Memória e do passado, ou seja, aquilo que a gente tem como tradição, ou que a gente tem como certezas ou que já foram dúvidas do passado, influenciam também o que a gente tem no presente Todas essas dimensões estão interrelacionadas O que a gente vai mostrar agora são algumas memórias sobre o passado e memórias do que o passado pensou como futuro, pelo menos pela ficção É, uma outra palavra só pra... uma outra frase só pra deixar aqui Eu estava numa aula de filosofia da história, muito legal, com um professor lá da Federal, muito maluco E aí um dia eu cheguei nessa aula atrasado e ele estava falando essa frase, que marcou o resto da vida Ele falou assim "o passado é um presente que ficou" Então... O passado é um presente, que foi presente no passado e que a gente manteve na memória Porque muitos presentes não viraram passado, não chegaram a ser passado, esquecemos Não temos mais memória daquele passado, então não é passado Então o passado é o presente que ficou Quando a gente está brincando com essas categorias, na verdade a gente está ajudando vocês a perceber que o projeto, ele lida com essas categorias A gente vai trabalhar o tempo todo durante essa disciplina com relação de memória, com relação de ficção, com relação de real O passado, presente e futuro são palavras que são mais utilizadas, digamos assim, no vocabulário comum Mas que elas não têm precisão suficiente pra lidar com as questões de projeto que vocês vão tratar Por isso que a gente está trazendo isso do outro lado Quando a gente fala futuro, estamos falando de ficção Quando estamos falando presente, estamos falando real Quando estamos falando passado, estamos falando de memória Belezinho? Como exemplo aqui, o Paleo Future é um site que reúne os futuros que foram imaginados no passado Ele tem inclusive por décadas, por exemplo, década de 50 O que se imaginava como futuro no década de 50? O que se imaginava como futuro no década de 60? O passado inclui as visões em cada época só do futuro Por exemplo, o que vai acontecer no ano 2021? Esse tipo de visão, ou seja, você ter que se prender para o futuro Foi utilizado por várias empresas, inclusive recentemente Como uma maneira de especular sobre o que é possível de ser feito a partir da tecnologia Daí então tem um livro clássico que é da Apple Que é o Navigator, o navegador do conhecimento De 87 Eu quero que você veja um trecho pra ver direito Navigator, o navegador do conhecimento Navigator, o navegador do conhecimento (música) O que é que tá acontecendo? Tem problema? Ele diz que tá conversando Ah, ele diz que tá sem áudio (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) (música) De novo, não tem uma explicação, uma introdução do produto. Mas o que é o produto? O que é o produto que está sendo ficcionado? O produto é realidade alimentada? Algum óculos ou talvez um implante, não mostra, né? Mas que oferece a possibilidade de realidade alimentada. Pergunta, por que ele teve tanta propaganda? Quem que prestou atenção mesmo na história? Por que ele está tendo tanta propaganda? Por que alguém vai querer ter tanta propaganda no seu dia a dia? Quase, quase. Mais ou menos isso. Não sei se vocês perceberam, mas ele tem um crédito. Para ter acesso às informações, como esquentar um chá, ele precisa gastar aquele crédito. Ele gastou o crédito e pagou. E para poder recuperar, ele tem que aumentar o nível de publicidade. Você não viu no final do filme que ele aumenta o nível de publicidade para pagar por aquilo que ele já usou do sistema? Ele começa baixando um pouco o nível. É, vai baixando o nível do começo, né? Ele baixa e depois no final ele aumenta o nível de novo. Quem que já assistiu aqui a série Black Mirror? Vocês viram esse episódio que tem parecido com esse, né? Sim. Me refresca a memória que eu não lembro exatamente. Mas eu lembro que tem essa história também. Eles tem, eles viram de uns cubículos que é todo interativo, mas eles... Bota aí Black Mirror, só para lá. Eu assisti alguns episódios. Bota no YouTube, tem trailer. Black Mirror, galera, é a série que eu mais recomendo de todas sobre esse assunto que a gente está trabalhando aqui nessa disciplina, tá? Assistam todos os episódios possível. A galera que fez o Black Mirror fez inspirado nos projetos de design de interação que os professores das universidades de vários lugares do mundo estão fazendo. Eles estão super antenados. Dani, deixa eu só um palhadinho no trailer aí de uma vez. Eu tenho um episódio completo. Episódio completo? Ah, é o próprio, né? Tem bastante episódio completo no YouTube? Tem, mas eu não acabei de explicar essa cadeira. É, a gente não falou isso para vocês, tá? Vai ser na Netflix também. Ah, muito bem. Melhorou. Então, o que acontece? As pessoas nessa história vivem dentro de cubículos que não tem nada, não tem móvel, não tem nada, tudo é virtual. É, porque a classe social está no meio mediana, não é a classe salvagem. Isso, esses caras são os medianos. Controle gestual, né, do sistema. Olha só, ele pagando aí, tudo que você usa, você tem que pagar. Então, para a pasta de dente, ele tem que pagar alguns centavinhos, né? Aí, como é que você ganha dinheiro nessa parada? Tem várias maneiras, mas a mais usada é assistindo propaganda. Assistir propaganda não. É, assistir propaganda também. Ah, é pagar para pular propaganda. Entendi. [música tocando] [música tocando] [música tocando] [música tocando] [música tocando] Então, assistam... Uma das coisas que a gente está tentando organizar aqui, na verdade, na PUC ou talvez em algum outro espaço, é um cineclube para assistir todas essas ficções em grupo, né? A gente ainda não conseguiu fazer esse movimento de organizar, porque tem muita coisa para assistir, não só o que tem no futurologista, mas também acho que ficção científica vale a pena assistir, apesar de não ser exatamente igual. Os episódios do Black Mirror, eu considero a maioria deles ficção projetual, ao invés de ficção científica. Mas aí a diferença vocês têm que ver justamente na leitura do texto e na avaliação de vocês. Por isso é importante ter essas categorias na mente, né? Se vocês quiserem se organizar para assistir juntos no final de semana, ou depois do horário da aula, eu recomendo altamente, porque assistir junto é muito mais interessante. Até porque vai ajudar todo mundo, né? - O que é que tem isso aqui? - São duas conferenças aqui, para mostrar essa relação do passado com o momento comercial. - Estou preocupado com o horário, Gonçalo, não sei se vai dar tempo. - Isso já foi visto? - Não. - Feito. - Então, a gente teve vários projetos aí, que vocês assistiram. A gente não tem tempo de ver muito mais projetos de salto, mas a gente, como falou, quer usar o tempo da sala para vocês produzirem projetos. Se vocês não tiverem repertório, vocês sabem o que acontece, né? Os projetos ficam palha. Repertório você vai adquirir em casa, vendo as ficções que a gente passa como exemplo a vocês. A gente só passou algumas hoje, porque a gente sabia que alguns de vocês, a maioria de vocês não tinham visto as coisas no Futrologia, no Tumblr. Mas... - Eu também fiquei bom comentar. - Daqui para frente... - Vou dar um pouco elas... - É bom comentar para vocês terem uma ideia também de interpretação, de como ler. Vocês já viram, vocês têm várias ficções aí na mão de vocês. Tem algumas coisas que são da área de design, tem algumas coisas que são da área de arquitetura, tem algumas de urbanismo, tem de produto, tem digital, tem de várias áreas. - E queria comentar uma coisa que a gente não comentou, só se a gente tiver entrado no projeto. - Eu iria, mas pode comentar. - Seguinte, o que a gente quer fazer, ao longo desse semestre, é produzir um vídeo de ficção projetual. Ok? A gente produz esses vídeos. - Vários. - Vários deles. E ao final a gente tem algo legal o suficiente para mostrar para outras pessoas. Porque a gente está com um projeto que está atualmente envolvendo cinco disciplinas. - É bom explicar que nem todo mundo vem na última aula, né? - Hoje a gente tem esse projeto que a gente está chamando de Futuras de Curitiba. Ou seja, a gente discute muito sobre ficções projetuais, tanto que a gente tem esse material todo aqui sobre o assunto. Porque a gente acha que é uma maneira que a gente tem aqui no Brasil mesmo de estar criando e propondo debates no mesmo nível que o pessoal lá fora. Vou passar o link para vocês que a gente não colocou na horeca, das ficções que foram feitas por alunos aqui da CUC em semestres passados. Vocês vão ver que a qualidade de algumas, claro, é altíssima também. Tanto que estão no FuturaLounge deles várias ficções. E a ideia é nossa é produzir ficções, trazer o debate e trazer alguma coisa que nenhum outro lugar no mundo que está fazendo as ficções poderia debater, que é Curitiba. Ao que pode ter interesse extra-design, trazer visões e debates com pessoas fora do design. Mas também fazer um diálogo com o pessoal de outros cursos. Então hoje está com a disciplina Design Interação, junto com o que a gente falou na primeira aula com efeitos especiais, junto com a disciplina de vídeo, que vai estar junto com efeitos especiais. São duas disciplinas do English Semester com o projeto Urbain, que vai estar trabalhando em futuras em Curitiba, independente da gente aqui. Então está trabalhando nesse tema lá também. O Design de Moda está com duas disciplinas também, está trabalhando em futuras em Curitiba. Daí um outro viagem, uma extravista de tecnologia desse tipo digital. O Sueli tinha trabalhado lá dentro mesmo com outros viés. Mas todas as disciplinas estão trabalhando para a ideia de que a gente faça um evento ao final. Dizem que a gente já conseguiu agendar dois convidados para essa disciplina. Dois? Acho que tem dois já confirmados. Que é a Sueli, que trabalha com mobilidade em transporte público, o doutorado dela, e o Gora com mobilidade de bikes, que o pessoal falou. São dois que trabalham a questão da cidade a partir de artefatos de design. Ou seja, tanto no transporte público quanto... Transporte público ela vai além da ideia de ônibus. Enquanto a ideia de bike são dois vetores perendimentos a outras coisas. E tem mais um convidado que é o cara que... que é amigo do Fred, que é da Pratts. Lá que ele vai trabalhar com a ideia de rede social. Com a dimensão das redes sociais. A ideia é que vocês que estejam aqui e projetem com a gente. Conversem com a gente e projetem com a gente também. Para dar ideias de o que a gente pode fazer com as questões projetuais. Beleza pessoal? Para entender esse cenário todo assim, grande. Esse aqui está sendo o Diogo, uma proposta, tema integrador da escola de arquitetura e design. Envolvendo tanto arquitetura quanto alguns dos designs. A atmosfera em lua também, junto com o Marcos, está na outra disciplina dele. E dando... depois do projeto também. Então o que vai acontecer agora é o seguinte. Vocês vão criar uma ficção projetual. Fazer um rabisco, um rascunho. É uma ideia qualquer, não precisa ser uma ideia muito boa. É individual. Depois, essa ideia vai ser avaliada em grupos. Vocês vão formar um grupo. Vocês vão discutir quais dessas é ficção projetual mesmo. Ou se é ficção científica. Vão escolher uma que seja mais ficção projetual. E vão produzir um vídeo. Produzir um vídeo mostrando como que é. A gente vai mostrar um exemplo de vídeo que a gente espera. Mas não se preocupe, vocês vão produzir esse vídeo usando o celular. De maneira muito rápida. Não pode nem fazer cortes secos no vídeo. É só plano sequência. A gente vai cronometrar o tempo para aproveitar bem. Eu e o Gonzato nós vamos estar definindo. Ah, professor, qual que é o tema? Que ficção? De onde que eu vou tirar essa ideia? Não se preocupe, nós vamos dar a ideia para vocês. Só vamos sintetizar. A gente vai estar encarnando dois personagens aqui. Que são personagens que já viram o futuro. Que conhecem o futuro. São pessoas que já estiveram lá e voltaram para contar para vocês. Ou pessoas que podem ser que nem estiveram lá, mas é como se estivessem. Porque elas viram, elas sabem. Então vocês vão vir aqui e vão retirar uma carta. Fazer uma fila aqui na frente. Vão tirar uma série de cartas. E vão mostrar o futuro para vocês. Você vai pegar a sua combinação, vai botar no papelzinho. Vai voltar para o seu lugar. Vai pegar uma folha A4 com a gente aqui. E vai fazer os seus sketches. Quem não tiver lápis ou caneta pode pegar aqui na frente. A gente tem aqui a caixa. Os A4 a gente vai dar quando estiver aqui na mesa. Pode fazer fila aí. Puxa mais para trás. Beleza. Espera aí, espera aí. Olha. Tio Sam. Tio Sam vira o futuro, cara. Com certeza. Qual que você vai ser? Olha aí. [Som de trânsito]