastante lugares assim, tem, eu não me lembro agora o nome das outras cidades, região metropolitana basicamente. Eles também visualizaram a possibilidade de exportar o conhecimento que eles tinham para produzir, para fazer aplicações do conhecimento de permacultura em prédios dentro da cidade, sendo uma espécie de consultoria essa fazenda. O lado educacional, onde eles começaram a receber estudantes de escolas públicas e privadas para treinar sobre e explicar a importância da permacultura e exportar tecnologia, desenvolver tecnologias com base nas descobertas dos experimentos que eles fazem lá no dia a dia deles. Então são visões de longo prazo, porque no momento atual a Garfield Farm não faz isso. Só que como é que ela chega lá, como é que ela se estabelece? Aí tem as etapas que estão aqui, as barreiras também são os espinhos, usando a metáfora aqui da planta, né, os espinhos são as barreiras, por exemplo, financiamento, aí eles têm algum problema de propriedade que eles provavelmente vão ter que resolver, algum problema legal, que eu não sei exatamente o que significa e por aí vai. Além de pensar nos cenários, uma coisa que o design tradicional traz é você pensar em barreiras e mudanças que sejam em escala, não seja só, por exemplo, a gente ali viu o exemplo da Garfield Farm, como é que ela pode evoluir no futuro, mas imagina como que se várias comunidades, vários outros projetos adotam e começam a compartilhar informações entre eles, se coordenar, como é que isso acontece numa escala societária? E aí você tem o planejamento em multinível, isso aqui é uma técnica bem complexa, mas basicamente você vai pensar o presente e o futuro em quatro, cinco escala, a escala da casa, a escala mais próxima, doméstica, obrigado, você vai pensar na sua vizinhança, você vai pensar na sua cidade, na região e no planeta, então aqui é uma visualização de uma transição que não tem nada a ver com diretamente resíduos ambientais, isso aqui tem a ver com uma transição muito importante é o sistema carcerário estadunidense, que é uma questão mais social do que uma questão ambiental, mas ainda assim uma questão de sustentabilidade, porque o sistema carcerário estadunidense tem tido índices muito baixos de reinserção dos indivíduos na sociedade, pessoas normalmente reinsidem no crime, algo que também acontece no Brasil, porém nos Estados Unidos é muito mais intenso, a quantidade de pessoas que estão nas prisões dos Estados Unidos é algo como 3 milhões, 2 milhões, é tipo quase 1% da população está dentro de prisão, porque o sistema prisional é privatizado e tem muita gente ganhando dinheiro com as prisões, mas isso não vou entrar em detalhes, é uma para você mudar para um esquema mais parecido com o brasileiro, que é melhor do que o estadunidense em termos de reinserção na sociedade, então assim que são melhores que os Estados Unidos, você precisa ter um processo, um dos processos pode ser esse aqui, que foi visualizado por um designer facilitando aí o processo de transição nessa comunidade, então finalizando a minha fala, eu destaquei alguns problemas para vocês fazerem um exercício rápido de back casting, que já tinha sido discutido na primeira aula, na segunda aula, então problemas capciosos que envolvem design, impacto ambiental da mobilidade intensa, perda da biodiversidade, poluição advina da extração de minérios, impacto da produção de alimentos ultraprocessados, aquecimento global e produtos descartáveis, então vocês vão daqui a pouco escolher um desses problemas capciosos, que os membros de uma equipe que vocês vão formar agora rapidamente para o exercício conheçam, eu vou voltar naquele slide daqui a pouco vocês verem, vocês vão desenhar primeiro uma visão de futuro em que o problema deixa de existir e vocês vão desenhar com lego, tá, acho que vai ser mais rápido vocês tentarem visualizar esse futuro onde o problema capciosos não existe mais com lego, depois disso você vai imaginar etapas de transição do presente para o futuro desejável e organizar em décadas e por fim você vai antecipar conflitos e barreiras para a transição e traçar o caminho mais fácil entre as etapas, ok? Então eu vou para a gravação aqui depois