se relaciona com uma área prática do design, que é o design para mudança de comportamento. Então vou mostrar pra vocês uma área que está crescendo muito no Brasil, no Brasil tem pouco ainda, mas no mundo, que é a utilização do design com a finalidade específica de mudar o comportamento das pessoas. Eu acho que é uma das maiores tendências aí que tem para o design na sociedade geral, na sociedade global, e a grande pergunta que ela levanta nessa tendência é, será que é possível mudar o comportamento através do design da arquitetura? A gente já discutiu isso nas últimas aulas, né, mas de modo geral quem acha que sim levanta a mão? Quem acha que não levanta a mão? Tá então algumas pessoas acham sim, mas ninguém acha que não. Tá então quem está dizendo que não, quem está indecisa que a gente vai, enfim, trabalhar mais junto e a gente vai ver alguns exemplos aí vocês depois me dizem se é possível ou não é possível. Vamos deixar essa pergunta aberta. Exemplo número 1, uma casa. Uma casa muda o comportamento das pessoas que moram dentro da casa? Como mudam? Quando você muda de casa ou muda para um apartamento, não mudam as suas rotinas, as suas comportamentos? Então, a própria casa foi criada, a primeira casa foi criada para que as pessoas pudessem ter um estilo de vida agricultor, em que você cultiva os seus alimentos, e não um estilo de vida nomádico, que era o comum na época mais antiga, né, na pré-história humana. O que vocês estão vendo nessa foto é uma casa feita de pedras em Istria, na Croácia. Eu pude ver pessoalmente, vejam como é simples a casa, basicamente você empilha pedaços de pedra um em cima da outra e você cria um ambiente de isolamento do clima. Tô gravando. Eu costumo gravar as palestras e aulas que eu dou e compartilhar na internet para outras pessoas que não podem assistir as aulas. Então, olha só, ali você tem uma casa feita sem cimento, uma casa feita sem tijolo, uma casa feita apenas com o material que vem da natureza. Isso teve um impacto tremendo na sociedade humana, na história da sociedade. As pessoas começaram a ficar no mesmo lugar, começaram a valorizar o lugar e começaram a colocar cercas no lugar, dizendo "esse lugar é meu, é a minha propriedade". Quando surge a propriedade, surge uma sociedade organizada em que as pessoas começam a clamar por direitos. Então, daí surge a ideia de que você tem que ter leis, e aí surge a ideia de que você tem que ter um governo que dita as leis para as outras pessoas. Então, vejam a quantidade de comportamentos que surgiram a partir da introdução desse artefato na vida humana. Então, a arquitetura tem um poder imenso, mas o design também, gente. O design aí eu tô representando através dessa, da cadeira, a primeira cadeira já estimulava a pessoa a realizar uma atividade mesmo que ela tivesse parada, uma atividade sedentária, mas no entanto uma atividade. Então houve uma transição aí na sociedade humana que antigamente era muito mais ativo, fazia muito mais exercício e fazia muito mais atividade braçal, atividade física. Com a sociedade acumulada em cidades, cidades urbanas, surge o trabalho intelectual que se torna preponderante como o motor da economia. E a cadeira é o artefato principal que permite o trabalho intelectual, porque a pessoa consegue trabalhar por muitas horas utilizando principalmente a capacidade do intelecto, que enfim, fica teoricamente um pouco mais confortável com uma cadeira do que se tiver em pé, andando de um lado para o outro. Há controvérsias nessa discussão, eu não vou entrar nela agora, né. Tem gente que acha que é melhor você ficar em pé para trabalhar, inclusive no Bepid, né, nossa unidade aqui de desenvolvimento de aplicativos, a gente tem a opção do aluno trabalhar em pé ou sentado. Tem uma mesinha que você aperta o botão e ela sobe, assim, um botãozinho, aí você trabalha em pé, aí quando você cansa trabalha sentado. Dizem que é o melhor, atualmente, a melhor maneira ergonômica de você sentar no ambiente de trabalho. Então, a minha opinião é a seguinte, que todo design, toda arquitetura modifica o comportamento, só que não necessariamente da maneira como pode ser, foi projetado para ser. Como é que é o nome disso aí que a gente viu na última aula? Quando as pessoas mudam o comportamento, mas não é do jeito que foi projetado? Como é o nome? Contra projeto, bem lembrado. Então, está aí a conexão. Olha aí um contra projeto aí, ó. A poltrona foi projetada para quê? Para a pessoa sentar, relaxar, ficar imóvel. Aí o que que os criativos ali da África fizeram? Os africanos criativos colocaram a poltrona na garupa de uma moto e utilizaram a poltrona para andar, para se mover de um lugar a outro. Ou seja, totalmente subverteram a função desse objeto. Então, é uma realidade. Quando você vai projetar um comportamento, você vai ter que pensar também nos contra projetos. Estado, empresas, organizações sem fins lucrativos estão o tempo todo tentando influenciar o comportamento das pessoas através do design da arquitetura. Mas devido à existência desses contra projetos, nem sempre elas têm sucedido. Tá? Então, o contra projeto ele é também um nome que pode se dar à resistência a esse controle do comportamento. Esse assunto era um assunto muito forte no começo dos anos do século 20, até mais ou menos 970, 60, 70, existia uma vibe muito forte dentro da arquitetura e do design, de que você poderia ter uma sociedade moderna muito mais eficiente, que as pessoas fossem muito trabalhadoras e estimuladas e felizes se você investisse e gastasse dinheiro em arquitetura e design. É o chamado projeto moderno, da arquitetura moderna e do design moderno. Esse projeto é considerado que ele foi por água baixa ou melhor, virou um escombros nos anos 70, com a demolição do conjunto de Heigl nos Estados Unidos. Alguém conhece a história desse conjunto habitacional? É interessante conhecer essa história porque muitos brasileiros estão passando por uma situação parecida com essa nos últimos anos e não percebem que isso já foi superado nos Estados Unidos, em outros lugares. O projeto da habitação popular é muito mais antigo em outros países do que no Brasil. Isso aqui é equivalente ao Minha Casa Minha Vida, na época dos anos 70, só que a diferença é que houve um controle muito maior do Estado do que houve no Minha Casa Minha Vida. No projeto de Pryt Heigl, foi feito um mega complexo com 27 edifícios que foram projetados em parceria com o governo, o governo interferiu no projeto, mas para garantir que as pessoas mais pobres e mais indesejadas da cidade fossem acomodadas naquele lugar. Então eles colocaram basicamente, criaram um gueto dentro da cidade e todas essas pessoas tiveram que morar lá, elas foram removidas. Quem morava numa favela, alguma coisa assim, ou morava em alguma casa meio velha e tal, foi convidado a sair morar nesse lugar que a princípio era o paraíso, vendido com o parecido dos pobres. O que aconteceu? O que você viu? O que aconteceu? Que fizeram esse demolir? Quem conhece os conjuntos de Minha Casa Minha Vida no Brasil que está acontecendo coisas similares? Não, as pessoas foram morar. O que está acontecendo hoje nos projetos, nos conjuntos habitacionais de Minha Casa Minha Vida no Brasil? Não, não, não, as pessoas, o que acontece? Elas normalmente uns dois anos depois, quatro anos depois cai teto, você tem infiltração, você tem que sair do lugar que você mora, você perde móveis por causa de mal feito. Isso é um lado da moeda, que na verdade no caso do Pritaygon não aconteceu, não era tão mal feito assim a construção. No Brasil aconteceu isso porque não foi feito com a iniciativa privada, o governo não fiscalizou direito, então foi feito muito prédio com baixa qualidade e eles foram vendidos para as pessoas sem que elas soubessem disso, ou então as pessoas foram realocadas ali. Agora no caso do Pritaygon aconteceu uma outra coisa que também acontece no Brasil que é independente disso, que é, tem a ver com o que você falou, as pessoas tiveram que deixar onde elas moravam. Elas deixaram onde elas moravam, deixaram a vizinhança delas e foram morar num lugar com outras pessoas estranhas que elas não conheciam necessariamente, ninguém se cuidou, digamos assim, para que os grupos sociais morassem perto e essas pessoas não se sentiam que elas tinham construído essa comunidade. Então elas não cuidavam direito dos prédios e inclusive odiavam aqueles prédios porque tinham se mudado, tinham perdido coisas que elas gostavam dos lugares onde elas moravam antes, podia até ser considerado uma favela, mas era o lugar delas, elas tinham construído, elas gostavam de morar lá e elas foram obrigadas a morar nesse prédio. Então elas começaram, começou a crescer a onda de vandalismo, começou a crescer uma insatisfação grande e começou a acontecer pela concentração de pessoas que estão em situação de baixa renda, sem oportunidade de vida, obviamente a criminalidade. Então começou a acontecer das pessoas assaltarem uns aos outros e começou a ter tráfico de drogas e chegou uma situação que acabou se tornando abandonada. Alguns desses prédios foram abandonados e aí chegou a conclusão de que não existia um jeito de resolver o problema social daquele lugar com aquelas pessoas e numa situação de desespero eles resolveram demolir os prédios. Os prédios não estavam tão destruídos que precisasse ser demolido, não estava corrompida a estrutura, eles demoliram porque a proposta de ter um conjunto habitacional com tanta gente assim, com o gueto, separar elas da sociedade, foi considerada uma proposta fracassada. Isso ainda não aconteceu no Brasil de ter essas demolições na minha casa e na minha vida, mas eu tenho certeza que vai acontecer. [Questão interrompido] Depende, depende. Eu conheço pessoas que... A Curitiba não é tão forte esse movimento, mas no Rio de Janeiro tem pessoas, muitas pessoas que foram morar em favela e o governo chegou e falou "olha, a gente vai demolir a sua favela, a gente vai colocar, vai usar isso aqui, vender esse terra para empresário, botar prédios, prédios normais e a gente vai construir para você lá longe, lá na puta que pariu, só para colocar um termo mais popular que o pessoal usa nessa área, você vai morar lá e a gente vai construir um prédio bem melhor do que o seu barrago". E a pessoa não tem opção, ou ela faz isso ou bem demole o lugar onde ela mora. E eu conheço isso porque a empregada do meu pai passou por isso e inicialmente ela estava super feliz com o prédio novo que o governo tinha construído, mas não demorou muito tempo para se tornar um prédio dominado por traficantes, para se tornar um prédio que ninguém cuida e recentemente ela contou que a polícia arrebentou a porta do apartamento da frente dela, entrou sem mandato de judicial assinada simplesmente para pegar, para verificar a denúncia de que havia tráfico de drogas lá e tal, e ela ficou com medo de que fosse fazer a mesma coisa na casa dela, porque a polícia faz isso, de bater nos apartamentos sem ter muito indício e às vezes não tem nada, a pessoa não é criminosa, não tem nada lá dentro, e eles não consertam a porta e nem falam que estiveram lá, se você chega em casa está a porta arrebentada do teu apartamento. Obviamente o que acontece, a maioria das pessoas estão deixando esse conjunto, faz dois ou três anos que ela mora lá, e ela está com planos também de deixar. Quer dizer, é uma situação muito parecida com o que aconteceu com o Free Childing. Queria comentar alguma coisa? Isso aconteceu também lá em Paranaguá, e eu acho que continuou acontecendo, eu acompanhei entre 2011 e 2015 mais ou menos, que o porto de Paranaguá estava em expansão, então toda a região que cresceu ao redor do porto estava sendo transferida basicamente para fora de Paranaguá, eles retiraram todo o mundo e transferiram para uma vila totalmente contra a mão, realmente domínio daquela área é de Paranaguá, mas não fica nem pouco perto de nada, eles explodiram eles, não sei se alguém sabe explicar a floresta do palmito lá em Paranaguá, mas bem dizer é fora da cidade, eles jogaram as pessoas, construíram uma nova vila e falou, olha, você mora aqui ou está despedida? - Mas eu me lembro que a minha casa vai me dar um plano de financiamento para você comprar a casa, não vai me usar o jameiro que era louco. - Você tem razão, só que esse plano é usado tanto para pessoas que têm classe média mais baixa, mas também para pessoas que são realocadas, então quando a gente fala "minha casa e minha vida" na verdade não é igual para todo mundo, é diferente, tem faixas, digamos assim, acho que até tem o número ABCD ou uma coisa assim, número 1, 2, 3, sei lá, só sei que é parecida a situação desse evento aqui, eu estou colocando porque é um evento que aconteceu há 40, 50 anos atrás e a gente, enfim, repassa pelos mesmos erros, então não caiam, digamos assim, na proposta do design moderno e da arquitetura moderna esse discurso de que o design e a arquitetura são capazes de melhorar a qualidade de vida das pessoas, que é o discurso que gerou para o Tchaigl, hoje em dia as pessoas, o discurso pós moderno admite que o design e a arquitetura pode melhorar, mas pode também piorar, é diferente você falar, ser autocrítico, incluir a crítica como uma parte do projeto, que é algo que eu e o professor Gonzardo estamos fazendo bastante, então comportamento humano galera é muito complexo, não é uma coisa tão simples e fácil de você lidar no projeto e dizer "ah, eu vou colocar uma cor aqui no meu projeto e isso vai fazer as pessoas reagirem de tal maneira", nem sempre e muito provavelmente não vai ser do jeito que você pensou, porque comportamento humano é complexo, o que significa emergente, lembra dos nossos exercícios da outra aula, de a emergência dos comportamentos de vocês andarem pela sala, você não consegue prever exatamente o que as pessoas vão fazer. Posso dar dois exemplos? Pode. Acho que na Daumai tem um mercado que ele gerou todos os produtos que são importados, para falar que no lugar daqueles produtos tinha placas falando que sem a diversidade não tinha nada, o mercado ficou quase vazio e tinha poucos produtos que eram nacionais, então era uma campanha para diversidade contra xenofobia, teve uma outra campanha, essa foi uma campanha que deu certo, porque muita gente estava comentando de forma positiva, teve uma outra campanha que foi um Outdoor, que eles usam a palavra "fronteira" que também pode ser "limite", acho que era um suco ou alguma coisa assim, falando que você pode escolher o negro também com o suco, e aí não foi muito bem recebido, foram duas campanhas que eram para uma coisa que está atual na sociedade, diversidade e tudo mais, só que deveriam funcionar no mesmo lugar que a Alemanha que estava acontecendo daquilo, só que teve reações diferentes do público. Muito bem, isso demonstra que esse exemplo, na verdade a publicidade, a comunicação social já realizou que não pode simplesmente emitir mensagens e achar que todo mundo vai receber do mesmo jeito, isso na área da comunicação social já é um conhecimento há muitos anos. A área de arquitetura e design ainda não fez essa transição completa, tem muita gente que ainda acredita que comportamento humano é muito simples, tem gente que fala que comportamento humano é simples porque todo mundo é ser humano, todo mundo tem duas pernas, todo mundo tem dois braços, todo mundo tem dois olhos, um nariz, nem todo mundo, nem todo mundo, nós temos inclusive aqui um professor da arquitetura que não tem uma perna, ele dá aula, com o primeiro dia de aula ele vem com calça, aí ele começa a dar aula e fala "agora vocês projetem uma piscina", aí a galera começa a projetar a piscina, no dia seguinte, quando o projeto já está meio que avançado, ele vem para a aula com uma bermuda, daí ele mostra ali a prótese que ele utiliza e ele só não fala nada, só começa a andar na sala e aí galera todo mundo ajustando o projeto ali para tornar mais acessível para quem, enfim. Então não acho que precisaria disso, né, para vocês se preocuparem com complexidade do comportamento, por isso que a gente está dando uma base para vocês. O que é comportamento? O conjunto de ações e reações de uma pessoa numa circunstância específica, essa é uma acepção do ter, a segunda, a maneira como uma pessoa se comporta em relação a outras, então agora tem a ver com social, e por último a maneira como a pessoa se controla a si mesma, tudo isso é comportamento, tá, estou dando a definição apenas para a gente refletir um pouco mais sobre do que estamos tratando. Agora vem a parte interessante, dado que isso está comportamento, de onde vem, qual a origem, por que que se pergunta sobre a origem do comportamento? Por que é tão importante se perguntar sobre a origem do comportamento? Hein galera? Como é que você vai mudar algo que você não sabe de onde veio? E se você mudar alguma coisa sem saber de onde veio, o que que pode acontecer? Pode perder, exatamente, você muda circunstancialmente, naquela hora para de acontecer, mas tão logo surgem novas, enfim, da fonte onde vem aquele comportamento vão vir outros, se você não for na fonte, não for na causa, na origem do comportamento, você não vai conseguir ter um efeito. Então existem quatro principais teorias sobre comportamento na nossa sociedade, tá, isso aqui é a minha visão, meu resumo de teorias, eu estou agrupando aqui teorias de várias áreas, a primeira delas é a herança genética, que é a teoria biológica ou psicologia evolucionista que diz que a gente se comporta de maneira que foi codificada pelos genes, tá, alguém aqui acredita nessa teoria? Alguém acha que o seu comportamento é determinado pelos genes? Em parte, como assim? O que pode ser determinado pelos genes? Quem falou? A aparência física determina o comportamento? Então, então... Tá bom, vamos fazer um teste logo sobre isso aí, vamos lá, quero uma voluntária ou voluntária, por favor, vamos lá, venham para cá, venham para cá, voluntária ou voluntária, vamos lá gente, quem de vem? Vem, vem, vem, vamos lá, beleza, tudo bom? Qual que é o seu nome mesmo? Gabriel, você é? Isabela, desculpa que eu não sei o nome de vocês ainda todos que eu estou conhecendo vocês agora, tá, Gabriel e Isabela, vocês conhecem o Gabriel e Isabela que estão na mesma turma, tá? Mas talvez vocês não conheçam um monte de coisa sobre Gabriel e Isabela, tá, que vocês provavelmente devem ter algumas suposições, agora eu vou convidar vocês a supor com base na aparência deles, tá? Então vamos, vamos ver, vamos ver, o Gabriel gente, olhando para a perspectiva dele, vocês acham que ele tem um comportamento audacioso? Olhando a aparência, audacioso, tem? Tem, ele é audacioso? Audacioso é uma pessoa que está sempre tentando fazer alguma coisa diferente, tentando fazer alguma coisa que vai progredir, que vai ganhar algum dinheiro, vai fazer uma coisa assim, chamar atenção, né, audacioso? Não liga para dinheiro? Pera, pera, então o Gabriel está dizendo que ele tem, que ele parece audacioso, vocês consideram ele audacioso? Não sei. Uma pessoa que não se considera audacioso já não é audacioso, então vocês erram. Mas uma pessoa que não se diz ser humilde já pode ser uma pessoa que não se considera humilde? Agora você me pegou, agora você me pegou. Mas é que é isso, é que é isso. Agora você é audacioso, agora você é audacioso. Tá, vamos ver. Isso é uma resposta violenta. Responde, responde. Isabel, a Isabel, vocês acham que ela é uma pessoa violenta? Sim. Olhando pela aparência dela, vocês acham que ela é? Eu sou violenta. Não? Ela parece brava, mas não violenta? Vocês acham que ela é capaz de machucar alguém? Sim. É? Vocês acham que ela gosta de machucar alguém? Não. Vocês acham que ela já teve alguma situação em que ela machucou alguém querendo machucar alguém? Todo mundo. Todo mundo. Dom e Al. Então, o que você diria sobre você? Você se considera violenta? Vocês acham que eles estão corretos na avaliação? Já foi pior. Já foi pior? Aquele beso no biciídeo, sabe? Eu acho que eu sou uma pessoa mais calma, mas eu sou braço. E o que você considera que normalmente as pessoas dizem sobre você que não é verdadeira a partir da sua imagem? A sua aparência. A única coisa que todo mundo diz é que antes de me conhecer tem medo de mim. Olha aí. Antes de conhecer ela tem medo... Tem medo. Vocês teriam medo dessa pessoa aqui? Antes de conhecê-la? Por quê? Quais são os traços da aparência dela que dão a ideia de que você pode ter medo dela? Atualmente nada, porque até a roupa é fofinha. Ela lembra minha profissão de matemática. E o Gabriel agora? O que o Gabriel dizem? O que as pessoas acham de você pelo seu aparência, julgam pelo seu aparência que não é verdade? Pagodeiro. Vocês achavam que ele era pagodeiro? Não. Já falaram que você tem cara de pagodeiro? Falei. Na hora fiquei limpa-as para casa. Tá bom. Muito obrigado por participarem. Parabéns. Então vocês acabaram de ver que... Antes... Que é? É isso não, né? Então a genética propicia a gente a não respirar debaixo d'água. Não, isso com certeza. Mas alguns comportamentos muito básicos são determinados pelos genes. Mas comportamentos complexos eu acho que não. É que uma pessoa pediu para a gente ter dúvidas em coisas muito da personalidade deles. Mas por exemplo, você pega uma pessoa, não sei nem se é tão alta, mas uma pessoa menor. Geralmente ela vai andando também tomando cuidado, porque ela está acostumada a esbalar nas coisas, a ser mais estremelhada, estraga. Então ela fica mais produtiva. É, nós estamos falando de um comportamento mais simples, esse que está falando. Do comportamento muito mais complexo, que é por exemplo a violência ou a pagodeiro, né? É bem complexo ser pagodeiro, né? Quem queria falar? Você queria falar, Matheus? Como é que é? A cegueira, é verdade, é verdade. Sim, os genes eles podem mudar o comportamento. Eles de fato mudam, mas existe uma outra camada por cima, que é a camada social, a camada simbólica, né? E a gente transforma. Vocês viram que vocês acertaram em partes em relação à aparência deles, mas vocês erraram em outras partes. É por isso que essa teoria é só uma teoria, não é uma comprovação e não é a única teoria. A segunda teoria é as condições ambientais. Se você consegue controlar o comportamento mudando a configuração do espaço, os materiais, os produtos que a pessoa utiliza, os softwares, os aplicativos, tá? Quem focaliza muito nisso aí é a psicologia comportamental e a sociologia. Eles estão tentando o tempo todo bolar maneiras das pessoas mudarem o comportamento através dos espaços, dos ambientes. O terceiro são os construtos mentais, que é a capacidade que você tem de entender o que está acontecendo dentro da cabeça da pessoa, diga. Que é estudado pela psicologia cognitiva e a psicanálise. Já ouviram falar do complexo de édipo? Quem tem complexo de édipo, levanta a mão. Ninguém quer admitir, né? Complexo de édipo, no caso dos homens, é quando o homem é apaixonado pela mãe dele. Só que ele não assume isso. Então ele fica nessa... Quando ele encontra uma nova mulher, ele vê na outra mulher a mãe dele. Porque na verdade ele gostaria de casar com a mãe dele, mas ele não pode por causa das normas da sociedade. Esse é o complexo de édipo. Daí tem o complexo de elétra, que é o contrário, que é para a mulher, né? Quando a mulher se apaixona pelo pai e ela fica achando que todo namorado tem que ser parecido com o pai em um outro aspecto. Ou então tem que ser o oposto do pai. Mas sempre em relação ao pai que ela vai julgar o comportamento dele. Isso aí é psicanálise. É uma área fundada pelo famoso Freud. Freud explica. Então Freud explica através de teorias de construtos mentais que existem em todas as pessoas. Estruturas complexos são estruturas mentais que existem em várias pessoas. Diga lá. [Voz do público] Sim, você pode combinar diferentes teorias. É o que você está fazendo. Mas estritamente cada uma dessas teorias vai dizer que somente a sua a, a sua teoria é suficiente para explicar o comportamento. Então o Freud vai falar, não, não importa, não adianta nada você mudar o ambiente se você não mudar a constituição mental da pessoa. A pessoa vai continuar realizando os mesmos problemas, quer dizer, os mesmos erros se ela tiver num outro ambiente. Por isso que a terapia psicológica, psicanalítica é recomendada pelos que acreditam nessa teoria. Diga. [Voz do público] Ah, interessante. É uma área da psicologia isso, hein? [Voz do público] Entendi. Praxeologia. Interessante. E o que tem a ver com o que eu estava falando ali? Qual que é a conexão? [Voz do público] Deve estar parte, deve ser parte da lógica, né? Parte da lógica. É, com certeza tem a ver com isso aí, construtos mentais. Na verdade o computador ele é construído em cima da lógica, né? Vocês sabem, né? A filosofia desenvolveu a matemática, dali sai a matemática e da matemática saiu a lógica. E da lógica saiu a computação. Então, essa é na história do conhecimento humano, essa que é a origem do computador e do smartphone que você leva no seu bolso. Então, algum filósofo lá dos 500 anos atrás bolou a ideia de que, 500 não, na verdade bem mais, um filósofo chamado Aristóteles falou o seguinte, ou uma coisa é, ou uma coisa não é, e não há uma terceira possibilidade. O que isso tem a ver com computação? Código binário. Então, essa ideia de que uma coisa é ou não é preto no branco, isso aí é uma ideia filosófica que se tornou uma ideia matemática, 0101, e por fim se tornou uma ideia computacional que permite que você se conecte com o mundo e que o design digital exista. É bom saber um pouquinho da história da área de vocês, né galera? E a última proposta de mudança de comportamento, teoria, né, é a teoria cultural, que é a teoria de que o comportamento é transmitido através da cultura, através de diferentes manifestações culturais, que podem ser aquelas que a gente normalmente vê como cultura, assim, né, a pessoa tem cultura porque ela vai no teatro, essa pessoa tem cultura porque ela escuta música clássica, mas também quando falo de cultura, estamos incluindo a cultura popular, estamos incluindo tudo aquilo que a nossa sociedade cultiva em grupos socialmente, tá, essa é a cultura. Essa linha aí, psicologia, desculpa, histórico cultural ou sócio histórica em antropologia cultural, essa teoria é a que eu e o professor Gonzato mais acreditamos, tá? Nós investimos bastante nessa teoria aqui, mas a gente vai apresentar as outras porque essa última hoje não é tão famosa, não tem tantos adeptos, tá? Até por isso mesmo que a gente faz pesquisa nessa área. Vamos ver exemplos? Esse aqui é um exemplo de um caso bem recente galera, que é a edição de genes através da técnica CRISPR. Alguém já ouviu falar disso aí? Vocês já estão sabendo que tem alguns embriões humanos que foram modificados geneticamente nos Estados Unidos? Vocês já estavam sabendo disso? Já aconteceu, foi pouco tempo, hein? Eu estou trazendo uma notícia bem nova, acho que faz umas três semanas, o primeiro embrião humano editado geneticamente. A ciência hoje consegue entrar lá no DNA de uma célula-tronco e modificar esse e esse gene eu quero que saia e coloque esse outro. Eles têm esse grau de controle sobre genes. Então, esse embrião não se sabe ainda se alguém deixou crescer, mas eles fizeram com o objetivo de... mas pode ser que inicialmente não era para o embrião crescer e nascer uma pessoa a partir desse embrião, era apenas um teste. Mas é óbvio que isso vai acontecer mais dias, menos dias e vão começar a nascer o que eles estão chamando lá nos Estados Unidos de designer babies. O que é designer babies? São bebês que são projetados geneticamente. Você escolhe os genes que você vai colocar nesse bebê. Aí você pode escolher, vocês sabem, vocês já estudaram genética no ensino médio, o que dá para manipular com a genética? Cor dos olhos, pode escolher a cor dos olhos da pessoa, cor de pele, tamanho, força. Você pode escolher até algumas questões, propensões de comportamento também. Existe isso também na genética, existe associações entre genes e comportamento. Vocês já imaginaram o impacto disso na nossa sociedade, se você começar a ter pessoas que são editadas geneticamente que são mais existentes a doenças? Mais eficientes, melhor nos esportes, melhor nos estudos. O que acontece na sociedade? Gátaga, muito bem lembrado. Gátaga é um filme que apresenta um cenário onde algumas pessoas têm um gene editado e outras não. Tá muito bacana e mostra, o filme mostra desigualdade social absurda que isso cria na nossa sociedade. Então vale a pena, esse filme é de nos anos 90, eu acho, né Gátaga? 97. 97, e isso está acontecendo hoje. Então na época, em 97, todo mundo achava que isso era impossível acontecer. Mas hoje está acontecendo, só não tem o bebê ainda do Zanya Babies porque, enfim, talvez até exista. [Presentadora fala] Inicialmente as regulações vão tentar prevenir as leis, mas isso não significa, uma vez que tem a tecnologia, não significa que as pessoas possam fazer fora da lei. Não é? Pode dar mais treta ainda. E tem mais uma coisa ainda aqui, uma outra técnica que surgiu recentemente, que essa é mais bizarra ainda, mais estranha, que é a modificação do gene de um ser que já está adulto. Já é possível fazer isso. Você não consegue grandes transformações, você não vai conseguir mudar a cor do seu olho usando um tratamento genético, mas você pode eliminar uma doença. Você pode acabar com a propensão a uma doença, através da edição do gene. Quem está mexendo com isso acredita que seja possível mudar o genes para que as pessoas não morram mais. Então, se você toma injeção, você se torna imortal. Diga lá. O que você quer falar, diga. Como é que é o porco com órgãos humanos? Isso foi feito ou não? Eles fizeram a concubação, aí o porco começou a crescer e eles abortaram. Se você tivesse necessidade de ter uma transplante de um órgão, você aceitaria ter um órgão crescido em um porco dentro de você? Claro, vocês aceitariam o órgão de um porco dentro de vocês? Depois que você implantou o órgão de um porco, você continua sendo ser humano? Você continua sendo ser humano se você tiver um órgão de um porco? É só essas perguntas que interessam essa disciplina, porque daqui a pouco a gente vai começar a falar disso. Nessa aula não é sobre ciborgologia, mas a gente vai ter uma aula sobre isso. Galera, então olha só. Nós temos um cenário muito grande para oportunidades para designers que quiserem trabalhar com genética. Diga, você aceitava, a gente sempre gostava de ser um ser humano, mas não é o bar para dizer o paradoxo? Sim, com certeza, é um paradoxo. Mas por isso que o designer é tão importante. O designer, galera, são as pessoas que são capazes de colocar uma coisa científica, um conhecimento científico, uma tecnologia que é fora do cotidiano. O designer consegue trazer essa tecnologia para dentro do cotidiano. Então vocês podem achar que hoje o emprego de vocês que tem de oportunidade para vocês seja projetar aplicativos, mas no futuro próximo vai ser projetar órgãos. Você fala, você está brincando. Não, os órgãos vão ser aplicativos. Você vai plugar um órgão como você pluga um aplicativo. Você vai baixar, fazer o download, o update, a atualização do seu órgão. Vamos ver o segundo exemplo, galera. Arquitetura prisional. Segundo exemplo, lembra? Segunda teoria, qual que era? A teoria da mudança do comportamento pelas condições ambientais. Já ouviram falar de um negócio chamado panopticon? Panopticon? Panoptico também pronunciado. Já ouviram falar? Já. Quem já viu isso? Diga. [Pessoal falando] Exatamente. [Pessoal falando] [Pessoal falando] [Pessoal falando] Não ia fazer muita diferença. Já faz isso? O reitor já faz isso? Não, acho que isso ele não faz. Mas... [Pessoal falando] Talvez ele é, talvez faça, a gente não sabe. A questão é a seguinte, o grande lance é você se comporta aqui na PUC, ou você se comportaria dentro do panopticon, porque você nunca sabe se você está sendo vigiado. Você não sabe se o professor vai tirar nota porque você está conversando durante a aula ou não. [Pessoal falando] Está vendo o poder disso aí? Vocês não sabem se eu vou tirar nota. Eu não falei nada até agora. Não falei nada, mas tem bastante conversa hoje. Agora vocês não sabem se eu sou a favor disso, porque eu acho legal que vocês conversem e melhorem o conteúdo que eu estou passando aqui, ou se eu acho que isso incomoda, dificulta a compreensão do assunto pelos outros colegas que estão tentando prestar atenção no que o professor fala. Será que eu sou desse lado que apoia a conversa, ou do lado que proíbe a conversa? [Pessoal falando] É, pode ser, pode ser que não. [Risos] Eu estou mostrando aqui o panopticon. O panopticon, por que ele é tão eficiente? O cara que criou isso aqui, ele falou, olha, ele era um professor, ele falou, se o rei construir essa prisão, eu mesmo vou ser carcereiro. E o cara é um nobre. Eu vou ficar lá só seis horas por dia. As outras horas ninguém vai saber se eu estou lá. Então os presos vão se comportar. E só precisa de um carcereiro. O carcereiro fica aqui nessa torre central. E aqui nessa torre não está aparecendo nesse design que está nessa implementação. Mas a ideia é que seriam pequenos pontos de observação, filetes, que o cara conseguiria observar os presos, o carcereiro, mas os carcereiros não conseguiriam ver o carcereiro. Isso é possível fazer. Agora os presos, como é que eles ficariam? Ficariam nas telas, todas elas com janelas, para que a luz passe e crie uma silhueta para que o carcereiro veja exatamente o que o preso está fazendo. O filme "Circula" tem uma ideia meio parecida com esse, só que com câmera. Tipo, a gente vai, é um pouquinho diferente, a gente vai estar sabendo se está sendo filmado, só que a gente não sabe se vai ser, tipo, o filme, não sabe se está sendo filmado naquele momento, mas está sendo tudo gravado. Tipo, é muito parecido mesmo. Na verdade, existe um retorno. E olha só, o que que o filme, o "Circula", quem assistiu o "Circula" aí? Está no cinema agora a pouco. Muita gente diz que é um filme ruim, eu também acho que é um filme meio esquisito, mas a tese que ele coloca é muito atual. Que ele fala o seguinte, se todas as pessoas deixarem uma camerazinha, vigiarem ela o tempo todo, tudo que ela está fazendo, a tendência é que as pessoas se comportem melhor. Se você está sendo vigiado o tempo todo, você vai se comportar melhor, por isso que o professor vem aqui para trás, é que os alunos se comportem melhor. Agora, o que que significa melhor? Eu não sei. Eu não falei, se se comportar melhor, pode ser também que eles conversem mais sobre o assunto da disciplina. Então, isso aqui é atual. Essa foto é de um presídio no México, criado, inspirado no modelo panopticon, e o modelo panopticon original não foi construído pelo Rei, o Rei não aceitou a proposta. Isso foi nos anos, nos anos, no século 17, 18, - Tem um modelo que está cegando? - Não aceitou, mas alguém construiu depois em outros lugares. Então vejam que o ambiente é controlado de várias maneiras para que as pessoas, os presos sejam dóceis e nunca se rebelem contra o carcereiro. Porque o que acontece aqui, não tem como os presos se verem entre eles e tramarem, esse preso não consegue conversar com quem está do lado, mas ele consegue ver o do outro lado, então ele acaba vigiando um preso ao outro e acaba criando uma situação de que ninguém confia em ninguém. - Mas também dá impressão que o cara do meio está cercado. - Sim, pode ser também. Diga, Matheus. - Que funciona na sala de aula. O professor da frente tem uma visão para o noréu. - Imagine se fosse o contrário, você estivesse mais elevado e o professor estivesse aqui assim. Já mudaria bastante a relação, né? - Naquela sala. - É, com certeza. É bem diferente a dinâmica, até existe um distanciamento maior. - Pode levar um pouco da liberdade e assim... - Tirar a liberdade do panóptico? Não, imagina, as pessoas têm total liberdade de se comportar bem aqui e serem liberadas antes do tempo, só se comportar direitinho. Ah, boa pergunta. Vamos ver outro, a gente já vai chegar nessa questão aí. Outra teoria, qual que é essa teoria aqui, galera? Teoria de que você, ao interagir com o computador, com a tecnologia, você está acessando modelos mentais. Você está criando um modelo mental de como usa aquele computador, que é uma noção que vocês viram com o Gonzato em arquitetura da informação, lembra disso? E, por outro lado, você está criando esses modelos mentais para o usuário, mas o usuário também está criando os deles. Isso aqui é a teoria lá do construto mental, lembram? De que a psicologia de estudo aqui... Então, teve uma galera que começou a estudar como é que funcionava a mente humana e eles fizeram os computadores para serem compatíveis com a maneira como a mente humana pensa. E, por outro lado, isso não foi dito explicitamente, mas que acabou virando. Hoje, quando se fala user experience, o termo user experience, experiência do usuário, foi criado pelo cara que criou essa teoria aí, Donald Norman. Então, na época, ele falou o seguinte, vamos tornar os computadores mais parecidos com a maneira como as pessoas pensam, mas hoje em dia, muita gente usa user experience para fazer as pessoas pensarem da maneira como elas querem, como a empresa quer que pense, principalmente associado ao branding de marca, associado à propaganda, associado ao marketing. Então, isso aqui é a opção 3, é muito utilizada pelo capitalismo. A opção 4, teoria 4, qual que era a determinação do comportamento através do quê? Através da cultura. Então, na Holanda, você tem uma cultura muito forte de bicicleta. A bicicleta é utilizada como um ícone da sociedade holandesa para representar o conceito de liberdade. Você pode ir a qualquer lugar sem precisar ter gasolina, sem precisar ter muito dinheiro, é muito barato uma bicicleta, você pode alcançar qualquer lugar. Nos anos 70, muita gente fala "Ah, Holanda, é uma parede da bicicleta, nossa, lá é fácil, aqui no Brasil é difícil". O que acontece é o seguinte, não era assim antes, nos anos 60 houveram milhares de atropelamentos nas vias holandesas, porque não tinha ciclovinas, tinha ciclofáceo, não tinha nada, e as pessoas começaram a andar de bicicleta. E elas preferiam andar de bicicleta algumas, né, do que de carro, mas tinha muito carro também. E aí o que aconteceu? Eles começaram a fazer protesto e dizer "Não, vamos priorizar as bicicletas". E uma das ações mais impactantes foi o plano das bicicletas brancas, que foi um grupo Provo que fez, Provo de Provocação. O grupo Provo pegou e começou a pintar bicicletas que eles encontraram na rua de branco. E aí o que significava essa bicicleta que fosse pintada de branco era do povo, era compartilhada. Qualquer um podia pegar uma bicicleta branca e usar, e aí eles começaram a pintar a bicicleta de branco, a bicicleta de branco, ninguém não perguntava não, ia pintando, e quando pintava a bicicleta de branco ela se tornava do povo. Era a proposta que eles tinham para resolver os problemas de mobilidade da Holanda. Esse projeto, obviamente, acabou sendo proibido pelo governo, não deixaram, é anarquista, né, total, mas ele teve impacto tão grande que até hoje, em Amsterdã, o furto de bicicletas é absurdo, você não pode deixar uma bicicleta parada por cinco minutos, que seja sem um cadeado, que ela vai ser roubada, certeza, pro alguém. Isso aconteceu comigo, isso aconteceu comigo, eu deixei cinco minutos a bicicleta e, whoop, desapareceu. Eu esqueci de, eu fui tomar um sorvete, esqueci de fechar, cara, perdi a bicicleta, já era. Esses caras não têm, eles não têm, não é considerar uma coisa errada, aí você vai na polícia, você vai chegar na polícia, roubaram minha bicicleta, ah, quanta outra, tipo, normal, assim, ah, beleza, está aqui, assina esse documento aqui, vocês não vão buscar a bicicleta. Meu amigo, a gente teve esse mês só mais de 40 mil roubos aqui, a gente não tem o que fazer, se você tinha seguro, não tem, não, então se ferrou. Então lá na Holanda é assim, tem uma sociedade bem, que segue as leis, várias áreas, mas essa lei específica da bicicleta não segue muito, não. E tem gente que acha que é correto roubar a bicicleta lá na Holanda, por causa de coisas como o Provo, então a cultura é diferente, vocês não entendem, porque é um valor diferente. Agora, por fim, a proposta super mega ultra power turbo, que une todas as outras teorias, a tal da cibernética. A cibernética inclui controle genético da população, inclui controle ambiental, inclui controle de construtos mentais, e por fim, inclui também a determinação da cultura das pessoas. O objetivo da cibernética inicialmente era criar uma sociedade perfeita onde não haveriam conflitos humanos. Foi assim que foi elaborada, e a sociedade perfeita seria controlada por quem? Por computadores, que escolheriam as melhores opções, as opções mais eficientes. Então existia nessa época uma ideia de que a tecnologia ia salvar, isso aí no começo dos anos 50, por aí estava forte essa teoria da cibernética. Nos anos 70, eles fizeram lá no Chile, eu já mostrei para vocês, o CyberSim, lembram? Isso aqui é um diagrama do CyberSim, ele mostra que todos os trabalhadores fazem parte de uma equipe, fazem parte de uma oficina, de um departamento, de uma firma, de uma linha de produção, de um setor da indústria, de uma região da indústria, uma área, de uma indústria específica, de uma economia estatal e do governo central, ou seja, isso aqui são os mecanismos diversos que tem para organizar e controlar aquelas entidades que compõem a sociedade. A sala de controle era o que permitia o acesso a essas informações. Não deu certo, vocês lembram do que a gente comentou, que o Salvador Alê ainda acabou sendo destronado e assassinado. Mas não foi só por causa do problema da cibernética, tem problemas da política também. Enfim, dilemas éticos, que se algum seja levantado, que aparecem todas essas propostas de mudanças de comportamento. Quem que é capaz de definir qual é o melhor comportamento? As pessoas devem ou não devem saber que estão sendo manipuladas? Deve-se dar mais valor, porque assim, nessa primeira pergunta é uma pergunta do quem que é capaz de mudar o comportamento, de definir o que é melhor, é porque esse melhor aqui, o que é melhor para mim, às vezes não é melhor para você. E aí alguém vai ter o privilégio de dizer o que é melhor. E a questão é como é que a gente escolhe essas pessoas? Como é que a gente resolve isso na nossa sociedade atual? Voto, exatamente, eleições, democracia. Só que tem muita gente hoje, exatamente, que está discutindo no Brasil que escolher os representantes do povo não tem funcionado, porque os representantes só têm se preocupado com os seus próprios benefícios pessoais. E aí o que está se discutindo hoje para mudar para um sistema onde você não tem o voto direto, que é o sistema parlamentarismo. Então está crescendo muito essa proposta no Brasil. Então é interessante, no parlamentarismo você não escolhe diretamente quem vai dizer o que é melhor. Porque parte do princípio é que você não sabe escolher bem, então deixe que outras pessoas escolham o que é melhor. Pois é, então, é um dilema ético. Vamos, a nossa sociedade, nós vamos assumir responsabilidade por tudo que acontece e a gente vai eleger os representantes, ou nós vamos delegar a responsabilidade para uma pequena elite decisória de políticos que formam o parlamento? São essas opções que a gente tem aí, que está crescendo, e é bom vocês se informarem porque talvez exista um plebiscito aí. O pessoal está querendo configurar um plebiscito de parlamentarismo próximo ano, para evitar que as eleições de 2018 tirem do poder que já está no poder. Na verdade, a página da República fez uma transmissão online para perguntar se a compra era por favor ou não. Quem fez isso? A página da República, a República, no Brasil. Ah, sim. Foi a República? Não. A página é dirigida pelo Agressivo do Poço. Ah, valeu, quem era como? Quem era como? Então, tinha sete pessoas, teve doze pessoas participando em treze minutos. É, o que eu vi sobre isso é que o PSDB, que é um dos maiores partidos do Brasil, lançou um vídeo. Vocês viram o vídeo do PSDB falando sobre parlamentarismo? O vídeo, o vídeo bem interessante que o PSDB fala "nós erramos". O PSDB fala "nós erramos". Não disseram o quê? Não, eles deixaram mais ou menos implícito que os erros principais do PSDB foi participar de uma política em que você faz certas coisas para certos governantes em troca de favores e benefícios pessoais. Eles assumiram esse erro e falaram que não aconteceria se nós tivéssemos parlamentarismo. E o PSDB se posicionou totalmente a favor do parlamentarismo. Quando um partido, um dos maiores partidos do Brasil fala que é a favor do parlamentarismo, antigamente quando foi feito o plebiscito, vocês lembram? Enfim, não sei se eram nascidos, 93 eu acho que foi, não eram, né? Enfim, eu vivenciei o plebiscito do parlamentarismo, monarquia ou presidencialismo que a gente tem agora. Até a população pediu para continuar, mas na época quem queria defender o parlamentarismo e a monarquia era um grupo muito pequeno. Não eram os principais "bam-bam-bans". Quando um grupo grande como o PSDB fala que é a favor do parlamentarismo, significa que é um debate importante a ser feito. Não quer dizer que eles estão certos, estou falando que é um debate. No Brasil não, no Brasil era uma monarquia absolutista, não foi assim. Ah, no plebiscito era monarquia, não sei, não lembro. Ah, tinha as quatro opções. Como dissolve o parlamento? Olha, eu acompanhei de perto na Holanda, é um sistema de monarquia parlamentar. Como é que funciona? Nas eleições você vai votar por um candidato, mas na verdade é que nem no Brasil, o voto conta para o partido. Então o partido soma quantos votos tem no total e eles dividem as cadeiras que tem na câmara de acordo com a proporção de números de votos. Então tal partido, por exemplo, o PT ganhou 60 cadeiras, PSDB ganhou 50 cadeiras, PMDB ganhou 30 cadeiras. O que acontece imediatamente após as eleições? Os partidos discutem qual vai ser a coligação que vai governar o país. Nessa configuração, a coligação não vai poder ficar de fora o partido que teve mais números de votos. Então o PT, se teve maior número de votos, vai ter que estar dentro da coligação. Agora, o PT pode escolher não fazer coligação nenhuma, só que daí ele não tem maioria na Câmara e não vai aprovar nada. Então ele precisa da coligação com outro partido. Se vai ser o PSDB ou se vai ser o PMDB, aí vai ser a negociação política. A hora é que fecha a coligação, então se determina quem vai ser o primeiro-ministro e quem vão ser os assessores de gabinete dele. Em geral é uma pessoa que seria uma espécie de vice ou até no caso de três pessoas com a coligação de três partidos. Então aconteceu na Holanda uma coisa muito bizarra para nós, que é a coligação entre o partido dos trabalhadores, que existe lá também, e o partido do neoliberal, que é o equivalente ao DEM brasileiro. Então, o partido que estão mais no oposto, direita e esquerda, se uniram e fizeram uma coligação de governo só. E teve uma coligação anterior que era o partido liberal junto com o partido conservador, que é o equivalente ao trampismo da Holanda, e mais um outro partido de centro, alguma coisa assim. Também muito bizarra a combinação. Daí o que acontece? Quando você tem uma coligação, a Câmara se compromete a aprovar tudo o que for decidido para aquele gabinete. Então não tem essa briga que existe entre Câmara e Presidência. Monarco existe, mas ele não interfere nas decisões políticas. Ele é só uma figura política que vai participar de eventos, abrir as Olimpíadas, essas coisas. A função principal do Monarco é criar a identidade nacional e a identificação do patriotismo. Então os holandeses amam a família real. É uma coisa que a gente não tem nem noção do que é. O mais parecido com isso é o amor que a gente tem pelos artistas da Globo, mas nem todo mundo ama os artistas da Globo. Mas voltando então, galera, aos dilemas éticos. Segundo o dilema ético, as pessoas devem ou não devem saber que estão sendo manipuladas. Se você disser para elas que estão sendo manipuladas e for honesto, elas não vão mais aceitar a manipulação. Mas aquela manipulação é por bem delas, é pela segurança delas, para que elas não se acidentem no trânsito. Agora você conta para elas, elas ficam sabendo, elas começam a evitar aquela manipulação que você fez pela saúde delas. Mas você tem que esconder uma coisa de uma pessoa e esconder a coisa que você viu para ela? Então, o que vocês acham? Mentira branca é uma mentira boa ou é sempre uma mentira? O pai que me ensinou que mentira é mentira. E o pai da mentira sabe quem é. A gente sabe que aquele comportamento já está tão... não, a pessoa não se importa. Por exemplo, ontem teve uma... hoje que foi o insider que divulgou o Playground, se não me lembro agora, a lista de 10... vamos, americanos. 10 coisas que o supermercado não gostaria que você soubesse. Coisas como o... o que fica na linha da sua linha de pisão geralmente são as mais caras, outras coisas. Aí teve gente comentando coisas tipo "ai, dança, eu vou procurar o mais barato naturalmente". Então, o outro dá, mas isso daí... eu não sei, "ah, isso daí quem que não faz?" "Ah, isso daí só os calados". É tipo "ah, nem se essa nota de validade é muito certa que eles têm esse tipo de regulamentações próprias". Então, a gente geralmente... o que é que cria ali, eles já são estipulados de forma diferente. Então, é só você saber conservar a dane se não está, sei lá. Então, vejam, essa questão não é fácil de responder. A terceira questão, deve-se focalizar em efeitos de curto prazo que você consegue garantir? Ou você tentar fazer efeitos de longo prazo que são improváveis? Deve-se investir numa educação que dá... que você vai sair da faculdade com emprego garantido? Ou deve-se investir numa educação que você sai da faculdade sem um emprego, mas cheio de ideias para mudar o mundo? Vocês devem se fazer essa pergunta, né? Ou deveriam? O que vocês acham? O curso de design digital forma vocês para curto prazo ou para longo prazo? Para longo prazo. Hã? Para longo prazo ou para curto prazo? Para curto prazo. Você não faz design digital, como é que você está falando? Foi que todos os cursos da BK! vão mudar até 2019, né? Design já vai mudar esse ano agora para entrar em 2018 e até 2019 todos os cursos. Então eu vou me formar em 2018 e eu já vou estar com três anos de grade atualizado que eu não tive. Por exemplo, em jornalismo tinha a disciplina de ciências políticas e econômicas. Eles dividiram, agora tem ciências políticas e daí tem só ciências econômicas e estatísticas. Então, por exemplo, basicamente ciências econômicas e estatísticas eu não tive. Eu tive só ciências políticas quando a matéria era uma só. Então o que que acontece? Essa mudança que o Kevin não vai impactar vocês, vocês vão continuar no teu... Se vocês conseguirem fechar o curso de vocês no prazo estipulado. Agora, se por acaso vocês tiverem muita D.P. pode ser que vocês acabem sendo influenciados para essa mudança de currículo. Mas basicamente significa o que? A PUC vai dar uma formação mais ampla para os alunos, mas visando longo prazo. Ele está certo. A formação que vocês têm com design digital atual é para formar profissionais que o mercado está precisando. Existem muitas vagas abertas para especialistas em animação, especialistas em experiência do usuário, especialistas em projetos de aplicativos, especialistas em especialista aquilo. Com o novo currículo já não existe mais design digital enquanto uma especialização. Existem várias possibilidades. Você vai fazer um curso de design só e você vai escolhendo coisas que você vai vendo, mas o ideal é que você tenha uma visão ampla do design, produto, gráfico, e isso é uma visão, uma formação de longo prazo. Mas é um dilema ético porque daí os alunos saem e não têm emprego garantido, porque não são especialistas, o mercado não sabe como dar emprego para quem é generalista. Quem é responsável por isso, no final das contas? Quem escolhe? Daí o A. A PUC pode deslavar as mãos e falar "não, nós não temos uma responsabilidade nenhuma para isso", que é o aluno que escolhe na hora de fazer o vestibular. Tem aquele negócio também, que até ao mês já vim com você, se a pessoa fizer uma coisa agora, copiar o que já existe não é inovação, mas se ela fizer algo muito absurdo, que as pessoas só usariam daqui a 10 anos, também ninguém vai usar agora. Tem que ser um início, acho que é aí que está o ponto de partida para justamente mudar o comportamento. Se você tem algo que as pessoas conhecem agora, uma mistura também vai ser uma fase em início. Pessoal, então eu vou deixar vocês com esse tema para vocês debater durante o intervalo, tá? Os dilemas éticos da mudança de comportamento e a gente volta daqui a 15 minutos, tá bom? Eles viram um casal de assaltantes na praça de alimentos aéreos, estavam aqui nem qualquer pessoa, eles não pediram nada, eles estavam observando. Depois de um tempo observando a gente, sentando perto da gente, ouvindo mais ou menos "ai, depois aqui vocês vão me soquelar, a gente não vou me soquelar". A gente saiu, eles foram abordar na gente, porque eles sabiam que a gente tinha celular, eles viram que a gente compra comida, sabiam que a gente tinha dinheiro, sabiam que a gente tinha isso. É, o que ele fala é o seguinte, você tem que ter uma atenção muito especial dos designers de produtos sobre os produtos criminogênicos. Produtos criminogênicos são aqueles que atraem os assaltantes. Por exemplo, um celular que é feito de uma maneira brilhante, que você olha a distância e identifica, que solta bastante luz, que é grandão, ele tem mais chance de botar o usuário daquele dono daquele celular em situações de perigo para potencializar o assalto, não necessariamente o furto. Diga lá, Linfantista. Como é? - É roubar a jaqueta. - Roubar a jaqueta, né? Leva tudo que tem dentro. - Quem quer falar? - Quem quer falar? - A ideia de a gente fazer roubar podia ser um negócio com celular falso, no caso. - Celular falso? - Sim, porque normalmente eles vão assaltar o que é, o dinheiro do celular. - Sabe uma coisa que foi feita? - Um segundo, assim, falso, que pelo menos o celular é falso, não dá o seu. - Só que descer e descobrir que é falso, por exemplo, já aconteceu. Galera, tem uma história bem engraçada sobre isso, sobre o celular falso. Eu fui assaltado cinco vezes já em Curitiba, e uma das vezes, mas nunca foi nada muito grave, aconteceu, mas teve uma vez que foi assim, é bem engraçada a história. Eu parei, pelo menos eu acho, agora, depois de uns anos. Foi o seguinte, eu tinha um Palm, nos anos 2000, o Palm é o vovô do smartphone, era um dispositivo que você anotava coisas e colocava coisas no calendário, botava o contato, basicamente as funções de um smartphone só que sem a função de ligação. Então, eu fui pra, fui estar voltando pra casa, morava perto da rodoviária, uma região que eu fui assaltar duas vezes já, não foi uma vez só, então, tomei cuidado quando passarem por lá, você é culpado também do crime, não, eu tô brincando. Enfim, eu tava andando de noite, e aí dois marmanjos me pararam e falaram assim, ó, é, que horas são? Aí eu olhei assim, ah, são tal hora e tal, não sei o que, nossa, que relógio podre, esse aí, deixa eu ver seu tênis. Foi assim que eles foram falando. Aí ele olhou meu tênis assim, porra, que tênis desgraçado, você não tem dinheiro aí não, porra? Aí eu falei, é, eu devo ter uns 20 reais aqui, daí eu puxei os 20 reais do bolso, e o cara, porra, você não tem nada pra gente roubar? Aí eu falei assim, é, eu não sei, tem aqui, sei lá, não tem muito dinheiro, eu sou estudante, não sei o que, aí ele pegou, botou a mão na minha mochila, abriu o zipper e puxou o palming. Não sei como ele sabia que tava naquele bolso, porque tinha tantos bolsos na mochila, e ele puxou justamente. Aí quando ele pegou o palming, só pra terminar a história, eu falei, ele perguntou assim, o que que é isso aqui? Palming, nos anos 2001, ninguém sabia muito bem o que que era. Eu falei, isso é um minigame, pra combinar com as outras coisas pobres que eu tinha, né? É um minigame, na época valia bastante. Aí você pensa que eu sou botário, isso aqui é um palming, um palming VX. O cara ainda sabia o modelo. Aí ele falou, beleza, isso aqui tá de bom pra hoje, a colheita tá feita. Falou aí, falou aí rapaz. Eles foram super educados comigo, super educados. Mas aí o cara levou embora, depois eu fiquei pensando, ele não vai conseguir fazer nada com aquele palming, porque não tem o carregador, sem o carregador aquilo ali é inútil. E é muito caro comprar o carregador só do palming, na época ninguém tinha aquele negócio, então ele perdeu, afinal, eu que na verdade sofri mais, porque eu fiquei uns dois dias sem saber quais eram os meus compromissos, o que que eu tinha que fazer, sem ter minha lista de telefones, e depois disso eu prometi que eu nunca mais ia colocar meus dados num bichinho desses, né? Fiquei muitos anos sem celular, até que começou a surgir a opção de backup e tal, de você não precisar, hoje você não perde mais se os seus contatos for roubados. Hoje em dia, na verdade os iPhones, quem tem iPhone mais modernos, eles têm a função de encontrar o celular à distância, que tá fazendo os bandidos, quer dizer os bandidos, desculpa, os delinquentes, pra usar um termo técnico, não assaltarem mais quem tem iPhone, porque você pode rastrear onde está aquele iPhone em tempo real, você consegue ativar isso à distância, você consegue bloquear o iPhone também à distância. São todas essas funções, são funções pra reduzir a incidência de crime em produtos criminogênicos, ou seja, a empresa Apple está se responsabilizando em partes pela incidência do crime e tentando prevenir isso. Diga lá. Então, os caras roubaram meu iPhone, na época eu não sei se era assim, né, aí beleza, aí eu... Aconteceu com você? Sim, fez esses tempos antes das velhas, aí que daí eu fiz esses trâmpos de colocar no modo perdido, né, aí eu fiquei só acompanhando onde está o celular, porque tinha que ir à polícia com o meu investigador e ia retornar pra gente ir lá buscar o celular, né, daí tava lá "pô, olha, tá no... pra caxerir meu celular, beleza", aí eu fiquei um tempo sem olhar e quando eu voltei "olha, meu celular está em Santa Catarina", olha só que de... daí tá lá, agora o senhor tá viajando mais do que eu. Bom, você rastreou o seu telefone, não sei nem o que você vai ter ali de volta. Sim, não, mas reduz a... reduz a... aumenta a chance do delinquente ser pego, porque ele tem que se livrar, não é tão fácil as vezes se livrar. Tem caso de quando o cara vê que é um iPhone e não rouba porque ele sabe que tem que ir embora, que aí não tem como ele mexer, então... É, também tem isso. Mas a polícia carga muito pra roupa de celular, eles não acham que a gente nunca rola tudo bem. É, que nem... É que nem um robo de bicicleta lá na Holanda, né? Diga. Uma coisa que eu lembrei, aumentou a história, de uma vez que lá no shopping salgado filho, que é um pequenininho que tem lá, umas amigas e amigas estavam passando e um cara veio soltar elas. Elas estavam em três, ele pediu o celular, deu uma delas, ela deu o celular e o cara devolveu. O celular era tipo um celular antigo, sabe? Há muito tempo que ela já tinha um cara devolver o celular. Eu lembro que a viada que a gente fazia com ela de certo, então o celular não tava nem nada, né? O celular não tava nem nada, deu até um ladrão que... Nem um ladrão que... Não tem flagos disso mais. Não, é só... Um comentário que é interessante, né? Que essa questão já foi levantada pela própria turma. Que é... Tem várias propostas aqui, da arquitetura do Dr. Criven, por exemplo. Tem umas cadeiras que eles prendem melhor em uma bolsa pra você colocar e de alguém puxar, simplesmente. Tem várias ideias, mas uma crítica. Claro. Uma crítica que se faz, as propostas que alguns dizem que ele pode direcionar o crime pra outros lugares e não produzir. Então ele avisa que o crime é conversa com você. Mas não necessariamente que ele se crie. Outros vão colocar que pode tornar... Tornando, você falou sobre o curto, menos fácil, mas reduz os custos em geral. Então debate a partir disso, né? Agora deixa eu te fazer uma pergunta. O que que vocês acham que, voltando pra arquitetura contra o crime, o que que é mais propenso a crime de invasão domiciliar? Rouro, né? Curto quando você não tá em casa. Um muro alto ou uma grade? Um muro com grade. O que que protege mais contra o crime? Depende se tem certeza. Muro alto ou uma grade mediana? Então o muro protege mais? Mas também se você já tiver, protege você quando as pessoas podem ver te dando saco. Vamos botar o vídeo aqui. Só resumindo, design contra o crime é você projetar com a perspectiva de que uma pessoa qualquer pode se tornar um criminoso se for muito fácil pra ela fazer o crime. Essa... então é uma espécie de pré-crime, né? Você já julga a pessoa como delinquente, durante o livro todo só fala do... É muito engraçado que ele fala assim "não, se você fizer isso, o delinquente pode desistir do assalto, desistir do roubo, do furto". Aí eu fico pensando, se a pessoa desistir e não fez, como que ela pode ser chamada de delinquente? Eu não acho justo. Você tá julgando a pessoa por uma coisa que ela não fez, apenas pela intenção? Isso é pré-crime, pra quem assistiu o Minority Report, tem consequências muito funestas na política da sociedade. Mas não vamos entrar nesse detalhe que isso aí vai ficar pra próxima aula. Outra proposta aí de mudança do comportamento pelo design é o "quantified self". Essa mudança aqui não é da um estado, uma empresa tentando mudar você. É você mesmo tentando mudar você mesmo. Então você cria... utiliza algum dispositivo que permite você mensurar, medir algum comportamento seu, você reflete sobre esse comportamento e você muda os seus hábitos. Então, por exemplo, aplicativo pra mensurar o seu padrão de sono. Alguém já usou? Alguém já usou o aplicativo? Esse aplicativo diz quantas horas você dormiu e se você teve sono profundo. E aí ele te dá dicas pra você dormir melhor. E também te diz se você tá dormindo pouco. É uma maneira de você ter... usar os dados pra modificar o seu próprio comportamento. [Voz do público] Você tem que anotar quantas... quanta água você bebe no dia. Você também usou alguma coisa assim, né? [Voz do público] Mas é triste, a gente tem uma era que a gente... a mensura é muito dado pessoal, né? Só que parece que a gente mede os dados que não é pra usar. E todo dado que a gente mede é pra fazer alguma coisa com ele. E mudar alguma coisa com ele. A gente só fica medindo as coisas que a gente faz no dia a dia, seja corrida, etc., porque a gente quer fazer alguma coisa com aquela informação. Mudar alguma coisa. Ou alguém quer usar aquela informação pra mudar alguma coisa. A questão é o seguinte, o que essa abordagem esconde é que por... essa abordagem é o seguinte, você muda os seus dados se você quiser. Mas o que as empresas que estão coletando esses dados fazem com esses dados é que fica escondido. Então o que a Apple, quando ela monitora os seus dados pra você, ela faz com esses dados pra ela. Essa questão que fica... porque ela pode usar isso, por exemplo, pra começar a ter uma inteligência maior na desenvolvimento de produtos, nas ofertas de marketing, por aí vai. Ninguém sabe ainda muito bem como vão utilizar isso. Tem um artigo muito bom que fala sobre venda de dados de aplicativos pra feridação de menstruação, por exemplo. Tá sendo utilizado como coletivo de informações pra indústria farmacêutica. Daí muitos aplicativos gratuitos, na verdade, você não tá pagando com o seu dado. [Vozes em inglês] E agora, por último, a última abordagem que é aquela que vocês vão ter que fazer um trabalho pra próxima aula, e daí eu sugiro vocês prestarem atenção, é especial, é o NUD, ou traduzido como empurrãozinho, empurrão, ou cutucão. O NUD é quando você faz uma intervenção numa escolha, tem duas opções, três opções, quatro opções, e você torna uma opção especialmente atrativa, de modo que você induz a pessoa a escolher aquela. O NUD mais fácil de todos, mais simples de todos, é opções default, ou opções por padrão. Por padrão vem na opção mais sustentável, mais saudável. Então quando ele vai te perguntar se você vai querer fritas ou salada, ele vem por default salada. Se você quiser frita, você vai ter que fazer um passo a mais do que as pessoas que forem escolher salada. Então pequenas intervenções, são sempre pequenas, podem tornar a opção mais atrativa, mas não proíbe. Então o NUD não significa proibir, impedir a pessoa de fazer. Então aqui você tem a opção, isso aqui é um urinol, é bem típico dos banheiros masculinos, mas existem também versões femininas, em que você tem um incentivo a fazer xixi numa determinada posição do urinol, determinada pela figura de um adesivo de uma mosca. Então ele chama a atenção para vocês sentirem vontade de fazer xixi achando de repente que é uma mosca de verdade, mas não é. Enfim, os homens têm essa tara de atingir coisas, fazer coisas com o xixi deles. Então isso é aproveitado aqui por essa... [Vozes em inglês] O Eduardo fez um projeto parecido com esse antigamente, só que o dele mostrava um vídeo da nascente daquela água que você estava consumindo, aparecia poluída na imagem e parecia acabando, esvaziando para você desincentivar a pessoa. [Vozes em inglês] Então galera, vamos ver uns exemplos, tem uns exemplos de vídeo aí, acho que está no próximo slide. Vamos lá ver os exemplos. Galera, um exemplo de incentivo a comida mais saudável. Bem interessante. O exemplo que a gente mostra aqui, demonstra que a preparação dos alimentos influencia a escolha das pessoas na hora de se alimentar. Uma coisa bem simples como o corte de uma maçã. Vamos ver um outro exemplo simples também do dia a dia. [Vozes em inglês] Não vai levar os dois, né? [Vozes em inglês] [Vozes em inglês] Vamos ver um segundo exemplo. No exemplo ali, está mostrando como é que eles comunicaram a importância de você colocar ali. Veja que o sucesso deles, a taxa de sucesso é 90% de mudança de comportamento bem simples, barata, né? Conclusão, alvores nut. Vocês viram, né? É isso aí. Tá, então vocês vão, volta só um... Ah, tem mais um. Esse aqui é um exemplo numa biblioteca holandesa. Nesse exemplo, a maioria das pessoas prefere usar o elevador, apesar de dar escada ser mais rápida. Você espera menos tempo. Isso acontece na nossa biblioteca aqui da PUC também. Vocês já perceberam? Se você esperar o elevador lá, você vai demorar muito mais tempo que ir pela escada. Então o que eles fizeram? Será que a gente consegue incentivar as pessoas a tomar escada ao invés de ir pelo elevador? E a intervenção deles é muito simples. Eles filmaram, né, as pessoas, para tentar entender o comportamento. É isso que eles estão mostrando nessa fase aí. Esconderam a câmera atrás de um monte de livros. E aí depois fizeram a intervenção usando fita colorida, de... fita... é, durex colorida. E aí eles perceberam que só essa intervenção fez que a maioria das pessoas simplesmente seguisse a linha vermelha. E nem pensasse, nem cogitasse a possibilidade de esperar o elevador. Eles fizeram também com variações, né, com os passinhos ali. E daí deu menos eficiência dos passinhos. As linhas eram mais eficientes. - Vai que é? - Foi, foi. A pessoa nem pensa, ela mostra. A ideia é que a pessoa nem tenta calcular a... a tentar ir no elevador, porque geralmente é mais rápido. A pessoa pela linha acaba tomando essa opção padrão, então quando ela está distraída ela vai pela linha. Isso. Isso é o Nudge. O Nudge é tentar interferir com o comportamento das pessoas quando elas estão distraídas. - O padrão não é para você chegar pelo elevador, é você cita pela linha. - Por isso é um empurrãozinho. É um empurrãozinho. Você não percebe que você está sendo Nudgeado. Vamos ver se tem mais... mais ou menos. Acho que não tem não. Ah, volta lá, volta lá, volta lá. Aí, esse aí. Galera, isso aqui é o que vocês vão ter que fazer como exercício, tá? É o processo de design para mudança de comportamento. Essas etapas são bem simples. Basicamente, você já pode supor que você tem que fazer isso, mas eu vou demonstrar aqui a lista. Primeiro você vai observar o comportamento atual das pessoas, aí você vai entender que uma injeção de mudança está relacionada a um hábito, ou comportamento que você considera ruim que deveria mudar. A injeção de mudança é mudar em qual sentido. Como é um comportamento mais sustentável, mais saudável, mais menos criminoso, mais legal, enfim, mais divertido. Aí você vai pesquisar soluções existentes. A gente já vai mostrar para vocês uma referência que vocês podem pesquisar soluções para fazer Nudge. Vocês vão fazer um Nudge que é uma intervenção na situação. Esse Nudge vocês vão testar para ver os efeitos. Vocês vão avaliar esses efeitos através de fotos, filmadoras, vão filmar as pessoas. O que vocês escolherem? Vocês vão corrigir essa intervenção para melhorar ela, para que ela seja mais eficiente chegue na intenção de mudança que você queria. Ou seja, você pode fazer vários experimentos, como vocês viram no último exemplo. Foi tentado linha, foi tentado pezinhos, e a linha se demonstrou mais eficiente. E aí vocês vão avaliar consequências conversando com as pessoas depois, perguntando se elas tinham notado que você tinha tentado intervenção. A ideia é que vocês façam uma intervenção que as pessoas não percebam que aconteceu, que elas façam isso sem refletir muito. A implementação é larga escala, vocês não vão fazer agora, mas na próxima aula a gente vai trabalhar com esse assunto. Por isso é importante que vocês tragam esse existência feito. A gente vai usar como material da próxima aula. A gente vai trabalhar em cima dos Nudges que vocês fizeram. Individual agora, mas na próxima aula em grupo. Então é importante que todo mundo faça esse trabalho, a gente vai dar nota para cada um. E depois a gente vai dar nota também que os trabalhos em grupo vão ser desenvolvidos em cima disso. Vocês vão entregar esse Nudge em formato de vídeo, mostrando a situação. Esse vídeo pode ser uma compilação de fotos também. Vocês podem pegar o vídeo e compilar fotos explicando como foi o seu processo de mudança de comportamento, o que você queria mudar, como ficou o comportamento. O vídeo é melhor, mas talvez vocês não tenham condição de filmar uma pessoa sem ela perceber que está sendo filmada. Mas é mais fácil você fotografar ela de modo que ela se sinta mais à vontade. O importante é contar stories, esse vídeo não pode ter mais de um minuto, porque a gente tem muita gente na sala. Não vai dar para ver todos, a gente vai ver alguns, mas a gente vai dar nota para todos. Esse é o trabalho que vocês têm que fazer, a gente tem que passar para vocês antes de terminar a aula as referências para as pesquisas de soluções existentes. A técnica Shadowing é uma... não entendeu? Não esquece isso, não passei ainda essa tarefa. Só passe isso aqui individualmente. No seu dia a dia você pode fazer um nudge no comportamento de um familiar, de um parente, pode ser um comportamento que você queira modificar no ambiente público, pode ser até que na sua preocupe. Só tome cuidado ao fazer uma intervenção de modo que você não seja considerado criminoso, indefinente. É tipo a primeira coisa que você passou para o famoso Shadowing. Então tome cuidado, vocês já fizeram os contaprojetos, vocês já têm experiência de mostrar diferentes maneiras das pessoas se comportarem. Vai ser legal vocês verem as pessoas se comportando diferente. Na semana de crêa é uma coisa que eu gostaria muito de ver projetos que falharam. Eu não quero ver todo mundo da turma inteira chegar aqui e falar "eu consegui, consegui fazer para as pessoas ficarem mais saudáveis". Beleza, conseguiu ótimo, mas eu vou adorar se tiver metade da turma não conseguir e outra metade conseguiu. Porque a gente vai ter material para discutir, não forcem a barra. Segura a casa, se não conseguir modificar o comportamento, simplesmente mostra as tentativas que você fez, tá bom? Não tem problema se você não conseguir. É até uma maneira da gente até discutir o material e ver até que ponto você consegue fazer, é possível fazer um nudge naquela situação. Essa é uma coisa de trabalho, se você tiver uma boa ideia de mudar o comportamento dos professores que você aplicar durante a aula, além do seu projeto que ele aplicar durante a próxima aula, traduz aqui na nossa que a gente aceita, né? Isso aí, melhorar segundo o cara. Tirar as cadeiras para o professor não sentar, pode ser? Beleza? Compreenderam agora o exercício? Beleza? Então tá, é bem simples, não é tão complicado de fazer, mas existe que você interage com outras pessoas. Se você quiser não conseguir interagir com outra pessoa, tem uma saída, você pode fazer um nudge de você mesmo. Como exemplo, pegando um comportamento e se o professor permitir que você consegue mudar e conseguir mais fazer. Por exemplo, comer demais, dormir de menos, mexer muito com o celular, aplicar o bocaíu, mas o bocaíu não é necessariamente um nudge, né? O bocaíu tem a ver com memória, se lembrar de alguma coisa, ou prevenir a segurança. O nudge tem a ver com mudar um comportamento considerado insustentável, ruim para saúde, inseguro. Pode ser com animais? Pode ser com animais. Boa ideia. Só não pode com robôs. Por enquanto isso. Quando tiver inteligência artificial, beleza. Vamos ver as referências? Pessoal, referências que vocês podem consultar para descobrir estratégias. Aqui são referências para cada uma das etapas do processo. Eu não vou apresentá-las porque a gente já tá adiantando. Ah, mas aqui tem um colega de vocês. Eu vou apresentar. Shadowing é uma técnica para você começar o processo. Começar esse processo aí. Primeira etapa. Para quem está interessado em mudança do comportamento na área de trânsito. Teve bem poucas startups que tiveram essa pegada, mas eu acho que fica a dica. Fica a dica. Pode pular sempre? Pode passar na próxima? Esse aí. Esse é o curso mais interessante para vocês. O professor González tem um baralho de cartas que foi derivado de uma pesquisa de doutorado sobre design e arquitetura para mudança de comportamento. Do Dan Locton. Eu tive a oportunidade de conhecer ele pessoalmente e testar esse baralho numa aula nossa. Na tese dele inclui um estudo de caso de como a gente usou isso aqui no Instituto Faber-Lubens na época. É um baralho bem simples, que cada carta tem uma estratégia de mudança de comportamento e é legal vocês prestar atenção na maneira como ela expressa a informação. É sempre através de uma pergunta. Essa pergunta é um desafio. Será que o seu design consegue fazer isso? E aí você olha e você pensa, será que essa pergunta tem relevância para o que eu quero mudar no meu comportamento? E é um exemplo. Se por acaso tivesse, seleciona essa carta e use como uma referência. Se a pergunta não tinha nada a ver, você descarta e nem usa ela. Se você não souber o que fazer, se não tiver nem ideia de fazer o teu empurrãozinho, esse baralho pode ajudar você a ter ideias. É como se fosse um catálogo de soluções que você pode utilizar como referência. E tem PDF que é distribuído aqui também? Um exemplo aqui clássico é travamento de tarefas. Se você quer que a pessoa execute uma tarefa que é perigosa, que pode causar um problema, você quer que ela preste atenção, você coloca uma trava nessa tarefa. É parecido com um pokayoke. Isso aí tem muitos carros, a marcha ré. Se você engatar a marcha ré enquanto o carro está indo para frente, você pode estragar a caixa de marchas. Então para garantir que a pessoa esteja parada, pelo menos ter maior chance, a ré só é ativada depois que você destrava ela puxando uma argolinha para cima. Em alguns casos. Ou até... tem uns outros esquemas que eu não vou me lembrar agora, tem botãozinho. Tem um botão de segurança que na hora de ser informado... Também tem isso, é parecido. Então galera, isso aqui vai ter o link lá no blackboard, um PDF com esses cartões para vocês consultarem. Na aula que vem vocês vão utilizar, principalmente, esses cartões de roubo. Tá bom? Isso aí pode pular, né? Pular é sempre um baratinho. Densui os resultados tirando foto, tirando, fazendo vídeo, principalmente focalizando nas emoções que as pessoas têm, o resultado daquele comportamento. E por fim, vai passar aí. Faça uma entrevista, uma pessoa colete um comentário dela a respeito daquela mudança de comportamento, depois que aconteceu, você explica e pergunta "Por que você fez isso? Por que você fez aquilo?" para você aprender a relação entre o seu Nudge e o que a pessoa percebeu daquele Nudge. Por fim, para fechar, tem mais tempo ainda? Tem mais 5 minutos. A crítica. A gente vai elaborar essa crítica mais na próxima aula. Mas tem o Caio Bassão, aquele cara que a gente já mencionou em outras aulas. No livro dele ele fala que existe hoje uma generalização do meta design em todas as áreas da nossa sociedade, de modo que a sociedade está criando comportamentos automatizados para seres humanos viverem. E as pessoas não conseguem mais sair desses comportamentos automatizados. Isso é um outro nome de tectocracia, que a tecnologia determina os comportamentos humanos, as pessoas têm que se comportar como se fossem robôs. Isso separa o elite das pessoas que controlam a tecnologia e criam essas ferramentas, e as pessoas que apenas usam e acabam se comportando da maneira como foi projetada para se comportar. Redução das liberdades individuais e cooptação das liberdades coletivas. Vamos voltar na questão do cetíneo levantado. Isso sim reduz a liberdade do indivíduo, mas aumenta a liberdade do coletivo. A gente distribui melhor os recursos, então a sociedade fica mais eficiente para todos, mesmo que para alguns ela seja menos eficiente. Isso é tudo alinhado na visão da tectologia de determinação da sociedade. Agora, se tem valor no nome... Eu não sei se a aprovação da tecnologia possui valores ou não nessa visão. Com certeza possui valores. Então é o suficiente fino. Sim, pode passar. E aí o professor Gonzalo e eu temos desenvolvido uma abordagem alternativa ao meta design, que é o desdesign. Na verdade não está muito bem desenvolvido, mas é uma conversa só que a gente tem tido há muitos anos, vale citar. Desdesign é o design que come pelas bordas. Então a ideia é o seguinte, está todo mundo automatizado por causa do design, então vamos destruir o design. Vamos acabar com o design. Vamos fazer projeto que ao invés de construir, destrua coisas. Esse problema é como? Que tem design demais? É. Vamos ter menos. Vamos tirar o design, desdesenhar, desdesenhar as coisas. De maneira que as pessoas possam reconquistar essa liberdade perdida. É uma ideia ainda que está meio em gestação ainda. A gente não executou nenhum projeto ainda de desdesign. Destruir alguma coisa para libertar as pessoas, mas vale a pena citar que existe essa crítica. Beleza pessoal? Então entenderam qual é a tarefa para casa? Tranquilo? Então é a mesma coisa, entreguem como um vídeo no YouTube, o link lá no blackboard, e utilizem o design com intento, o barado de cartas como uma referência. É isso. Chamada? - Exatamente!